Seis pessoas morreram, ontem, em confronto com policiais civis e militares em uma operação conjunta para desbaratar uma quadrilha de assaltantes que atacavam caixas eletrônicos e carros fortes — ação conhecida como "novo cangaço". As forças de segurança invadiram uma chácara localizada entre Ponta Grossa e Palmeira, nos Campos Gerais do Paraná, onde foi encontrado um arsenal de guerra, que incluía até mesmo uma metralhadora antiaérea. Os nomes dos suspeitos mortos não foram divulgados.
De acordo com a nota oficial das corporações, as equipes foram recebidas com violência ao chegarem ao local e isso resultou em um confronto de, aproximadamente, oito minutos. Nenhum policial ficou ferido. No armamento descoberto na chácara com a quadrilha, além da metralhadora calibre ponto 50, foram encontrados sete fuzis de calibres 5.56 e 7.62, uma pistola calibre 45, 36 carregadores de fuzil, 20 kg de explosivos, coletes e placas balísticas com falsificações do brasão da Polícia Civil e placas de veículos. O bando tinha até mesmo um veículo blindado e clonado.
De acordo com Hudson Leôncio Teixeira, secretário da Segurança Pública do Paraná, a integração entre as forças de segurança foi essencial para o sucesso da invasão à chácara. "Esse é um exemplo claro de como o trabalho conjunto das nossas forças pode impedir crimes de grande impacto e proteger a população paranaense. As polícias do Paraná estão comprometidas em combater o crime organizado com inteligência e eficiência", afirmou.
- Leia também: Arsenal de guerra é apreendido no Paraná
Na operação, participaram mais de 50 agentes das equipes especiais do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) e do Comandos e Operações Especiais (COE). Segundo os investigadores, o grupo vinha sendo monitorado desde dezembro de 2023, quando a inteligência policial confirmou os primeiros indícios de que a quadrilha planejava um roubo no Paraná de grandes proporções — que podia ser uma agência bancária ou um carro-forte, dado o histórico de operações da quadrilha com esse tipo de alvo.
"As inteligências das polícias identificaram que os suspeitos estavam prestes a executar um roubo de grande impacto, mas o alvo exato não foi revelado", afirmaram os representantes das polícias Civil e Militar, em coletiva de imprensa. Um novo inquérito será aberto para investigar se outros integrantes do grupo estão em liberdade.