{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/brasil/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/brasil/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/brasil/", "name": "Brasil", "description": "Acompanhe o que ocorre no país em tempo real: notícias e análises ", "url": "/brasil/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/brasil/2025/04/7101768-policia-paulista-mata-mais-criancas-e-jovens-mostra-pesquisa.html", "name": "Polícia paulista mata mais crianças e jovens, mostra pesquisa", "headline": "Polícia paulista mata mais crianças e jovens, mostra pesquisa", "description": "", "alternateName": "sociedade", "alternativeHeadline": "sociedade", "datePublished": "2025-04-04T03:55:00Z", "articleBody": "<p class="texto">Um levantamento elaborado em conjunto pelo Unicef e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado ontem, mostra que, em 2024, 34% das <a href="/brasil/2025/03/7094547-crianca-morre-apos-ser-jogada-de-ponte-pelo-proprio-pai.html">crianças e adolescentes mortos</a> violentamente no estado de São Paulo foram vítimas de ações policiais. Isso representa que uma em cada três óbitos brutais e intencionais nessa faixa etária ocorreu em intervenções das forças de segurança.</p> <p class="texto">As mortes de crianças e adolescentes em decorrência de intervenções policiais aumentaram 120% no estado de São Paulo, entre 2022 e 2024. A pesquisa mostra um padrão entre as vítimas da letalidade policial em São Paulo. Jovens negros, moradores de áreas carentes e sem o a políticas públicas são os mais atingidos.</p> <p class="texto">Leonardo Carvalho, pesquisador sênior do FBSP, salienta que "para pensarmos em soluções desse problema, temos que considerar o racismo estrutural, que atua de maneira transversal na geração de desigualdades na população. Nenhuma solução que tangencie essa questão vai dar conta de impactar a letalidade e salvar vidas".</p> <p class="texto">Segundo Carvalho, políticas concretas podem ser implementadas para reduzir essas mortes, mas exigem coordenação entre diferentes áreas. "Existem, sim, políticas e medidas concretas, e elas dependem de outras áreas (educação, assistência social, trabalho) que podem reduzir essa letalidade. Uma boa experiência é o Comitê de Prevenção e Combate à Violência do Ceará, que há quase oito anos produz evidências e recomendações para influenciar políticas públicas de prevenção da violência", exemplifica.</p> <p class="texto">Por conta do aumento da letalidade policial, especialistas ressaltam a necessidade de uma abordagem mais ampla e estruturada para enfrentar o problema. Carvalho alerta para a responsabilidade do governo em assumir essa pauta como prioridade.</p> <p class="texto">"É preciso que o governo assuma essa pauta como urgente e se posicione com firmeza, ando a mensagem de que o controle do uso da força e a redução da letalidade e da vitimização policial sejam prioridades. Até 2022, vimos uma grande redução na letalidade policial, mas, a partir de 2023, o governo se reposicionou, e um dos resultados foi esse aumento alarmante", criticou.</p> <h3>Justificativas</h3> <p class="texto">A <a href="/brasil/2025/01/7049447-mortes-por-policiais-militares-em-servico-dobram-em-um-ano-na-cidade-de-sp.html">Polícia Militar de São Paulo (PMSP)</a> reconhece o aumento das mortes em confrontos, mas critica a forma como os dados foram apresentados na pesquisa conjunta da Unicef e do FBSP. O chefe da comunicação social da PMSP, coronel Emerson Massera, afirma que não se pode comparar homicídios com mortes em decorrência de intervenção policial.</p> <p class="texto">"A comparação é inadequada e contraria métricas nacionais e internacionais. Essas ocorrências envolvem suspeitos de crimes graves, como roubo, latrocínio e até homicídio. Além disso, também temos policiais feridos e mortos nessas operações", argumentou.</p> <p class="texto">Sobre o crescimento das mortes de adolescentes, o coronel afirma que esse aumento acompanhou a escalada da violência no estado. "O total de mortes em confrontos com a polícia, considerando adultos e adolescentes, aumentou 153%. Ou seja: não há um comportamento direcionado a um grupo específico, mas sim um reflexo do aumento da criminalidade", explicou.</p> <p class="texto">Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo destacou que não compactua com desvios de conduta ou excessos por parte de seus agentes e que pune rigorosamente todas as ocorrências dessa natureza. Segundo a SSP-SP, desde 2023 mais de 550 policiais foram presos e 364 foram demitidos ou expulsos. Ressalta, também, que todos as chamadas Morte Decorrente de Intervenção Policial (MDIP) são investigadas pelas polícias Civil e Militar, com acompanhamento das corregedorias, do Ministério Público e do Judiciário.</p> <h3>Menino de 4 anos</h3> <p class="texto">Um dos casos de morte de crianças mais recente, que coloca a PMSP na berlinda, é o de Ryan da Silva Andrade Santos, de quatro anos, atingido por uma bala em uma operação policial no Morro São Bento, em Santos, no litoral paulista, no ano ado. O laudo da perícia confirmou que o disparo partiu da arma de um policial militar — que levou ao afastamento de sete agentes que partciparam da incursão.</p> <p class="texto">A Polícia Militar argumenta que a morte de Ryan não deve ser contabilizada como uma intervenção policial tradicional. O coronel Massera afirma que os policiais envolvidos foram atacados e reagiram para se defender.</p> <p class="texto">"O caso do Ryan consternou a todos nós, inclusive os policiais envolvidos. Mas não foi uma morte decorrente de intervenção. Os policiais foram atacados e reagiram para proteger a própria vida. Infelizmente, o menino foi atingido por um projétil que ricocheteou. Ninguém queria produzir esse resultado", disse.</p> <p class="texto"><strong>*Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi<div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/brasil/2025/04/7100837-corpo-de-mulher-e-encontrado-em-cova-rasa-em-goias.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/03/675x450/1_a119d71a_322e_4f7a_896d_d0f24bae9a93-49078146.jpg?20250403073620" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>Corpo de mulher é encontrado em cova rasa em Goiás</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/brasil/2025/04/7101385-mpf-pede-indenizacao-de-rs-144-milhoes-por-etnocidio-durante-ditadura-do-povo-krenak.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/01/15/pgr-34269701.jpg?20250117142926" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>MPF pede indenização de R$ 14,4 milhões por etnocídio do povo Krenak durante ditadura</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/brasil/2025/04/7101411-sp-morte-de-criancas-e-adolescentes-pela-pm-mais-do-que-dobram.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/03/ryan-49127606.jpg" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>SP: morte de crianças e adolescentes pela PM mais do que dobram</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/brasil/2025/04/7101466-marina-destaca-urgencia-de-novo-plano-para-eliminar-dependencia-em-combustiveis-fosseis.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/03/18/675x450/1_marina-48215476.jpg?20250318171805" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>Marina destaca urgência de novo plano para eliminar dependência em combustíveis fósseis</span> </div> </a> </li> </ul> </div></strong></p> <p class="texto"> <br /></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/03/1200x801/1_sem_titulo-49132034.jpg?20250403212819?20250403212819", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/03/1000x1000/1_sem_titulo-49132034.jpg?20250403212819?20250403212819", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/03/800x600/1_sem_titulo-49132034.jpg?20250403212819?20250403212819" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Alícia Bernardes", "url": "/autor?termo=alicia-bernardes" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 2k5x5x

Polícia paulista mata mais crianças e jovens 101n27 mostra pesquisa
sociedade

Polícia paulista mata mais crianças e jovens, mostra pesquisa 3g2h1o

Levantamento da Unicef e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que 34% dos jovens mortos violentamente no estado foram vítimas de operações das forças de segurança x5j3u

Um levantamento elaborado em conjunto pelo Unicef e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado ontem, mostra que, em 2024, 34% das crianças e adolescentes mortos violentamente no estado de São Paulo foram vítimas de ações policiais. Isso representa que uma em cada três óbitos brutais e intencionais nessa faixa etária ocorreu em intervenções das forças de segurança.

As mortes de crianças e adolescentes em decorrência de intervenções policiais aumentaram 120% no estado de São Paulo, entre 2022 e 2024. A pesquisa mostra um padrão entre as vítimas da letalidade policial em São Paulo. Jovens negros, moradores de áreas carentes e sem o a políticas públicas são os mais atingidos.

Leonardo Carvalho, pesquisador sênior do FBSP, salienta que "para pensarmos em soluções desse problema, temos que considerar o racismo estrutural, que atua de maneira transversal na geração de desigualdades na população. Nenhuma solução que tangencie essa questão vai dar conta de impactar a letalidade e salvar vidas".

Segundo Carvalho, políticas concretas podem ser implementadas para reduzir essas mortes, mas exigem coordenação entre diferentes áreas. "Existem, sim, políticas e medidas concretas, e elas dependem de outras áreas (educação, assistência social, trabalho) que podem reduzir essa letalidade. Uma boa experiência é o Comitê de Prevenção e Combate à Violência do Ceará, que há quase oito anos produz evidências e recomendações para influenciar políticas públicas de prevenção da violência", exemplifica.

Por conta do aumento da letalidade policial, especialistas ressaltam a necessidade de uma abordagem mais ampla e estruturada para enfrentar o problema. Carvalho alerta para a responsabilidade do governo em assumir essa pauta como prioridade.

"É preciso que o governo assuma essa pauta como urgente e se posicione com firmeza, ando a mensagem de que o controle do uso da força e a redução da letalidade e da vitimização policial sejam prioridades. Até 2022, vimos uma grande redução na letalidade policial, mas, a partir de 2023, o governo se reposicionou, e um dos resultados foi esse aumento alarmante", criticou.

Justificativas q643u

A Polícia Militar de São Paulo (PMSP) reconhece o aumento das mortes em confrontos, mas critica a forma como os dados foram apresentados na pesquisa conjunta da Unicef e do FBSP. O chefe da comunicação social da PMSP, coronel Emerson Massera, afirma que não se pode comparar homicídios com mortes em decorrência de intervenção policial.

"A comparação é inadequada e contraria métricas nacionais e internacionais. Essas ocorrências envolvem suspeitos de crimes graves, como roubo, latrocínio e até homicídio. Além disso, também temos policiais feridos e mortos nessas operações", argumentou.

Sobre o crescimento das mortes de adolescentes, o coronel afirma que esse aumento acompanhou a escalada da violência no estado. "O total de mortes em confrontos com a polícia, considerando adultos e adolescentes, aumentou 153%. Ou seja: não há um comportamento direcionado a um grupo específico, mas sim um reflexo do aumento da criminalidade", explicou.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo destacou que não compactua com desvios de conduta ou excessos por parte de seus agentes e que pune rigorosamente todas as ocorrências dessa natureza. Segundo a SSP-SP, desde 2023 mais de 550 policiais foram presos e 364 foram demitidos ou expulsos. Ressalta, também, que todos as chamadas Morte Decorrente de Intervenção Policial (MDIP) são investigadas pelas polícias Civil e Militar, com acompanhamento das corregedorias, do Ministério Público e do Judiciário.

Menino de 4 anos 344h48

Um dos casos de morte de crianças mais recente, que coloca a PMSP na berlinda, é o de Ryan da Silva Andrade Santos, de quatro anos, atingido por uma bala em uma operação policial no Morro São Bento, em Santos, no litoral paulista, no ano ado. O laudo da perícia confirmou que o disparo partiu da arma de um policial militar — que levou ao afastamento de sete agentes que partciparam da incursão.

A Polícia Militar argumenta que a morte de Ryan não deve ser contabilizada como uma intervenção policial tradicional. O coronel Massera afirma que os policiais envolvidos foram atacados e reagiram para se defender.

"O caso do Ryan consternou a todos nós, inclusive os policiais envolvidos. Mas não foi uma morte decorrente de intervenção. Os policiais foram atacados e reagiram para proteger a própria vida. Infelizmente, o menino foi atingido por um projétil que ricocheteou. Ninguém queria produzir esse resultado", disse.

*Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi

 

Mais Lidas 3n625k