
O embaixador Marcos Azambuja, uma das figuras mais respeitadas da diplomacia brasileira, morreu nesta quarta-feira (28/5), aos 90 anos.
Com uma carreira marcada por prestígio, foi embaixador do Brasil na França e na Argentina e ocupou cargos de destaque no Itamaraty, como o de secretário-geral. Também chefiou a delegação brasileira em Genebra para temas de desarmamento e direitos humanos e coordenou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92.
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Além da atuação institucional, o embaixador também se destacou como pensador e intelectual. Conselheiro emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), ele foi uma presença constante em debates sobre geopolítica, direitos humanos e o papel do Brasil no cenário internacional.
Apaixonado pelas palavras, Marcos esteve dedicado à escrita. Publicou artigos em jornais e revistas de grande circulação, nos quais refletia sobre temas variados — da política externa à arte, ando pela história e os dilemas do cotidiano. Nos últimos anos, trabalhava na organização de um livro que reuniria os principais textos dele, em uma espécie de memória escrita da longa e produtiva vida intelectual.
O Cebri divulgou uma nota de pesar lamentando profundamente a morte do embaixador. No comunicado, a instituição destacou a contribuição inestimável ao pensamento diplomático brasileiro e o descreveu como “um dos diplomatas mais completos de sua geração”, ressaltando sua atuação destacada em questões multilaterais, como desarmamento e meio ambiente, e sua capacidade única de explicar questões diplomáticas com clareza, precisão e humor.
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