Cartão Prato Cheio amplia duração do benefício para as famílias do DF

Benefício aumentou de nove para 18 meses e o número de pessoas atendidas pelo programa subiu para 130 mil

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postado em 26/05/2025 10:39
   -  (crédito: Flávio Anastácio/Sedes)
- (crédito: Flávio Anastácio/Sedes)

De acordo com o Ministério da Saúde, a alimentação e nutrição são requisitos básicos para a promoção e a proteção da saúde. Com o compromisso em combater a insegurança alimentar na capital, o Governo do Distrito Federal (GDF) oferece à população o Programa Cartão Prato Cheio. No mês de abril, foi anunciada a ampliação da iniciativa. Com isso, o tempo de duração do benefício aumentou de nove para 18 meses e o número de pessoas beneficiadas subiu para 130 mil.  

Lançado em caráter emergencial na pandemia de covid-19, o Programa Cartão Prato Cheio beneficiou 650 mil famílias entre 2020 e 2024. Nesse período, o GDF investiu R$ 900 milhões para garantir que a comida pudesse chegar à mesa da população em vulnerabilidade social. 

"Fortalecer programas como o Prato Cheio significa garantir segurança alimentar, dignidade e respeito a milhares de famílias que enfrentam diariamente o desafio de colocar comida na mesa", ressaltou o GDF. A ampliação da iniciativa surgiu a partir da necessidade apresentada pelos beneficiários, de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES). 

"Muitas famílias que estão no programa, assim que finalizam os nove meses procuram novamente um atendimento para serem reinseridas. Então, pensando nessa reincidência, convocamos uma reunião para podermos ampliar o Cartão Prato Cheio para que aquela família possa, de fato, nesse período sair da insegurança alimentar e nutricional", indicou a pasta. 

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O programa credita, mensalmente, R$ 250 na conta de pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, para compra de alimentos. A consulta de contemplados é feita no site do GDF Social, e a retirada dos cartões nas agências do Banco de Brasília (BRB).

"O Prato Cheio veio para complementar a nossa alimentação. Quando ele chega, a gente vai ao mercado e é uma felicidade muito boa poder comprar as coisas que estão faltando para a nossa casa", afirma Ana Cláudia, moradora do Areal. "É gratificante levar seu filho ao mercado, ele querer as coisas, e a gente poder comprar", complementa. 

As famílias beneficiadas estão majoritariamente distribuídas em 11 regiões istrativas do DF: Ceilândia (14,8%), Planaltina (11,2%), São Sebastião (9,7%), Itapoã (8,5%), Sobradinho e Sobradinho II (7,3%), Taguatinga (5,7%), Santa Maria (5,4%), Paranoá (4,8%), Gama (4,8%) e Recanto das Emas (4,2%). As demais regiões concentram os 7,8% restantes dos atendidos.

Selo Betinho

Iniciativa da sociedade civil que reconhece as capitais brasileiras comprometidas no combate à fome e na promoção da segurança alimentar, o Selo Betinho é concedido anualmente pela Ação da Cidadania. Em parceria com o Instituto Comida do Amanhã, são criadas metas inspiradas na Agenda Betinho. Elas estão divididas em três pilares essenciais:

  • Fortalecimento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN);

  • Ações concretas para garantir o à alimentação saudável;

  • Compromisso com dados abertos e participação social. 

No mês ado, os avanços na garantia da segurança alimentar e nutricional e combate à fome levaram o Distrito Federal a ser uma das três localidades do Brasil a ser reconhecida com o Selo Betinho.  

"Nós tínhamos um programa no Distrito Federal que era quase humilhante, que atendia até sete mil pessoas com cestas básicas. Mas tivemos a ideia, com a pandemia, de criar o Cartão Prato Cheio", destacou o GDF na condecoração. 

Apenas três unidades da federação atenderam aos critérios exigidos pelo selo de cumprir 70% das 36 metas: além do DF, foram premiados Belo Horizonte, em Minas Gerais; e Curitiba, no Paraná.

São muitos motivos que levaram a gente a conceder o selo ao Distrito Federal. A avaliação é bem completa, porque são 36 metas avaliadas [em três eixos]. Queria destacar o apoio ao desenvolvimento da agricultura familiar, o apoio às cozinhas solidárias e a política de educação alimentar. Esses são três destaques que temos aqui no DF”, explicou a gerente de Políticas Públicas da OSC Ação da Cidadania, Mariana Macário.

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