O Vício em apostas tem se tornado uma preocupação crescente no mundo moderno, especialmente com a facilidade de o proporcionada pela tecnologia. Com apenas alguns cliques, é possível se envolver em jogos que prometem ganhos rápidos, mas que muitas vezes resultam em perdas significativas. Este comportamento não afeta apenas o jogador, mas também suas relações pessoais e sua estabilidade financeira.
Relatos de famílias que enfrentam essa situação são cada vez mais comuns. Uma mãe, que prefere não se identificar, compartilhou a experiência devastadora de ver sua filha perder tudo para as apostas. A jovem chegou a deixar de se alimentar para sustentar o Vício, acumulando um prejuízo financeiro que ultraou R$ 200 mil. Este é apenas um exemplo do impacto profundo que o Vício em apostas pode ter na vida de uma pessoa e de seus entes queridos.
Como o Vício em apostas afeta o cérebro?
O vício em apostas é classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um transtorno grave. De acordo com o psiquiatra Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), o comportamento dos jogadores compulsivos pode alterar o funcionamento do cérebro de maneira semelhante ao uso de drogas e álcool. Isso ocorre porque as apostas ativam a dopamina, o neurotransmissor responsável pela sensação de prazer, levando o indivíduo a buscar repetidamente essa sensação.
O problema se agrava quando o jogador começa a negligenciar atividades diárias importantes, como trabalho e interações sociais, dedicando horas do dia exclusivamente ao jogo. Essa mudança de comportamento pode levar a um isolamento social e a um declínio na qualidade de vida.
Quais são os impactos econômicos do Vício em apostas?
Além dos efeitos pessoais e familiares, o Vício em apostas também tem um impacto significativo na economia. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) estima que, em 2024, o setor varejista brasileiro perdeu R$ 109 bilhões devido às apostas. Em Minas Gerais, a perda pode chegar a R$ 30 bilhões, reduzindo o PIB estadual em R$ 18 bilhões.

Esses jogos afetam a produtividade no trabalho, com relatos de funcionários jogando durante o expediente. Além disso, o Ministério da Previdência Social registrou 402 concessões de benefícios por incapacidade temporária devido a transtornos relacionados ao jogo em 2024, sendo 61 em Minas Gerais.
Como reconhecer e tratar o Vício em apostas?
O reconhecimento do Vício em apostas é o primeiro o para buscar ajuda. Pessoas diagnosticadas com transtornos compulsivos ligados ao jogo podem desenvolver outros problemas, como ansiedade e depressão. O tratamento exige acompanhamento especializado, que pode incluir medicamentos e psicoterapia conduzida por psiquiatras e psicólogos.
Em casos graves, pode ser necessária a internação para afastar o paciente do ambiente de apostas. A ausência de o a dispositivos que facilitam o jogo, como celulares e computadores, aumenta as chances de recuperação.
Como proteger a família do Vício em apostas?
O apoio familiar é crucial para ajudar alguém a superar o Vício em apostas. A atenção e o e podem evitar que o indivíduo se isole ainda mais no jogo. É importante que os familiares se aproximem e ofereçam ajuda, evitando julgamentos que possam afastar ainda mais o jogador.
Para aqueles que enfrentam esse problema, é essencial buscar orientação profissional e considerar a possibilidade de grupos de apoio. A conscientização sobre os riscos das apostas e a promoção de atividades saudáveis podem ajudar a prevenir o desenvolvimento desse Vício.
Em resumo, o Vício em apostas é um problema sério que pode ter consequências devastadoras para o indivíduo e sua família. Compreender os sinais e buscar ajuda especializada são os fundamentais para lidar com essa questão.
Este artigo foi revisado por:Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271

