A tirzepatida, conhecida comercialmente como Mounjaro e fabricada pela Eli Lilly, tem sido alvo de discussões devido ao seu potencial impacto na eficácia de contraceptivos orais em mulheres com sobrepeso e obesidade. Este alerta foi emitido pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MRHA) do Reino Unido, equivalente à Anvisa no Brasil. A preocupação gira em torno do efeito do medicamento no esvaziamento gástrico, o que pode interferir na absorção de medicamentos orais, incluindo as pílulas anticoncepcionais.
O Mounjaro é comumente empregado no manejo do diabetes tipo 2, mas também é reconhecido por auxiliar na redução de peso. O funcionamento do remédio pode diminuir a eficiência de anticoncepcionais orais, já que modifica a velocidade de esvaziamento gástrico, o que pode influenciar na absorção dos componentes ativos dos fármacos.
Quais são as recomendações para mulheres em tratamento com Mounjaro?
Devido aos riscos associados, a MRHA recomenda que mulheres em tratamento com Mounjaro considerem métodos contraceptivos não orais. Alternativas como implantes, preservativos ou dispositivos intrauterinos (DIU) são sugeridas para garantir a eficácia da contracepção durante o uso do medicamento. Essa orientação visa prevenir possíveis falhas contraceptivas que poderiam ocorrer devido à interação do medicamento com a absorção de pílulas anticoncepcionais.

Outros medicamentos além do Mounjaro também afetam contraceptivos?
Além do Mounjaro, outros medicamentos populares para perda de peso, como Wegovy e Ozempic, também são mencionados pela MRHA em suas orientações. A agência aconselha que mulheres em tratamento com esses medicamentos utilizem métodos contraceptivos eficazes e mantenham a contracepção por até dois meses após o término do tratamento, caso desejem engravidar. Essa precaução é necessária devido à falta de dados sobre a segurança desses medicamentos em mulheres grávidas.
Quais são as precauções para mulheres grávidas ou amamentando?
Mulheres que fiquem grávidas enquanto estiverem usando medicamentos como Mounjaro, Ozempic ou Wegovy devem parar de tomá-los de imediato e procurar orientação médica. A MRHA destaca a importância de suspender o uso dessas “canetas emagrecedoras” assim que a gravidez for confirmada, devido à ausência de informações sobre os efeitos desses medicamentos durante a gestação e a amamentação.
Por que é importante seguir as orientações da MRHA?
Seguir as orientações da MRHA é crucial para garantir a segurança e a eficácia dos tratamentos contraceptivos durante o uso de medicamentos para perda de peso. A interação entre esses medicamentos e contraceptivos orais pode comprometer a prevenção de gravidez indesejada, além de potencialmente afetar a saúde da mulher e do feto em casos de gravidez. Portanto, a adoção de métodos contraceptivos alternativos é uma medida preventiva importante para mulheres que utilizam esses tratamentos.