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"A pessoa que vem e se interessa, mostro como trabalhamos, e pedimos uma vaquinha para cuidar da horta com os materiais de cultivo. Além de tudo, a pessoa tem que ter carinho com as plantas", afirma a cuidadora. Para embelezar a área, Ikuyo organiza uma expansão da horta de forma ornamental, com tocos de madeira para fazer um caminho das duas portas de o do parque até a horta, com 500 mudas em volta para o projeto de paisagismo com cercamento e expansão da área.</p> <p class="texto">Outro cuidado que Ikuyo demonstra, durante as visitas, é para que as pessoas verifiquem quais plantas são medicinais e quais não são. Ela dá o exemplo da lantana, uma planta tóxica, parecida com erva-cidreira, que alguns moradores costumam confundir e pegam para fazer chá. "O importante é a comunidade ter conhecimento do que é uma planta medicinal, porque pode gerar mal-estar", explica.</p> <p class="texto">O local está aberto para visitação comunitária das 6h às 22h — horário de funcionamento do parque. 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Horta no Sudoeste une comunidade em torno da sustentabilidade 4i333z

Jornal Correio Braziliense 2m3u5t

QUALIDADE DE VIDA

Horta no Sudoeste une comunidade em torno da sustentabilidade 6x1i3h

Na Horta Comunitária criada no Parque do Bosque, o manejo de ervas medicinais, hortaliças, frutas e flores tornou-se um cuidado coletivo dos moradores do Sudoeste, como a aposentada Ikuyo Nakamura 43174p

O que antes era um espaço público que servia de entulho transformou-se em um ambiente saudável, de utilidade pública e de aprendizado coletivo. Na Horta Comunitária do Parque do Bosque no Sudoeste, criada em 2015 por um morador da região, há diversas plantas medicinais, flores, locais para descanso e até coleta de lixo orgânico em resíduos para compostagem. Quem caminha pelo local, percebe o afeto nos enfeites e nas placas de aviso para o cuidado com as plantas.

Desde 2016, a aposentada Ikuyo Nakamura, 79 anos, cuida diariamente da horta e perdeu a conta de quantas espécies existem. É que tornou-se uma cultura entre os moradores ir ao local para deixar mudas. "A pessoa que vem e se interessa, mostro como trabalhamos, e pedimos uma vaquinha para cuidar da horta com os materiais de cultivo. Além de tudo, a pessoa tem que ter carinho com as plantas", afirma a cuidadora. Para embelezar a área, Ikuyo organiza uma expansão da horta de forma ornamental, com tocos de madeira para fazer um caminho das duas portas de o do parque até a horta, com 500 mudas em volta para o projeto de paisagismo com cercamento e expansão da área.

Outro cuidado que Ikuyo demonstra, durante as visitas, é para que as pessoas verifiquem quais plantas são medicinais e quais não são. Ela dá o exemplo da lantana, uma planta tóxica, parecida com erva-cidreira, que alguns moradores costumam confundir e pegam para fazer chá. "O importante é a comunidade ter conhecimento do que é uma planta medicinal, porque pode gerar mal-estar", explica.

O local está aberto para visitação comunitária das 6h às 22h — horário de funcionamento do parque. Para combinar a doação de mudas ou sementes, há um grupo de mensagens no celular. Moradora pioneira no cultivo das plantas, a aposentada Leonor Noji, 66, orgulha-se de ajudar na produção da horta. "Estou desde o começo no cultivo das plantas. Então, criei a mania de guardar a semente de tudo o que a gente come", relata. Ao caminhar pela horta, ela lembra com carinho que, no fim do ano ado, trouxe das Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF) uma espécie rara de limão japonês, com oito mudas no espaço. "Comprei porque a fruta nunca tinha aparecido aqui e não se encontra para vender. É um prazer participar da produção dessa horta para preservar o parque e dar uma imagem de reutilização desse espaço, que ainda conta com uma composteira", opina Leonor.

Lixo orgânico 5d66e

Erineu Meirinho, 70, outro morador que abraçou o projeto, comenta que reúne dez sacos de resíduos depositados na composta, e demora de 45 a 60 dias para o material se transformar em adubo. Em junho de 2022, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) doou uma composteira de metal para guardar o resíduo. "Ao mesmo tempo que armazenamos para adubar a terra, o material gera o biofertilizante, com a grande vantagem de misturar em um litro de água, jogar nos canteiros e ser reutilizável", analisa.

O cuidador é considerado o marceneiro da horta, principalmente por ter sido criado na roça, em Braço do Trombudo, em Santa Catarina, município a mais de 200 quilômetros de Florianópolis. "Fui criado com vaca, porco, galinha, e estou revivendo a minha infância", emociona-se Seu Erineu, como é carinhosamente conhecido. Com o trabalho dele e dos demais colaborares, o espaço mais que dobrou. 

Ao saber da compostagem de lixo orgânico, no meio do ano ado, a servidora pública Vanessa Zanin, 41, ou a ir duas vezes por semana à horta com a filha, Carolina Zanin Sampaio, 5, para deixar casca de frutas e verduras nas bacias de coleta. "Sou preocupada com gestão de resíduos sólidos, e estava pensando em diminuir o lixo, soube da composteira pública e o Seu Irineu me explicou como funciona", relata a moradora, que não se prende ao fato de residir em um apartamento e prioriza ter contato com a natureza, junto com a filha. "Brasília tem essa opção de ter muitas árvores frutíferas. A gente fica olhando as plantinhas e colhe algumas. As crianças de hoje em dia saem do prédio para a escola, para o shopping. Se não tiver distração com a natureza, ficam alienadas. No domingo, compramos um abacate e ela [a filha] falou para a gente plantar a semente", detalha.

Segundo a istração Regional do Sudoeste e Octogonal, a área da Horta Comunitária do Bosque é autorizada para cultivo. A inclusão da área no Parque Urbano do Bosque do Sudoeste ocorreu em fevereiro deste ano, com projeto autorizado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh). Serão colocados 135 metros lineares de cerca para que a horta fique dentro do parque. Atualmente, ela é ada pelo lado de fora do local, mas duas portas internas foram instaladas. Dessa forma, a área verde totaliza 900m². A istração Regional fornece mão de obra para obras, auxilia nas podas e fornece água para o espaço. 

 

Notícias no seu celular 1ri58

O formato de distribuição de notícias do Correio Braziliense pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para ar a receber as notícias do Correio, clique no link abaixo e entre na comunidade:

 

 

Apenas os es do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida.

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Ed Alves/CB/DA.Press - De forma voluntária, moradores plantam ervas medicinais, hortaliças e flores
Ed Alves/CB/DA.Press - 27/02/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Cidades. De forma voluntária, moradores plantam ervas medicinais, hortaliças e flores, dentro do parque do Sudoese. A horta, que começou pequenininha, ganhou mais espaço. Na foto Ikuyo Nakamura.
Ed Alves/CB/DA.Press - A servidora pública Vanessa Zanin, 41, e a filha Carolina, 5, são frequentadoras assíduas do espaço
Ed Alves/CB/DA.Press - 27/02/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Cidades. De forma voluntária, moradores plantam ervas medicinais, hortaliças e flores, dentro do parque do Sudoese. A horta, que começou pequenininha, ganhou mais espaço. Na foto Vanessa Zanin e sua filha Carolina.
Ed Alves/CB/DA.Press - 27/02/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Cidades. De forma voluntária, moradores plantam ervas medicinais, hortaliças e flores, dentro do parque do Sudoese. A horta, que começou pequenininha, ganhou mais espaço. Na foto Vanessa Zanin e sua filha Carolina.
Ed Alves/CB/DA.Press - A horta, que começou pequenininha, ganhou mais espaço a partir da união coletiva
Ed Alves/CB/DA.Press - O local está aberto para visitação das 6h às 22h e recebe doações de mudas e sementes
Ed Alves/CB/DA.Press - 27/02/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Cidades. De forma voluntária, moradores plantam ervas medicinais, hortaliças e flores, dentro do parque do Sudoese. A horta, que começou pequenininha, ganhou mais espaço. Na foto Ikuyo Nakamura.
Ed Alves/CB/DA.Press - Os vizinhos Ikuyo Nakamura, 79, e Erineu Meirinho, 70, assumiram cuidar da Horta Comunitária
Ed Alves/CB/DA.Press - 27/02/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Cidades. De forma voluntária, moradores plantam ervas medicinais, hortaliças e flores, dentro do parque do Sudoese. A horta, que começou pequenininha, ganhou mais espaço. Na foto Ikuyo Nakamura.
Ed Alves/CB/DA.Press - 27/02/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Cidades. De forma voluntária, moradores plantam ervas medicinais, hortaliças e flores, dentro do parque do Sudoese. A horta, que começou pequenininha, ganhou mais espaço.
Ed Alves/CB/DA.Press - Área de 900m², autorizada para cultivo, foi incluída pelo GDF no Parque do Sudoeste