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Ele relata que, quando chegou ao país, encontrou certo estranhamento de colegas de trabalho em relação aos seus costumes, mas que sempre foi respeitado. Hoje, ele leva os filhos Irha e Izaan para a mesquita consigo e os ensina árabe, inglês e urdu, além do português, para incentivá-los a manterem a cultura viva para a próxima geração. </p> <p class="texto"> <div class="galeria-cb"> <amp-carousel class="carousel1" layout="fixed-height" height="300" type="slides"> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/03/14/14032025mf01-48051590.jpg?20250314181314" class="contain" layout="fill" alt=" 14/03/2025 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. 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Islâmicos celebram o Ramadã 72n2t tempo de devoção, reflexão e conexão com Alá
Religião

Islâmicos celebram o Ramadã, tempo de devoção, reflexão e conexão com Alá l3p22

Março é o mês sagrado para os islâmicos, que buscam o autocontrole e o equilíbrio espiritual. Em Brasília, eles fazem as orações no Centro Islâmico do Brasil 675z6o

Neste mês de março, todas as sexta-feiras, Adnan Nazeer Rana e sua família deixam São Sebastião rumo ao Centro Islâmico do Brasil, na Asa Norte, onde se encontram com outros muçulmanos para fazerem o Salat al-Jumu'ah, a oração obrigatória em grupo. Adnan deixou o Paquistão, onde nasceu, há 15 anos, mas, mesmo no centro do Brasil, ele continua professando sua fé e ando os ensinamentos religiosos para os filhos.  

Iniciado na noite do último dia de fevereiro, o Ramadã deste ano está programado para durar até o pôr do sol do dia 30 de março, mas pode mudar, dependendo de quando a lua mudar para sua fase crescente. A rotina de todos os muçulmanos é alterada durante este mês, marcado por demonstrações de autodisciplina e dedicação à fé, demonstrando devoção a Deus (Alá). 

Todos os dias antes da alvorada, Adnan e sua família entram em um jejum que dura até o anoitecer. Ele relata que, quando chegou ao país, encontrou certo estranhamento de colegas de trabalho em relação aos seus costumes, mas que sempre foi respeitado. Hoje, ele leva os filhos Irha e Izaan para a mesquita consigo e os ensina árabe, inglês e urdu, além do português, para incentivá-los a manterem a cultura viva para a próxima geração. 

Marcelo Ferreira/CB/D.A Press -
Fotos: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press -
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press -
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press -
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press -
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press -

"O centro é um lugar abençoado para a gente. Trazemos eles (filhos) aqui para ver a rotina e como a gente faz a oração. Este mês é especial para sofrermos um pouquinho como as pessoas que não têm comida. Deus deu essa oportunidade para a gente sentir vontade, limpando a nossa pele e nosso espírito, e para a gente fazer coisas boas e ajudar a comunidade", explica o paquistanês.

Costumes ucf

O Ramadã é um dos cinco pilares fundamentais do islamismo. Durante o período, o Centro Islâmico de Brasília realiza não só o Salat al-Jumu'ah, mas momentos como a oração noturna (Salat Taraweeh) e o Iftar, uma ceia diária para que quebrem seus jejuns. O sheik Kamal Elkhashen explica que o mês de Ramadã é um mês de bondade, paciência e misericórdia.

O sacrifício feito pelo jejum serve para demonstrar sua devoção a Alá. Elkhashen comenta que algumas pessoas que ingressam na religião temem não conseguir aguentar o processo, mas que é uma questão de adaptação. Para isso, o sheik explica que as crianças muçulmanas não praticam o costume, começando progressivamente aos 7 anos para irem se acostumando e o fazendo de maneira tradicional a partir dos 14.

Ele também comenta que a mesquita recebe pessoas de qualquer nacionalidade ou religião, com brasileiros que não sejam muçulmanos podendo falar com o sheik para se converterem. "A mesquita é a casa de Deus, então está sempre aberta para todo mundo, muçulmano ou não, que quer saber mais ou tem curiosidade sobre o que fazemos aqui. A gente não deixa ninguém fora", afirma o religioso.

Acolhimento 6r1g27

Além de brasilienses, o Centro Islâmico também recebe pessoas de diversas nacionalidades que deixam seus países e são acolhidas na capital do Brasil, que encontram na mesquita um local para seguirem seus costumes.

Ndiogou Osman Diene não teve essa recepção quando chegou ao Brasil, vindo do Senegal, há 42 anos. Suas primeiras três décadas no Brasil foram adas no Ceará e no Amazonas, onde ele não conseguia frequentar uma mesquita, fazendo suas orações em casa sozinho. Hoje em Brasília, aos 72 anos, ele vai ao templo celebrar o Ramadã e compartilha com os mais novos a palavra de Deus. 

O senegalês conta que veio ao Distrito Federal para fazer um mestrado na Universidade de Brasília (UnB) e que muitos colegas não entendiam seus costumes, como as orações diárias e o não consumo de carne de porco e de bebidas alcóolicas. Assim como ele, am pelo Centro Islâmico todos os dias pessoas de diferentes países do mundo árabe, que encontram no Brasil uma cultura bastante diferente, mas sentem na mesquita um senso de comunidade.

Ele lamenta que, por o Brasil ter uma porcentagem pequena de população muçulmana, seja mais difícil encontrar templos islâmicos em Brasília, algo comum em países árabes e até em cidades, como São Paulo e Maringá. Essa escassez faz com que nem todos tenham como ir a uma mesquita sempre que necessário em momentos de oração, mas explica que se pode rezar em qualquer lugar desde que se vire em direção à cidade de Meca (cidade da Arábia Saudita, considerada a mais sagrada para o islamismo) e use um e, como um tapete, para que se esteja em uma superfície limpa.

Importância  123m6d

Existem cerca de 1,5 milhão de muçulmanos no Brasil, de acordo com a Federação das Associações Muçulmanas no Brasil (Fambras). Esse número se divide entre imigrantes árabes, descendentes dos mesmos e brasileiros que se converteram à religião. Representando apenas por volta de 0,686% da população nacional, a cultura islâmica no Brasil, por vezes, acaba esquecida. Mas os fiéis em Brasília e em outras cidades se esforçam para manter seus costumes e sua religião.

Gidalti Guedes, professor de Teologia na Universidade Católica de Brasília, explica que o Ramadã é o nono mês do calendário islâmico, considerado o mês mais sagrado para os muçulmanos, pois acredita-se que foi durante esse período que o Alcorão (livro sagrado do Islamismo) começou a ser revelado ao profeta Maomé (Muhammad) pelo anjo Gabriel.

Ele acrescenta que, para o Islã, não seguir esses costumes é uma falha grave, ainda que exista uma compreensão de que não cabe à comunidade julgar a pessoa, pois o mais importante é a intenção e o arrependimento sincero para a reconciliação espiritual. 

"Durante o Ramadã, os muçulmanos buscam o autocontrole e o equilíbrio espiritual, indispensáveis para que a pessoa esteja preparada para os desafios que enfrentará na vida. É um período de profunda devoção, reflexão e de fortalecimento da conexão com Alá e com a comunidade muçulmana", afirma o educador.

* Estagiário sob supervisão de Márcia Machado

 


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