
Uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias eletrônicas no Distrito Federal e em Goiás é alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos pelas polícias Federal e Civil do Distrito Federal. O grupo é investigado por ter desviado mais de R$ 1 milhão de bancos. Veja:
A operação, batizada “Não seja um laranja”, começou nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (27/5), nas duas unidades da federação. As investigações revelaram que o grupo criminoso usa diversas contas bancárias para depositar os valores desviados dos bancos.
Em um dos casos, a fraude digital resultou num prejuízo à instituição bancária no valor de R$ 206 milhões. Parte deste valor, segundo os investigadores, foi transferido em várias transações para a conta de “laranjas”, também chamados de “conteiros”, logo após o crime, perfazendo um valor de R$ 1.110.960,83.
A operação faz parte da Força-Tarefa Tentáculos, que tem como um dos principais pilares a cooperação com instituições bancárias e financeiras no combate às fraudes bancárias eletrônicas.
Aumento de casos
Nos últimos anos, as forças policiais detectaram um aumento expressivo e considerável da participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos. Tais pessoas cedem suas contas bancárias, mediante pagamento ilícito (corretagem), no intuito de dificultar o rastro ilícito do dinheiro, pulverizando-o, em seguida, em diversas contas para dificultar a investigação e camuflar as atividades das organizações criminosas.
Os delitos a serem apurados na Operação ‘Não Seja um Laranja DF e GO’ são associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, cujas penas, se somadas, podem ultraar a 20 (vinte) anos de reclusão.
Alerta
As polícias Federal e Civil do DF alertam que emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime. Além de provocar um dano considerável aos cidadãos, esta modalidade de fraude tem sido um dos principais vetores de financiamento de organizações criminosas.