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Oferecer bonecas negras &agrave;s crian&ccedil;as &eacute; mostrar que crian&ccedil;as/bonecas s&atilde;o diferentes e bonitas.</p> <p class="texto">Outra indica&ccedil;&atilde;o s&atilde;o os <strong><a href="https://portaledicase.com/brincadeiras-impulsionam-a-criatividade-e-o-raciocinio-das-criancas/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">jogos</a></strong> de tabuleiros com tem&aacute;ticas africanas como Mancala (Egito),&nbsp;Tsoro Yematatu&nbsp;(Zimbabwe) e Fanorona (Madagaskar), que trabalham estrat&eacute;gia e racioc&iacute;nio l&oacute;gico e, por serem africanos, &eacute; uma boa oportunidade de conhecer os pa&iacute;ses de origem e suas hist&oacute;rias.</p> <h2 id="h-2-assista-a-filmes-e-series" class="wp-block-heading"><strong>2. Assista a filmes e s&eacute;ries</strong></h2> <p class="texto">Incentivar as crian&ccedil;as e os adolescentes a assistirem <strong><a href="https://portaledicase.com/filmes-sobre-a-luta-contra-o-racismo/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">filmes</a></strong> e s&eacute;ries que problematizam o racismo ou tragam personagens principais com autores negros &eacute; uma das sugest&otilde;es. Alguns exemplos s&atilde;o &ldquo;Estrela Al&eacute;m do Tempo&rdquo;, &ldquo;A Mulher Rei&rdquo;, &ldquo;Pantera Negra: Wakanda Para Sempre&rdquo;, &ldquo;Hist&oacute;rias Cruzadas&rdquo;, &ldquo;Ray&rdquo;, &ldquo;M&atilde;os Talentosas: A Hist&oacute;ria de Ben Carson&rdquo; e &ldquo;A Vida e a Hist&oacute;ria de Madam C. J. Walker&rdquo;. 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Fa&ccedil;a refei&ccedil;&otilde;es tem&aacute;ticas</strong></h2> <p class="texto">O continente africano contribuiu efetivamente com a <strong><a href="https://portaledicase.com/7-comidas-tipicas-brasileiras-para-experimentar-pelo-pais/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">culin&aacute;ria brasileira</a></strong>. Fazer pratos de origem africana pode oferecer um aprendizado diferenciado para as crian&ccedil;as e adolescentes na medida que a fam&iacute;lia pode pesquisar o pa&iacute;s de origem e conversar sobre eles durante a refei&ccedil;&atilde;o.</p> <p class="texto">Doces como o&nbsp;<em>malva pudding</em> (ou pudim malva), tradicional da &Aacute;frica do Sul, &eacute; muito semelhante a um bolo. Os principais ingredientes de sua prepara&ccedil;&atilde;o s&atilde;o a geleia de damasco e o a&ccedil;&uacute;car mascavo. &Eacute; um prato bastante doce e o jeito de servir &eacute; quente e acompanhado por sorvete ou um creme de baunilha.</p> <p class="texto">Outro doce &eacute; o <em>xalwo</em>, oriundo da Som&aacute;lia. Ele &eacute; servido em festas, celebra&ccedil;&otilde;es e ocasi&otilde;es especiais, como casamentos. Leva amido de milho, a&ccedil;&uacute;car, manteiga ghee, cardamomo em p&oacute; e noz-moscada. Para incrementar o sabor, algumas receitas levam amendoim, conferindo mais textura e sabor ao prato.</p> <p class="texto">Por fim, o <em>koeksisters</em> lembra nosso bolinho de chuva. &Eacute; frito e, ao inv&eacute;s de ser ado no a&ccedil;&uacute;car canela, ele &eacute; banhado em uma calda feita com a&ccedil;&uacute;car, lim&atilde;o e especiarias. Outra diferen&ccedil;a est&aacute; no formato, que, ao inv&eacute;s de redondo, lembra muito uma tran&ccedil;a. Ao pesquisar os nomes na internet, &eacute; poss&iacute;vel ar as receitas e os modos de fazer.</p> <h2 id="h-4-nao-ignore-falas-racistas-nem-trate-como-brincadeira-de-crianca" class="wp-block-heading"><strong>4. N&atilde;o ignore falas racistas nem trate como brincadeira de crian&ccedil;a</strong></h2> <p class="texto">O <strong><a href="https://portaledicase.com/racismo-entenda-quais-sao-os-tipos-e-as-consequencias/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">racismo</a></strong> &eacute; algo s&eacute;rio e deve ser problematizado. Ignorar falas racistas de crian&ccedil;as e adolescentes &eacute; evidenciar que a fala ou a atitude &eacute; autorizada. Quando uma crian&ccedil;a negra sofre o racismo e n&atilde;o a acolhemos ou ignoramos, ensinamos que o fato &eacute; normal. E, em ambos os casos, n&atilde;o s&atilde;o. N&atilde;o podemos ignorar falas racistas e n&atilde;o podemos negligenciar quem sofreu o racismo.</p> <p class="texto">&Eacute; preciso sentar e conversar para entender o ocorrido e, em seguida, levantar questionamentos como: &ldquo;por que voc&ecirc; falou isso?&rdquo;, &ldquo;por que voc&ecirc; agiu assim?&rdquo;, &ldquo;o que te faz entender que sua fala &eacute; correta?&rdquo;. Ou seja, levar a crian&ccedil;a a pensar sobre suas a&ccedil;&otilde;es e n&atilde;o oferecer falas prontas como &ldquo;isso &eacute; feio&rdquo;, &ldquo;isso n&atilde;o se faz&rdquo;, &ldquo;voc&ecirc; est&aacute; errado&rdquo;.</p> <p class="texto">As conclus&otilde;es e reflex&otilde;es das crian&ccedil;as e dos adolescentes podem ser constru&iacute;das por elas mesmas a partir de perguntas que permitam repensar falas e atitudes. Mas refor&ccedil;o: isso n&atilde;o pode terminar no di&aacute;logo, sendo uma proposta pontual. O trabalho antirracista segue em a&ccedil;&otilde;es propostas anteriormente.</p> <h2 id="h-os-frutos-a-serem-colhidos" class="wp-block-heading"><strong>Os frutos a serem colhidos</strong></h2> <p class="texto">A escola e a fam&iacute;lia est&atilde;o imersas em um pa&iacute;s racista e as a&ccedil;&otilde;es, pr&aacute;ticas, falas e depoimentos fazem parte dessa reconstru&ccedil;&atilde;o.&nbsp;A aten&ccedil;&atilde;o devida ao tema com <strong><a href="https://portaledicase.com/caminhos-para-uma-educacao-antirracista/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">crian&ccedil;as e adolescentes</a></strong> &eacute; de extrema import&acirc;ncia se desejamos mudar nossa sociedade. &Acirc;ngela Davis ensina que &ldquo;numa sociedade racista, n&atilde;o basta n&atilde;o ser racista, &eacute; necess&aacute;rio ser antirracista&rdquo;. Ent&atilde;o, m&atilde;os &agrave; obra!&nbsp;</p> <p class="texto"><em>Por Janaina de Azevedo Corenza </em></p> <p class="texto"><em>Pedagoga e doutora em Educa&ccedil;&atilde;o.&nbsp;Atua como professora do Instituto Federal do Rio de Janeiro. &Eacute; organizadora do Livro &ldquo;Pr&aacute;ticas curriculares antirracistas: temas em constru&ccedil;&atilde;o&rdquo; (Wak Editora).</em></p> <p class="texto"><em><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/brasil/2024/11/6993124-cliente-da-cadeirada-em-assaltante-e-impede-roubo-em-padaria.html"> <amp-img src="https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2024/11/20/assalto_na_padaria-41924270.jpg?20241120183437" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>Cliente dá cadeirada em assaltante e impede roubo em padaria</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/brasil/2024/11/6993109-disputa-por-marca-lagoinha-expoe-racha-na-familia-valadao.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/11/20/familia_valadao_jpg-41938161.jpg?20241120180703" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>Disputa por ‘marca’ Lagoinha expõe racha na família Valadão</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/brasil/2024/11/6992887-delegada-aposentada-e-encontrada-morta-em-casa-filho-e-preso.html"> <amp-img src="https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2024/11/19/145___001__viatura_-41904979.jpg?20241120123431" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>Delegada aposentada é encontrada morta em casa; filho é preso</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/mundo/2024/11/6992873-cacula-baba-cafune-como-mulheres-negras-escravizadas-ajudaram-a-criar-o-portugues-brasileiro.html"> <amp-img src="https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2024/11/20/589ab160_a72b_11ef_b084_fbb99ebdbb21-41926739.jpg?20241120122318" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>Caçula, babá, cafuné: como mulheres negras escravizadas ajudaram a criar o português brasileiro</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/brasil/2024/11/6992869-homem-que-matou-menina-de-6-anos-em-briga-de-transito-e-condenado.html"> <amp-img src="https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2024/11/20/melissa_6_anos_segunda-41913010.jfif?20241120121806" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>Homem que matou menina de 6 anos em briga de trânsito é condenado a prisão</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/mundo/2024/11/6992814-as-mulheres-negras-que-ajudaram-a-construir-o-brasil.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/11/20/a458cdc0_a745_11ef_a689_d19e56b823a3-41924514.jpg?20241120111019" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>As mulheres negras que ajudaram a construir o Brasil</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/economia/2024/11/6992794-sem-autonomia-financeira-85-das-mulheres-negras-que-sofrem-violencia-domestica-convivem-com-seus-agressores.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/11/19/consciencia_negra8-41904840.jpg?20241119192528" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>85% das mulheres negras que sofrem violência doméstica convivem com seus agressores</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/mundo/2024/11/6992789-quem-foi-o-1-e-unico-presidente-negro-do-brasil.html"> <amp-img src="https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2024/11/20/a5d0d880_a729_11ef_bdf5_b7cb2fa86e10-41924175.jpg?20241120135410" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>Quem foi o 1º e único presidente negro do Brasil</span> </div> </a> </li> </ul> </div></em></p> <div class="shareaholic-canvas" style="display: none;" data-app="share_buttons" data-title="5 dicas para a fam&iacute;lia promover a educa&ccedil;&atilde;o antirracista" data-link="https://portaledicase.com/dicas-para-a-familia-promover-a-educacao-antirracista/" data-summary="Veja como a&ccedil;&otilde;es simples s&atilde;o importantes para ajudar na forma&ccedil;&atilde;o de crian&ccedil;as e adolescentes" data-app-id-name="category_below_content">&nbsp;<br /></div> </div>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/11/20/675x450/1_mae_e_filha-41933950.jpg?20241120151240?20241120151240", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Redação EdiCase" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 662w68

Eu, Estudante 48p1u

EDUCAÇÃO

5 dicas para a família promover a educação antirracista 5h5w5

Veja como ações simples são importantes para ajudar na formação de crianças e adolescentes 5y421g

Na educação antirracista, a escola não pode nem deve estar sozinha. A família também precisa educar as crianças e os adolescentes em prol de reflexões a respeito de ações racistas. Pedir desculpas ao colega, ser privado de algum lazer ou simplesmente “brigar” não é o caminho mais adequado, já que são ações pontuais. Abaixo, destaco sugestões de ações contínuas para as famílias cumprirem seu papel fundamental nesta construção.

1. Ofereça brinquedos e jogos 3d4b4x

Nas lojas, as bonecas em sua maioria são brancas, loiras e com olhos claros. A diversidade brasileira não é explícita nesses brinquedos. Oferecer bonecas negras às crianças é mostrar que crianças/bonecas são diferentes e bonitas.

Outra indicação são os jogos de tabuleiros com temáticas africanas como Mancala (Egito), Tsoro Yematatu (Zimbabwe) e Fanorona (Madagaskar), que trabalham estratégia e raciocínio lógico e, por serem africanos, é uma boa oportunidade de conhecer os países de origem e suas histórias.

2. Assista a filmes e séries 1z11v

Incentivar as crianças e os adolescentes a assistirem filmes e séries que problematizam o racismo ou tragam personagens principais com autores negros é uma das sugestões. Alguns exemplos são “Estrela Além do Tempo”, “A Mulher Rei”, “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”, “Histórias Cruzadas”, “Ray”, “Mãos Talentosas: A História de Ben Carson” e “A Vida e a História de Madam C. J. Walker”. Como sugestões de séries que abordam as realidades de pessoas negras indico “Quem Matou Malcolm X?”, “Olhos que Condenam” e “The Get Down”. 

Estes filmes e séries trazem elementos para toda família pensar a questão racial, e ainda acrescento mais alguns: “Encanto”, “Soul”, ”Space Jam: Um Novo Legado”, “O Mundo de Greg”.

Delícias como os koeksisters são um convite para conhecer a diversidade da culinária africana e promover reflexões sobre heranças culturais (Imagem: AS Foodstudio | Shutterstock)

3. Faça refeições temáticas 453o24

O continente africano contribuiu efetivamente com a culinária brasileira. Fazer pratos de origem africana pode oferecer um aprendizado diferenciado para as crianças e adolescentes na medida que a família pode pesquisar o país de origem e conversar sobre eles durante a refeição.

Doces como o malva pudding (ou pudim malva), tradicional da África do Sul, é muito semelhante a um bolo. Os principais ingredientes de sua preparação são a geleia de damasco e o açúcar mascavo. É um prato bastante doce e o jeito de servir é quente e acompanhado por sorvete ou um creme de baunilha.

Outro doce é o xalwo, oriundo da Somália. Ele é servido em festas, celebrações e ocasiões especiais, como casamentos. Leva amido de milho, açúcar, manteiga ghee, cardamomo em pó e noz-moscada. Para incrementar o sabor, algumas receitas levam amendoim, conferindo mais textura e sabor ao prato.

Por fim, o koeksisters lembra nosso bolinho de chuva. É frito e, ao invés de ser ado no açúcar canela, ele é banhado em uma calda feita com açúcar, limão e especiarias. Outra diferença está no formato, que, ao invés de redondo, lembra muito uma trança. Ao pesquisar os nomes na internet, é possível ar as receitas e os modos de fazer.

4. Não ignore falas racistas nem trate como brincadeira de criança 1in26

O racismo é algo sério e deve ser problematizado. Ignorar falas racistas de crianças e adolescentes é evidenciar que a fala ou a atitude é autorizada. Quando uma criança negra sofre o racismo e não a acolhemos ou ignoramos, ensinamos que o fato é normal. E, em ambos os casos, não são. Não podemos ignorar falas racistas e não podemos negligenciar quem sofreu o racismo.

É preciso sentar e conversar para entender o ocorrido e, em seguida, levantar questionamentos como: “por que você falou isso?”, “por que você agiu assim?”, “o que te faz entender que sua fala é correta?”. Ou seja, levar a criança a pensar sobre suas ações e não oferecer falas prontas como “isso é feio”, “isso não se faz”, “você está errado”.

As conclusões e reflexões das crianças e dos adolescentes podem ser construídas por elas mesmas a partir de perguntas que permitam repensar falas e atitudes. Mas reforço: isso não pode terminar no diálogo, sendo uma proposta pontual. O trabalho antirracista segue em ações propostas anteriormente.

Os frutos a serem colhidos 1u3ku

A escola e a família estão imersas em um país racista e as ações, práticas, falas e depoimentos fazem parte dessa reconstrução. A atenção devida ao tema com crianças e adolescentes é de extrema importância se desejamos mudar nossa sociedade. Ângela Davis ensina que “numa sociedade racista, não basta não ser racista, é necessário ser antirracista”. Então, mãos à obra! 

Por Janaina de Azevedo Corenza

Pedagoga e doutora em Educação. Atua como professora do Instituto Federal do Rio de Janeiro. É organizadora do Livro “Práticas curriculares antirracistas: temas em construção” (Wak Editora).