Relação entre poderes

Ceron: debate com Congresso pode contribuir para revisão de gastos tributários

Na avaliação do secretário do Tesouro, país vive, socialmente, seu "melhor momento", e enalteceu queda do desemprego e aumento do nível de renda

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, durante coletiva do RTN de abril de 2025, nesta quinta-feira (28/5). -  (crédito: Diogo Zacarias/MF)
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, durante coletiva do RTN de abril de 2025, nesta quinta-feira (28/5). - (crédito: Diogo Zacarias/MF)

Mesmo com a tensão entre governo federal e Congresso Nacional desde o anúncio da elevação de alíquotas do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, acredita que as discussões entre os dois poderes abrem espaço para se debater uma possível revisão dos gastos tributários no país, que correspondem, praticamente, a um quarto de toda a arrecadação da União e dos estados e a mais de 7% do PIB.

Durante a coletiva de apresentação dos resultados do Tesouro para o mês de abril, o secretário disse que, com a discussão sobre o tema do IOF, abriu-se um espaço de discussão entre os poderes para as questões fiscais. Segundo ele, o movimento é importante para consolidar um processo de recuperação fiscal, além de reduzir incertezas sobre o futuro da economia brasileira.

“A gente está sendo provocado pelo Poder Legislativo para apresentar soluções estruturais que permitam consolidar o processo de recuperação fiscal. Isso é muito importante. Nós podemos estar diante de um momento histórico para o país, de unir os poderes, e, de fato, dar um o significativo para consolidar essa trajetória de crescimento e de um crescimento sustentável”, afirmou, nesta quinta-feira (29/5), o secretário.

Ceron avaliou que o país vive o seu “melhor momento” em termos sociais, e destacou o baixo nível de desemprego e crescimento de renda das famílias brasileiras. Ele considerou, ainda, que a participação do Legislativo na discussão sobre questões fiscais pode contribuir para a redução das taxas de juros ao longo prazo e atração de investimentos.

“Então acho que há essa compreensão e isso ficou muito claro na entrevista, de novo, tenho que enaltecer a postura do presidente Hugo Motta e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, representando todas as lideranças e todos os deputados e senadores, uma disposição muito grande para enfrentar essa agenda com seriedade e de forma estrutural”, acrescentou.

postado em 29/05/2025 19:46
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