
A agência de classificação de risco norte-americana Moody’s manteve a nota de crédito do Brasil em Ba1, a um o do chamado “grau de investimento”, que funciona como uma espécie de selo de bom pagador. Apesar disso, rebaixou a perspectiva do país de “positiva” para “estável”, citando desafios fiscais e dificuldade para estabilizar a dívida no curto prazo.
De acordo com a agência, o principal limitador do Brasil, atualmente, é a rigidez dos gastos. Em relatório publicado nesta sexta-feira, ela cita uma “deterioração acentuada na capacidade de pagamento da dívida”, além de considerar que ainda há dificuldade em garantir credibilidade à política fiscal, mesmo com o cumprimento das metas de resultado primário, como lembrou a Moody’s.
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“A capacidade do governo de reduzir substancialmente as vulnerabilidades fiscais e estabilizar o peso da dívida no curto prazo continua limitada pela rigidez dos gastos e pelo aumento dos custos dos empréstimos”, ressaltou a agência, que também destacou que esses desafios compensam o crescimento do PIB e dos investimentos e reformas econômicas implementadas nos últimos anos.
Em nota, o Ministério da Fazenda respondeu que reafirma um compromisso com a melhora dos resultados fiscais e aprofundamento do processo de reformas estruturais.