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Agress&atilde;o f&iacute;sica e abuso sexual lideram a lista de ocorr&ecirc;ncias. 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Antigamente, por exemplo, as pessoas denunciavam menos os castigos corporais por pensarem que os pais tinham direito total sobre os corpos das crian&ccedil;as", avalia a especialista.</p> <h3>Viola&ccedil;&otilde;es e den&uacute;ncias</h3> <p class="texto">A viol&ecirc;ncia f&iacute;sica foi a maior causa de viola&ccedil;&otilde;es de direitos registrada pelos conselhos tutelares do DF em 2022, totalizando 955 registros entre 1&ordm; de janeiro e 13 de dezembro. Na sequ&ecirc;ncia, vieram os casos de neglig&ecirc;ncia contra crian&ccedil;as e adolescentes, com 716 registros no mesmo per&iacute;odo.</p> <p class="texto">As regi&otilde;es com maior n&uacute;mero de den&uacute;ncias foram Ceil&acirc;ndia (377), Samambaia (242) e Planaltina (201). No total, foram registradas 2511 ocorr&ecirc;ncias. De acordo com a Sejus DF, em cada uma delas pode haver mais de um caso de viola&ccedil;&atilde;o de direito, ou seja, uma den&uacute;ncia pode conter neglig&ecirc;ncia e maus tratos ao mesmo tempo.<br /></p> <p class="texto">O abuso sexual ocupa o quinto lugar dos casos mais registrados, com 8,02% das viola&ccedil;&otilde;es. De acordo com dados coletados, h&aacute;, ainda, um v&iacute;nculo estreito de parentesco com as v&iacute;timas. Na maioria dos casos, a pr&oacute;pria m&atilde;e foi apontada como violadora de direitos (291 casos registrados), seguido por pai e m&atilde;e, (138) e apenas pelo pai (71). Agress&otilde;es por parte de madrastas e padastros ocupam o 9&ordm; e o 6&ordm; lugar na lista, respectivamente, com 18 casos registrados. <br /></p> <p class="texto">O conselheiro Manoel Pereira Neto, atuante em Ceil&acirc;ndia no quarto mandato, diz que na regi&atilde;o os casos mais atendidos s&atilde;o abuso sexual, abandono de incapaz e agress&atilde;o f&iacute;sica. Segundo ele, os casos que mais chamaram a aten&ccedil;&atilde;o envolviam duas adolescentes. Uma delas era abusada sexualmente pelo padrasto, com coniv&ecirc;ncia de sua genitora, e a outra, com transtorno mental, se automutilava, dizia ouvir vozes que a mandam cortar o rosto e outras barbaridades, sem que tivesse recebido qualquer aux&iacute;lio dos parentes.</p> <h3>Novos Conselhos<br /></h3> <p class="texto">Em 2023 o Conselho Tutelar do DF ganhar&aacute; dois novos colegiados, totalizando 44 unidades. A C&acirc;mara Legislativa&nbsp; do DF aprovou, em 7 de dezembro deste ano, a cria&ccedil;&atilde;o das novas regi&otilde;es istrativas: &Aacute;gua Quente, no Recanto das Emas, e Arapoanga, que ser&aacute; desmembrada de Planaltina. A Lei 5.294/2014, que regulamenta a atividade do Conselho Tutelar no DF, disp&otilde;e em seu artigo 6&ordm; que devem ser criados novos conselhos tutelares em caso de cria&ccedil;&atilde;o de novas regi&otilde;es istrativas.<br /></p> <p class="texto">A Sejus informou que est&aacute; em busca de im&oacute;veis com localiza&ccedil;&atilde;o estrat&eacute;gica para abrigar os novos conselhos. Eles ser&atilde;o alugados at&eacute; a constru&ccedil;&atilde;o e entrega das sedes definitivas. &ldquo;A pasta j&aacute; conta com equipamentos tecnol&oacute;gicos, computadores e ve&iacute;culos para serem utilizados pelos novos conselhos tutelares, mas ainda n&atilde;o h&aacute; prazo formalizado para as respectivas inaugura&ccedil;&otilde;es&rdquo;, informou a Sejus, por meio de nota. <br /></p> <p class="texto">O novo presidente da Associa&ccedil;&atilde;o dos Conselheiros Tutelares do DF (ACT/DF), Gustavo Camargos, acredita que a implementa&ccedil;&atilde;o dos dois novos conselhos culminar&aacute; em um melhor atendimento a popula&ccedil;&atilde;o. "As&nbsp;regi&otilde;es do Recanto das Emas e de Planaltina sofrem com excesso de demanda", diz, adiantando que pretende em seu mandato coordenar a implementa&ccedil;&atilde;o de novos conselhos tutelares nas regi&otilde;es do Parano&aacute;/Itapo&atilde; e em outras localidades que atendam as demandas de Samambaia, S&atilde;o Sebasti&atilde;o, Brazl&acirc;ndia, Taguatinga e Riacho Fundo. Ele afirma que os avan&ccedil;os dos conselhos tutelares s&atilde;o uma constante e que a ordem &eacute; incrementar ainda mais essa a&ccedil;&atilde;o, que faz parte da pauta da associa&ccedil;&atilde;o.<br /></p> <h3>Dificuldades<br /></h3> <p class="texto">Camargos ter&aacute; quatro anos para colocar em pr&aacute;tica o plano f&iacute;sico e tamb&eacute;m o operacional. O grande gargalo, aponta, &eacute; a sobrecarga de demandas em colegiados j&aacute; existentes, que acarreta sobrecarga ainda maior no Plano Piloto. "A abertura de pelo menos seis novos colegiados melhoraria muito o atendimento e&nbsp; da popula&ccedil;&atilde;o, principalmente do entorno, onde imperam as dificuldades&rdquo;, diz.<br /></p> <p class="texto">Camargos&nbsp;atua em Planaltina desde 2016. Desde ent&atilde;o, afirma, os atendimentos na regi&atilde;o cobrem boa parte da &aacute;rea de atua&ccedil;&atilde;o no DF. "Somente para Planaltina s&atilde;o encaminhadas demandas de 67 escolas p&uacute;blicas que lidam com evas&atilde;o escolar, faltas injustificadas, e outros problemas que necessitam de encaminhamento e sobrecarregam o &oacute;rg&atilde;o p&uacute;blico, diz. "Assim como outras regi&otilde;es, &eacute; um lugar muito distante do plano piloto. Se algu&eacute;m precisar de atendimento para uma crian&ccedil;a junto ao Centro de Orienta&ccedil;&atilde;o M&eacute;dico Psicopedag&oacute;gica, por exemplo,&nbsp;ter&aacute; que se deslocar 50 quil&ocirc;metros at&eacute; o centro de Bras&iacute;lia&rdquo;, afirma.</p> <p class="texto">&nbsp;</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/12/01/400x526/1_whatsapp_image_2022_12_01_at_16_49_03-26966851.jpeg" width="400" height="526" layout="responsive" alt="Conselheiro tutelar Gustavo Camargos"></amp-img> <figcaption>Arquivo pessoal - <b>Conselheiro tutelar Gustavo Camargos</b></figcaption> </div><br /></p> <p class="texto">A&nbsp;conselheira tutelar Zeila Assis, que atua desde 2013 na regi&atilde;o istrativa do Cruzeiro, conta que uma das maiores dificuldades enfrentadas pela unidade&nbsp;&eacute; a demora nas respostas aos encaminhamentos, o que impede uma resolu&ccedil;&atilde;o mais r&aacute;pida dos casos. Outro desafio, segundo ela, &eacute; a falta de&nbsp;intera&ccedil;&atilde;o com&nbsp;a rede com as quais eles atuam e da comunidade sobre o entendimento das atribui&ccedil;&otilde;es do conselho tutelar. &ldquo;Muitas vezes as escolas, por exemplo, encaminham casos que deveriam ser resolvidos por uma equipe de pedagogos da pr&oacute;pria escola&rdquo;,&nbsp;exemplifica.<br /></p> <p class="texto">O conselheiro Manoel Pereira Neto, atuante em Ceil&acirc;ndia, tamb&eacute;m refor&ccedil;a a dificuldade dos conselheiros em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s redes. &ldquo; A nossa rotina &eacute; bem complicada, pois dependemos dos outros &oacute;rg&atilde;os e de toda rede para que trabalham direta ou indiretamente com prote&ccedil;&atilde;o &agrave; crian&ccedil;a e ao adolescente,&nbsp;como a promotoria da Vara da Inf&acirc;ncia e da Juventude, delegacias, escolas e a pr&oacute;pria comunidade, que nos leva den&uacute;ncias ou demanda de cada dia como. N&atilde;o obstante, &eacute; preciso ampliar o n&uacute;mero de vagas em creche, escolas, assim como ampliar a oferta de est&aacute;gio&rdquo;, pontua.<br /></p> <p class="texto">M&atilde;e de uma menina de 6 anos, a dona de casa Tayna Santos, moradora do Cruzeiro Velho, conta que demorou&nbsp;quatro meses para conseguir matricular a filha na creche. &ldquo;Essa demora me prejudicou muito, porque, para trabalhar, tinha que deixar minha filha na creche e, para isso, teria que comprovar uma renda, mas n&atilde;o seria poss&iacute;vel eu trabalhar enquanto n&atilde;o tivesse com quem deixar a menina.&rdquo;</p> <h3>Preven&ccedil;&atilde;o dos Abusos<br /></h3> <p class="texto">Conselheira tutelar mais votada no Cruzeiro e em seu primeiro mandato, Viviane Dourado revela que um dos motivos que a levou a se interessar em fazer parte da ACT&nbsp;foi a possibilidade propor a&ccedil;&otilde;es&nbsp;educativas. &ldquo;&Eacute; importante a informa&ccedil;&atilde;o, a preven&ccedil;&atilde;o e a profilaxia,&nbsp;por meio do&nbsp;di&aacute;logo. A verdade sempre nos motiva a buscar resultados positivos&rdquo;, afirma.<br /></p> <p class="texto">&nbsp;</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/12/01/400x526/1_whatsapp_image_2022_12_01_at_20_00_27-26966921.jpeg" width="400" height="526" layout="responsive" alt="Conselheiras Viviane Dourado e Zeila Assis no conselho do Cruzeiro"></amp-img> <figcaption>Arquivo pessoal - <b>Conselheiras Viviane Dourado e Zeila Assis no conselho do Cruzeiro</b></figcaption> </div></p> <h3>O Conselho Tutelar<br /></h3> <p class="texto">Com atua&ccedil;&atilde;o ativa no contexto social do DF e tamb&eacute;m do&nbsp;pa&iacute;s, o Conselho Tutelar &eacute; um &oacute;rg&atilde;o p&uacute;blico aut&ocirc;nomo&nbsp;e tem por objetivo garantir o cumprimento do Estatuto da Crian&ccedil;a e Adolescente (ECA). O &oacute;rg&atilde;o &eacute; istrativamente vinculado ao poder executivo municipal, apesar de n&atilde;o ser subordinado a ele. No caso do Distrito Federal, esse v&iacute;nculo se d&aacute; com a Secretaria de Justi&ccedil;a e Cidadania (Sejus-DF).<br /></p> <p class="texto">No DF existem 42 conselhos tutelares. Cada um deles possui 5 conselheiros concursados e escolhidos por elei&ccedil;&otilde;es diretas, que ocorrem de quatro em quatro anos, e uma equipe istrativa para auxili&aacute;-los nos atendimentos e tr&acirc;mites com a Justi&ccedil;a.<br /></p> <p class="texto">A Sejus-DF &eacute; respons&aacute;vel pela estrutura&ccedil;&atilde;o dos conselhos. Para atender &agrave;s necessidades do &oacute;rg&atilde;o, foi criado o N&uacute;cleo de Apoio T&eacute;cnico e istrativo (NAAd); a Coordena&ccedil;&atilde;o de Apoio aos Conselhos Tutelares (COORACT), que &eacute; respons&aacute;vel pelo acompanhamento das demandas de todos de todos os conselhos, sejam elas istrativas, de log&iacute;stica ou gest&atilde;o; e a Coordena&ccedil;&atilde;o do Sistema de Den&uacute;ncias de Viola&ccedil;&atilde;o do Direito da Crian&ccedil;a e do Adolescente (CISDECA), respons&aacute;vel pelo registro das den&uacute;ncias.<br /></p> <p class="texto">O ECA &eacute; o principal instrumento normativo que especifica a lei de prote&ccedil;&atilde;o a crian&ccedil;as e adolescentes &mdash; Lei n&deg; 8.069, sancionada em 1990, para concretizar o artigo 227 da Constitui&ccedil;&atilde;o Federal. Tendo como base as exig&ecirc;ncias legais, o Conselho aplica medidas de prote&ccedil;&atilde;o e aciona os poderes necess&aacute;rios e tamb&eacute;m as fam&iacute;lias e a sociedade, para que essas medidas sejam devidamente executadas.<br /></p> <p class="texto">Algumas das atribui&ccedil;&otilde;es do Conselho Tutelar, de acordo com o artigo 101 do estatuto, s&atilde;o: orienta&ccedil;&atilde;o, apoio e acompanhamento tempor&aacute;rios &agrave;s crian&ccedil;as e adolescentes; garantia da matr&iacute;cula e frequ&ecirc;ncia obrigat&oacute;rias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; requisi&ccedil;&atilde;o de tratamento m&eacute;dico, psicol&oacute;gico ou psiqui&aacute;trico, em regime hospitalar ou ambulatorial para os menores; advertir os respons&aacute;veis em casos de neglig&ecirc;ncia.<br /></p> <h3>Participa&ccedil;&atilde;o da Comunidade<br /></h3> <p class="texto">De acordo com a Sejus-DF, a participa&ccedil;&atilde;o da comunidade na escolha dos conselheiros tutelares &eacute; muito importante&nbsp;para o incremento de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas&nbsp;voltadas ao cuidado da inf&acirc;ncia e da juventude. A Sejus-DF alerta para a import&acirc;ncia no processo de escolha dos conselheiros tutelares. O cidad&atilde;o deve ficar atento aos candidatos capacitados e comprometidos com a prote&ccedil;&atilde;o integral dos direitos das crian&ccedil;as e dos adolescentes, atuando sempre de acordo com as legisla&ccedil;&otilde;es vigentes.<br /></p> <h3>Associa&ccedil;&atilde;o dos Conselheiros Tutelares do DF (ACT/DF)<br /></h3> <p class="texto">Camargos refor&ccedil;a o papel da associa&ccedil;&atilde;o dos conselheiros na luta pelo direito das crian&ccedil;as. A associa&ccedil;&atilde;o representa os conselheiros, ex-conselheiros e suplentes do DF junto ao poder p&uacute;blico e tem, ainda, o papel de fazer indica&ccedil;&otilde;es para cargos que afetam diretamente a atua&ccedil;&atilde;o do Conselho. Ela possui 3 cadeiras junto ao F&oacute;rum Colegiado Nacional de Conselheiros Tutelares (FCNCT) e, sendo o DF o centro do poder p&uacute;blico, faz articula&ccedil;&otilde;es para ajudar associa&ccedil;&otilde;es de outros estados e, consequentemente, crian&ccedil;as de todo o Brasil.<br /></p> <h2>Para denunciar viola&ccedil;&otilde;es aos direitos das crian&ccedil;as e adolescentes no DF, disque 100 ou 125.</h2> <p class="texto"><strong>*Estagi&aacute;ria sob a supervis&atilde;o de J&aacute;der Rezende</strong></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/12/01/750x500/1_whatsapp_image_2022_12_01_at_18_03_26-26966667.jpeg?20221201194229?20221201194229", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Katherine Assis*" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } g6w19

Eu, Estudante 48p1u

CONSELHO TUTELAR

Registros de denúncias em conselhos tutelares cresceram 70% em um ano 6u2i4m

Violência física e abuso sexual lideram o ranking de barbaridades cometidas contra crianças e adolescentes. Na maioria dos casos, a própria mãe é a responsável pelas agressões 6l6366

O registro de denúncias de abusos contra crianças e adolescentes nos conselhos tutelares de Brasília registrou aumento de 70% em apenas um ano, de acordo com levantamento da Secretaria de Justiça do DF (Sejus). Agressão física e abuso sexual lideram a lista de ocorrências. A falta de unidades de atendimento e de conselheiros atuando em regiões carentes e  distantes sobrecarrega, a cada ano, o atendimento no Plano Piloto.  

Para a especialista em prevenção de violência às crianças e adolescentes, Maria de Lourdes Magalhães, a ampliação do o à informação e os investimentos realizados nos conselhos do Distrito Federal nos últimos governos incentivaram as denúncias.

“Nos últimos anos, os conselhos tutelares têm sido melhor instrumentalizados para a realização de notificações e registros de agressão", afirma ela, observando que o incremento de registro de denúncias pode não significar apenas um aumento da violação dos direitos das crianças, mas um indicativo de um avanço na istração das instituições, com dados mais solidificados.

O o à informação e uma sociedade mais engajada também pode ser, segundo ela, um dos motivos do aumento das denúncias. “Hoje temos uma sociedade mais empoderada e com maior conhecimento, o que é primordial em seu engajamento na pauta das violências. Antigamente, por exemplo, as pessoas denunciavam menos os castigos corporais por pensarem que os pais tinham direito total sobre os corpos das crianças", avalia a especialista.

Violações e denúncias y6f2s

A violência física foi a maior causa de violações de direitos registrada pelos conselhos tutelares do DF em 2022, totalizando 955 registros entre 1º de janeiro e 13 de dezembro. Na sequência, vieram os casos de negligência contra crianças e adolescentes, com 716 registros no mesmo período.

As regiões com maior número de denúncias foram Ceilândia (377), Samambaia (242) e Planaltina (201). No total, foram registradas 2511 ocorrências. De acordo com a Sejus DF, em cada uma delas pode haver mais de um caso de violação de direito, ou seja, uma denúncia pode conter negligência e maus tratos ao mesmo tempo.

O abuso sexual ocupa o quinto lugar dos casos mais registrados, com 8,02% das violações. De acordo com dados coletados, há, ainda, um vínculo estreito de parentesco com as vítimas. Na maioria dos casos, a própria mãe foi apontada como violadora de direitos (291 casos registrados), seguido por pai e mãe, (138) e apenas pelo pai (71). Agressões por parte de madrastas e padastros ocupam o 9º e o 6º lugar na lista, respectivamente, com 18 casos registrados.

O conselheiro Manoel Pereira Neto, atuante em Ceilândia no quarto mandato, diz que na região os casos mais atendidos são abuso sexual, abandono de incapaz e agressão física. Segundo ele, os casos que mais chamaram a atenção envolviam duas adolescentes. Uma delas era abusada sexualmente pelo padrasto, com conivência de sua genitora, e a outra, com transtorno mental, se automutilava, dizia ouvir vozes que a mandam cortar o rosto e outras barbaridades, sem que tivesse recebido qualquer auxílio dos parentes.

Novos Conselhos 6z6eo

Em 2023 o Conselho Tutelar do DF ganhará dois novos colegiados, totalizando 44 unidades. A Câmara Legislativa  do DF aprovou, em 7 de dezembro deste ano, a criação das novas regiões istrativas: Água Quente, no Recanto das Emas, e Arapoanga, que será desmembrada de Planaltina. A Lei 5.294/2014, que regulamenta a atividade do Conselho Tutelar no DF, dispõe em seu artigo 6º que devem ser criados novos conselhos tutelares em caso de criação de novas regiões istrativas.

A Sejus informou que está em busca de imóveis com localização estratégica para abrigar os novos conselhos. Eles serão alugados até a construção e entrega das sedes definitivas. “A pasta já conta com equipamentos tecnológicos, computadores e veículos para serem utilizados pelos novos conselhos tutelares, mas ainda não há prazo formalizado para as respectivas inaugurações”, informou a Sejus, por meio de nota.

O novo presidente da Associação dos Conselheiros Tutelares do DF (ACT/DF), Gustavo Camargos, acredita que a implementação dos dois novos conselhos culminará em um melhor atendimento a população. "As regiões do Recanto das Emas e de Planaltina sofrem com excesso de demanda", diz, adiantando que pretende em seu mandato coordenar a implementação de novos conselhos tutelares nas regiões do Paranoá/Itapoã e em outras localidades que atendam as demandas de Samambaia, São Sebastião, Brazlândia, Taguatinga e Riacho Fundo. Ele afirma que os avanços dos conselhos tutelares são uma constante e que a ordem é incrementar ainda mais essa ação, que faz parte da pauta da associação.

Dificuldades 1523r

Camargos terá quatro anos para colocar em prática o plano físico e também o operacional. O grande gargalo, aponta, é a sobrecarga de demandas em colegiados já existentes, que acarreta sobrecarga ainda maior no Plano Piloto. "A abertura de pelo menos seis novos colegiados melhoraria muito o atendimento e  da população, principalmente do entorno, onde imperam as dificuldades”, diz.

Camargos atua em Planaltina desde 2016. Desde então, afirma, os atendimentos na região cobrem boa parte da área de atuação no DF. "Somente para Planaltina são encaminhadas demandas de 67 escolas públicas que lidam com evasão escolar, faltas injustificadas, e outros problemas que necessitam de encaminhamento e sobrecarregam o órgão público, diz. "Assim como outras regiões, é um lugar muito distante do plano piloto. Se alguém precisar de atendimento para uma criança junto ao Centro de Orientação Médico Psicopedagógica, por exemplo, terá que se deslocar 50 quilômetros até o centro de Brasília”, afirma.

 

Arquivo pessoal - Conselheiro tutelar Gustavo Camargos

A conselheira tutelar Zeila Assis, que atua desde 2013 na região istrativa do Cruzeiro, conta que uma das maiores dificuldades enfrentadas pela unidade é a demora nas respostas aos encaminhamentos, o que impede uma resolução mais rápida dos casos. Outro desafio, segundo ela, é a falta de interação com a rede com as quais eles atuam e da comunidade sobre o entendimento das atribuições do conselho tutelar. “Muitas vezes as escolas, por exemplo, encaminham casos que deveriam ser resolvidos por uma equipe de pedagogos da própria escola”, exemplifica.

O conselheiro Manoel Pereira Neto, atuante em Ceilândia, também reforça a dificuldade dos conselheiros em relação às redes. “ A nossa rotina é bem complicada, pois dependemos dos outros órgãos e de toda rede para que trabalham direta ou indiretamente com proteção à criança e ao adolescente, como a promotoria da Vara da Infância e da Juventude, delegacias, escolas e a própria comunidade, que nos leva denúncias ou demanda de cada dia como. Não obstante, é preciso ampliar o número de vagas em creche, escolas, assim como ampliar a oferta de estágio”, pontua.

Mãe de uma menina de 6 anos, a dona de casa Tayna Santos, moradora do Cruzeiro Velho, conta que demorou quatro meses para conseguir matricular a filha na creche. “Essa demora me prejudicou muito, porque, para trabalhar, tinha que deixar minha filha na creche e, para isso, teria que comprovar uma renda, mas não seria possível eu trabalhar enquanto não tivesse com quem deixar a menina.”

Prevenção dos Abusos 6u6t2r

Conselheira tutelar mais votada no Cruzeiro e em seu primeiro mandato, Viviane Dourado revela que um dos motivos que a levou a se interessar em fazer parte da ACT foi a possibilidade propor ações educativas. “É importante a informação, a prevenção e a profilaxia, por meio do diálogo. A verdade sempre nos motiva a buscar resultados positivos”, afirma.

 

Arquivo pessoal - Conselheiras Viviane Dourado e Zeila Assis no conselho do Cruzeiro

O Conselho Tutelar 5f5v2j

Com atuação ativa no contexto social do DF e também do país, o Conselho Tutelar é um órgão público autônomo e tem por objetivo garantir o cumprimento do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). O órgão é istrativamente vinculado ao poder executivo municipal, apesar de não ser subordinado a ele. No caso do Distrito Federal, esse vínculo se dá com a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF).

No DF existem 42 conselhos tutelares. Cada um deles possui 5 conselheiros concursados e escolhidos por eleições diretas, que ocorrem de quatro em quatro anos, e uma equipe istrativa para auxiliá-los nos atendimentos e trâmites com a Justiça.

A Sejus-DF é responsável pela estruturação dos conselhos. Para atender às necessidades do órgão, foi criado o Núcleo de Apoio Técnico e istrativo (NAAd); a Coordenação de Apoio aos Conselhos Tutelares (COORACT), que é responsável pelo acompanhamento das demandas de todos de todos os conselhos, sejam elas istrativas, de logística ou gestão; e a Coordenação do Sistema de Denúncias de Violação do Direito da Criança e do Adolescente (CISDECA), responsável pelo registro das denúncias.

O ECA é o principal instrumento normativo que especifica a lei de proteção a crianças e adolescentes — Lei n° 8.069, sancionada em 1990, para concretizar o artigo 227 da Constituição Federal. Tendo como base as exigências legais, o Conselho aplica medidas de proteção e aciona os poderes necessários e também as famílias e a sociedade, para que essas medidas sejam devidamente executadas.

Algumas das atribuições do Conselho Tutelar, de acordo com o artigo 101 do estatuto, são: orientação, apoio e acompanhamento temporários às crianças e adolescentes; garantia da matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial para os menores; advertir os responsáveis em casos de negligência.

Participação da Comunidade 504y35

De acordo com a Sejus-DF, a participação da comunidade na escolha dos conselheiros tutelares é muito importante para o incremento de políticas públicas voltadas ao cuidado da infância e da juventude. A Sejus-DF alerta para a importância no processo de escolha dos conselheiros tutelares. O cidadão deve ficar atento aos candidatos capacitados e comprometidos com a proteção integral dos direitos das crianças e dos adolescentes, atuando sempre de acordo com as legislações vigentes.

Associação dos Conselheiros Tutelares do DF (ACT/DF) 196k6

Camargos reforça o papel da associação dos conselheiros na luta pelo direito das crianças. A associação representa os conselheiros, ex-conselheiros e suplentes do DF junto ao poder público e tem, ainda, o papel de fazer indicações para cargos que afetam diretamente a atuação do Conselho. Ela possui 3 cadeiras junto ao Fórum Colegiado Nacional de Conselheiros Tutelares (FCNCT) e, sendo o DF o centro do poder público, faz articulações para ajudar associações de outros estados e, consequentemente, crianças de todo o Brasil.

Para denunciar violações aos direitos das crianças e adolescentes no DF, disque 100 ou 125. 1u24m

*Estagiária sob a supervisão de Jáder Rezende