Para levar capacitação, propósito e perspectiva de vida a adolescentes em vulnerabilidade social, um grupo de nove alunos do programa LifeShapers Brasil, curso de liderança do Distrito Federal, criou o Projeto Ruah. De forma itinerante, o programa visa atuar, por cinco meses, em conjunto com instituições parceiras que atendem adolescentes socialmente vulneráveis. Atualmente, o grupo atua no Instituto Viver DF, na Ceilândia.
Criado em novembro de 2022, o projeto conta, hoje, com mais de 20 voluntários que já agregaram valor na vida de 35 adolescentes, mas planeja alcançar muito mais. De acordo com seus idealizadores, o Ruah atua em seis eixos principais: "cidadania, moradia, saúde, educação, trabalho e dinheiro". Entre as ações, os voluntários e palestrantes levam conhecimento dinâmico sobre programas assistenciais do governo, finanças, questões sobre saúde como gravides na adolescência, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e saúde mental.
Construções de maquetes e plantas que visam incentivar os jovens a sonhar com o futuro da casa própria, além de palestras sobre moradia, também integram as ações do grupo.
O Projeto Ruah é possui diversos projetos, como o Fala Comigo, momento em que os adolescentes têm liberdade de tirar dúvidas sobre os assuntos tratados nas palestras. “Cada vez que visitamos alguma instituição tratamos de um dos nossos eixos com os jovens e eles sempre têm muitas dúvidas”, afirma Mikaella Tardelli, líder de projetos e pessoas do grupo.
Outro recorte é a Rota das Carreiras, momento em que os adolescentes são orientados sobre diversas profissões, em estandes montados no local onde é realizado, e também por meio de palestras sobre como elaborar corretamente um currículo, como se tornar um menor aprendiz, e formas de se adequarem ao mercado.
Segundo Mikaella Tardelli, o objetivo principal, a longo prazo, é que o projeto se estabeleça e que faça a diferença na vida dos adolescentes alcançados. “Atuamos em parceria com instituições de apoio por cinco meses, dois com preparação, e três levando projetos, dinâmicas e palestras para os adolescentes. Nosso objetivo é fazer com que em cada instituição que a gente e deixemos nossa marca para que elas prossigam com a educação dos jovens mesmo sem a nossa presença”, afirma ela.
Ainda segundo ela, com o pouco tempo das atividades do grupo, o retorno por parte dos adolescentes vem sendo cada vez mais positivos. “Percebemos que a maioria desses jovens não consegue se enxergar em um ambiente diferente do qual vieram. Muitos, por exemplo, enxergam as drogas como um refúgio. Por isso, buscamos levar esperança para eles e mostrar que, com muita luta, assim como alguns de nós, eles também podem sair dessa situação”, revela.
Após o período de trabalhos com o Instituto Viver DF, o grupo atuará em outras instituições que trabalham com adolescentes na faixa etária de 13 a 18 anos. Para candidatar a parcerias ou se tornar voluntário do Ruah basta ar o instagram do grupo e preencher os formulários de inscrição.
O Projeto Ruah também aceita doação de alimentos e itens para as ações realizadas, como materiais de papelaria, ou dinheiro. Mais informações pela rede social.