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Durante o ensino m&eacute;dio, os alunos tamb&eacute;m contam com o apoio da orienta&ccedil;&atilde;o pedag&oacute;gica, que atua, principalmente, para evitar a evas&atilde;o escolar por gravidez ou pelo ingresso no mundo do trabalho, dois principais desafios que afastam os adolescentes dos estudos, segundo a dire&ccedil;&atilde;o.</p> <p class="texto">&ldquo;N&oacute;s temos tamb&eacute;m um grupo de RPG para os alunos do terceiro ano, que ajuda na prepara&ccedil;&atilde;o para o vestibular. Toda quarta-feira os alunos se re&uacute;nem com os professores de hist&oacute;ria, portugu&ecirc;s e matem&aacute;tica para criarem as hist&oacute;rias, e os professores v&atilde;o trazendo as informa&ccedil;&otilde;es que est&atilde;o ligadas ao jogo&rdquo;, conta Gilberto.</p> <p class="texto">O professor Felipe ressalta que a infraestrutura da escola tamb&eacute;m colabora para o ensino de exatas e biol&oacute;gicas. &ldquo;Felizmente, n&oacute;s temos um laborat&oacute;rio de ci&ecirc;ncias biol&oacute;gicas que acaba sendo uma sala de aula tem&aacute;tica e isso faz total diferen&ccedil;a.&rdquo;</p> <p class="texto">Geraldo Ramiere, professor de hist&oacute;ria, completa: &ldquo;H&aacute; um planejamento que a escola nos pede, para al&eacute;m do conte&uacute;do humanizado que faz parte do curr&iacute;culo, que &eacute; de um conte&uacute;do direcionado ao vestibular. 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Enfrentar o machismo em um campo predominantemente masculino n&atilde;o assusta a menina, afinal, para chegar at&eacute; a t&atilde;o sonhada vaga em uma universidade p&uacute;blica, teve que superar muitos desafios. O pai, que j&aacute; faleceu, era carroceiro, e a m&atilde;e, diarista. &ldquo;Desde pequenas, eles falavam para gente estudar, que era isso que ia nos dar um futuro melhor. Eu vou ser a primeira da fam&iacute;lia a fazer uma federal, minha irm&atilde; mais velha foi a primeira a fazer faculdade da fam&iacute;lia inteira&rdquo;, lembra.</p> <p class="texto">A garota diz que foi preciso muito investimento para alcan&ccedil;ar a aprova&ccedil;&atilde;o. Com um grupo de colegas, vez ou outra, matava aula &mdash; mas para estudar. &Agrave;s v&eacute;speras das provas, sentia que precisava refor&ccedil;ar a revis&atilde;o, ent&atilde;o, com o apoio da dire&ccedil;&atilde;o, faltava o turno complementar do ensino t&eacute;cnico. 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Mas, em segundo, um efeito coletivo, que &eacute; o exemplo que eles deixam de que &eacute; poss&iacute;vel que um estudante de escola p&uacute;blica, vindo das mais diversas realidades, meninos, meninas, de v&aacute;rias etnias, pode chegar l&aacute;. Esse &eacute; um impacto muito simb&oacute;lico muito forte&rdquo;, celebra o educador.</p> <h3>Ensino integral<br /></h3> <p class="texto">O CED Stella tem 1.360 alunos em turmas que v&atilde;o do ensino fundamental, anos finais, ao ensino m&eacute;dio. Dentre esses, em torno de 260 estudam em regime integral no curso t&eacute;cnico de inform&aacute;tica integrado ao ensino m&eacute;dio. Os alunos am o dia todo na escola durante tr&ecirc;s dias da semana e, nos outros dias, t&ecirc;m aulas apenas em um turno.</p> <p class="texto">A vice-diretora Vanessa Ferreira de Lima fala que o &iacute;ndice de reprova&ccedil;&atilde;o entre esses alunos &eacute; praticamente zero, enquanto o &iacute;ndice de aprova&ccedil;&atilde;o em vestibulares &eacute; o maior da escola. Ao contr&aacute;rio de desestimular o o ao ensino superior, o col&eacute;gio tem observado que o curso profissionalizante &eacute; um est&iacute;mulo para que os adolescentes continuem os estudos.</p> <p class="texto">&ldquo;Acredito que, por estarem acostumados a estudar o dia todo, os alunos do ensino integral acabam tendo um melhor desempenho na prepara&ccedil;&atilde;o para o vestibular. O curso tamb&eacute;m tem algumas disciplinas sobre o mundo do trabalho e empreendedorismo, o que faz com que eles tenham essa vis&atilde;o mais aberta sobre as possibilidades de futuro do que os meninos do ensino m&eacute;dio regular&rdquo;, explica.</p> <p class="texto">Cau&atilde; Siqueira, 18 anos, concorda: &ldquo;como eu tinha mais tempo investido na escola, eu me acostumei, me habituei, a ficar mais tempo estudando, em geral.&rdquo; Calouro de matem&aacute;tica da UnB, o adolescente diz que quer voltar ao CED para ajudar os colegas com a disciplina. &ldquo;O que eu puder fazer por essa escola, eu fa&ccedil;o, no que puder ajudar as pessoas com conte&uacute;do e tal, eu sempre vou estar dispon&iacute;vel&rdquo;, se compromete.</p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/euestudante/educacao-basica/2024/02/6804354-cil-abre-inscricoes-para-comunidade-para-cursos-de-lingua-estrangeira.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/02/17/complexo_sao_sebastiao_foto_andre_amendoeira_768x432-35074459.jpg?20240217140857" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Educação básica</strong> <span>Cil abre inscrições para comunidade para cursos de língua estrangeira </span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/educacao-basica/2024/02/6802396-dengue-preocupa-na-volta-as-aulas-de-472-mil-alunos-da-rede-publica-do-df.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/01/24/ced_11_de_ceilandia_com_cadeiras_e_moveis_amontoados_1-34544452.jpg?20240201034442" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Educação básica</strong> <span>Dengue preocupa na volta às aulas de 472 mil alunos da rede pública do DF</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/educacao-basica/2024/02/6800101-referencia-em-educacao-escola-publica-da-ceilandia-aprova-70-alunos-na-unb.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/02/09/1707421110630-34966196.jpg?20240209184859" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Educação básica</strong> <span>Referência em educação, escola pública de Ceilândia aprova 70 alunos na UnB</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/educacao-basica/2024/02/6799888-bh-aluno-de-11-anos-conquista-primeiro-lugar-em-competicao-da-nasa.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/02/08/1_aluno_de_bh_premiado_pela_nasa_34938550-34949528.jpeg?20240208123745" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Educação básica</strong> <span>BH: aluno de 11 anos conquista primeiro lugar em competição da Nasa</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/educacao-basica/2024/02/6799732-pe-de-meia-mec-publica-regras-e-calendario-do-auxilio-de-ate-rs-92-mil.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/10/25/1_31072023ea_02_28715333-30429861.jpg?20240208093700" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Educação básica</strong> <span>Pé-de-meia: MEC publica regras e calendário do auxílio de até R$ 9,2 mil</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/educacao-basica/2024/02/6799499-professores-do-df-fazem-protesto-por-descumprimento-de-acordo-de-greve.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/02/07/_cb14635-34937867.jpg?20240207183127" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Educação básica</strong> <span>Professores do DF fazem protesto por descumprimento de acordo de greve</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/02/17/675x450/1_whatsapp_image_2024_02_16_at_19_13_04_35070353-35078358.jpeg?20240217191208?20240217191208", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Priscila Crispi" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 2k5n3a

Eu, Estudante 48p1u

Exemplo

Time dos sonhos: escola pública de Planaltina aprova 32 alunos em vestibulares 6194c

Estudantes de curso técnico integrado ao ensino médio do CED Stella dos Cherubins se destacam nas seleções da Universidade de Brasília e Estadual de Goiás 613r18

Faz duas semanas que o resultado do vestibular da Universidade de Brasília (UnB) foi divulgado, mas Kethellen Luanda Pena, 18 anos, ainda se emociona ao falar sobre o que sua aprovação no curso de direito significa para ela e para os seus pais. “A gente está chorando até hoje. Minha mãe é cobradora de ônibus e meu pai é açougueiro. Fazer graduação é algo diferente, a gente sempre teve uma renda baixa, é uma família humilde, então vai mudar nossa vida, é uma realidade que a gente nunca imaginou”, conta.

A menina é aluna do Centro Educacional Stella dos Cherubins Guimarães Trois, o CED Stella, em Planaltina. A escola aprovou 32 alunos em universidades públicas ou com bolsas integrais em particulares, ofertadas pelo Programa Universidade para Todos (Prouni). Muitos deles aram em mais de uma seleção e serão os primeiros a cursarem o ensino superior na família, como Kethellen.

Ela diz que no percurso da aprovação pensou, por várias vezes, que não era capaz: “Quando a gente olha a diferença entre uma escola pública e uma particular, você vê que é uma preparação totalmente diferente. Então, eu pensava que não ia conseguir, por mais que me esforçasse.” Porém, as atividades extras voltadas à preparação para os vestibulares e, principalmente, o ensino integral ofertado pela escola fizeram a diferença e Kethellen, agora, a a se ocupar com o novo mundo que vai encontrar no campus Darcy Ribeiro e o futuro, como advogada.

Priscila Crispi/CB - Da esquerda para a direita: Cauã, Letícia, Bárbara, Kethellen e Arthur. Todos foram aprovados na UnB

O motivo do sucesso do CED Stella, na opinião do diretor Gilberto de Oliveira, é o sentimento de pertencimento nutrido por toda comunidade escolar. Muitos professores que, hoje, lecionam no centro de ensino aram pelas carteiras da escola, como alunos, e se sentem comprometidos a devolver todo investimento que receberam. A presença dos pais no colégio é constante e o comprometimento dos vizinhos ajudou, até mesmo, a diminuir os índices de criminalidade nas redondezas do prédio.

“Nosso aluno, muitas vezes, é o filho de um amigo, é alguém da nossa rua. Planaltina, por mais que seja uma cidade relativamente grande, é pequena em relação ao resto do DF. Então, a gente tem sempre uma ligação com o outro, e isso faz diferença”, diz Gilberto. “Os professores sentem que a realidade do aluno é a realidade deles e que nós somos capazes de mudar essa realidade com a educação.”

O professor de biologia Felipe Cardia confirma a tese: aluno do CED Stella durante o ensino médio, foi aprovado na UnB e, anos depois, voltou para ao centro de ensino como professor. “A gente fala bastante na universidade pública que a gente tem o dever de dar um retorno à sociedade. Eu fui feliz aqui durante bons anos e eu tenho um sentimento de querer dar o melhor sempre para essa escola”, afirma.

Preparação 2614h

Além da grade regular de disciplinas, a escola oferece nos itinerários formativos do novo ensino médio aulas de educação financeira e escrita criativa. Além de ajudar na redação, as oficinas de escrita resultam na produção de um livro, com uma coletânea de textos produzidos pelos alunos, que é publicado ao final de cada ano. Os sábados letivos são destinados à revisões e os professores ficam disponíveis para tirar dúvidas.

Priscila Crispi/CB - Turma de educação integral é a que mais aprova entre os alunos do CED Stella — ensino técnico estimula estudo autônomo

O colégio também designa um profissional da equipe pedagógica para auxiliar os estudantes na inscrição nos vestibulares e no processo de pedidos de isenção ou concorrência por cotas. Durante o ensino médio, os alunos também contam com o apoio da orientação pedagógica, que atua, principalmente, para evitar a evasão escolar por gravidez ou pelo ingresso no mundo do trabalho, dois principais desafios que afastam os adolescentes dos estudos, segundo a direção.

“Nós temos também um grupo de RPG para os alunos do terceiro ano, que ajuda na preparação para o vestibular. Toda quarta-feira os alunos se reúnem com os professores de história, português e matemática para criarem as histórias, e os professores vão trazendo as informações que estão ligadas ao jogo”, conta Gilberto.

O professor Felipe ressalta que a infraestrutura da escola também colabora para o ensino de exatas e biológicas. “Felizmente, nós temos um laboratório de ciências biológicas que acaba sendo uma sala de aula temática e isso faz total diferença.”

Geraldo Ramiere, professor de história, completa: “Há um planejamento que a escola nos pede, para além do conteúdo humanizado que faz parte do currículo, que é de um conteúdo direcionado ao vestibular. Em todas as minhas aulas, por exemplo, eu tinha uma revisão de questões de vestibular, do Enem e do PAS.”

Priscila Crispi/CB - Aprovados na UnB posam com equipe da escola: envolvimento de todos é o segredo do sucesso

Esforço e sacrifícios 145o2u

Letícia Ingrid da Silva, 18 anos, foi aprovada no curso de matemática tanto na UnB como na Universidade Estadual de Goiás (UEG). Enfrentar o machismo em um campo predominantemente masculino não assusta a menina, afinal, para chegar até a tão sonhada vaga em uma universidade pública, teve que superar muitos desafios. O pai, que já faleceu, era carroceiro, e a mãe, diarista. “Desde pequenas, eles falavam para gente estudar, que era isso que ia nos dar um futuro melhor. Eu vou ser a primeira da família a fazer uma federal, minha irmã mais velha foi a primeira a fazer faculdade da família inteira”, lembra.

A garota diz que foi preciso muito investimento para alcançar a aprovação. Com um grupo de colegas, vez ou outra, matava aula — mas para estudar. Às vésperas das provas, sentia que precisava reforçar a revisão, então, com o apoio da direção, faltava o turno complementar do ensino técnico. O sacrifício valeu a pena, Letícia e os amigos foram todos aprovados em universidades públicas.

O colega Arthur Guilherme dos Santos, 18 anos, estende a vitória à família, que foi uma rede de apoio importante durante a jornada de preparação. “Falei para os meus pais, minha avós, minhas tias, que foi uma conquista de todos nós, não só minha. Se perguntar para mim o que aconteceu entre o meio do ano ado até dezembro, eu não lembro de nada. Eu estava enfurnado estudando, abdiquei de muita coisa, se não fosse o apoio deles, não tinha conseguido”, conta o menino, que foi aprovado no curso de istração, na UnB. Fluente em inglês, espanhol e, agora, iniciando o francês no Centro Interescolar de Línguas, Arthur pretende seguir carreira em comércio exterior ou na diplomacia e ultraar novas fronteiras.

Priscila Crispi/CB - Junto com professores, estudantes do CED Stella comemoram a aprovação em diferentes federais

Ramiere acredita que, após todo esforço também da equipe pedagógica, a aprovação dos alunos vem para coroar as revoluções que a educação pode promover. “Entrar em uma universidade pública, para esses meninos, vai gerar dois efeitos: primeiro, para eles, possibilitando uma prosperidade financeira. Mas, em segundo, um efeito coletivo, que é o exemplo que eles deixam de que é possível que um estudante de escola pública, vindo das mais diversas realidades, meninos, meninas, de várias etnias, pode chegar lá. Esse é um impacto muito simbólico muito forte”, celebra o educador.

Ensino integral 103738

O CED Stella tem 1.360 alunos em turmas que vão do ensino fundamental, anos finais, ao ensino médio. Dentre esses, em torno de 260 estudam em regime integral no curso técnico de informática integrado ao ensino médio. Os alunos am o dia todo na escola durante três dias da semana e, nos outros dias, têm aulas apenas em um turno.

A vice-diretora Vanessa Ferreira de Lima fala que o índice de reprovação entre esses alunos é praticamente zero, enquanto o índice de aprovação em vestibulares é o maior da escola. Ao contrário de desestimular o o ao ensino superior, o colégio tem observado que o curso profissionalizante é um estímulo para que os adolescentes continuem os estudos.

“Acredito que, por estarem acostumados a estudar o dia todo, os alunos do ensino integral acabam tendo um melhor desempenho na preparação para o vestibular. O curso também tem algumas disciplinas sobre o mundo do trabalho e empreendedorismo, o que faz com que eles tenham essa visão mais aberta sobre as possibilidades de futuro do que os meninos do ensino médio regular”, explica.

Cauã Siqueira, 18 anos, concorda: “como eu tinha mais tempo investido na escola, eu me acostumei, me habituei, a ficar mais tempo estudando, em geral.” Calouro de matemática da UnB, o adolescente diz que quer voltar ao CED para ajudar os colegas com a disciplina. “O que eu puder fazer por essa escola, eu faço, no que puder ajudar as pessoas com conteúdo e tal, eu sempre vou estar disponível”, se compromete.