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Edilene j&aacute; sentiu isso na pele.</p> <p class="texto">&ldquo;Certa vez, fui convidada para palestrar em uma institui&ccedil;&atilde;o. Eram dois dias de evento. No primeiro, a diretora n&atilde;o estava presente. Dei a palestra e todos amaram&rdquo;, lembra. &ldquo;No outro dia, a diretora, que n&atilde;o me conhecia, se reportou a mim achando que eu era a mo&ccedil;a que servia caf&eacute;&rdquo;, diz. &ldquo;Eu sou p&oacute;s-doutora, mas isso n&atilde;o muda o fator racial que me enquadra como uma pessoa que s&oacute; &eacute; vista como algu&eacute;m que ocupa cargos de serventia&rdquo;, pontua.</p> <h3>Exclus&atilde;o feminina</h3> <p class="texto">De acordo com a Pnad, mulheres s&atilde;o maioria entre os desocupados (52,9%), reflexo de o n&uacute;mero de pessoas do sexo feminino em idade para trabalho (53,2%) ser maior do que o de homens (46,8%). A pesquisa n&atilde;o apresenta cruzamento entre g&ecirc;nero e ra&ccedil;a, mas Edilene afirma que a maioria das mulheres devem ser negras.</p> <p class="texto">&ldquo;Na minha pesquisa de doutorado, na qual entrevistei 150 mulheres de v&aacute;rios estados, brancas, pardas e pretas, em geral o perfil da maioria que n&atilde;o consegue em prego &eacute; de mulher preta&rdquo;, declara. &ldquo;Ela est&aacute; na base, sustenta sua fam&iacute;lia e tem trabalho precarizado, al&eacute;m de ser invisibilizada&rdquo;, lamenta.</p> <p class="texto">&ldquo;Entre as mulheres escolarizadas, a negra tamb&eacute;m &eacute; a que fica para tr&aacute;s, porque temos um grande grau de exclus&atilde;o. 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Depois de receber 25 mil inscri&ccedil;&otilde;es, o programa de trainee Lideran&ccedil;a Negra Bayer, exclusivo para pretos e pardos, efetivou os 19 selecionados no &uacute;ltimo m&ecirc;s. Dos escolhidos, 16 s&atilde;o mulheres. Os contratados t&ecirc;m de 22 a 30 anos. A empresa tamb&eacute;m lan&ccedil;ou, no &uacute;ltimo trimestre do ano ado, um programa de mentoria para negros, idealizado pelo BayAfro, grupo de diversidade &eacute;tnico-racial da companhia. Conhe&ccedil;a alguns dos selecionados pelo programa de trainee:</div> <div><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2021/03/21/675x450/1_3-6576795.jpg" width="675" height="449" layout="responsive" alt="."></amp-img> <figcaption> Arquivo Pessoal - <b>.</b></figcaption> </div></div> <div> <div>&ldquo;Apesar de n&atilde;o ter uma carreira muito tradicional, aprendi que a dire&ccedil;&atilde;o &eacute; mais importante que a velocidade e que a&nbsp;melhor forma de impulsionar transforma&ccedil;&otilde;es relevantes &eacute; acreditar em seu potencial e inspirar outras pessoas a&nbsp;entrarem por portas que nunca imaginaram&rdquo;</div> <div><br /></div> <strong>Juliana Gomes, &eacute;</strong>&nbsp;trainee na sede da empresa em S&atilde;o Paulo <div>&nbsp;<br /></div> <div> <div>&ldquo;Com este programa, a Bayer sinalizou que ser&atilde;o dadas ferramentas e oportunidades necess&aacute;rias a jovens profissionais negros e pardos, permitindo sua potencializa&ccedil;&atilde;o e desenvolvimento. 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Percebi que na universidade havia pouca representa&ccedil;&atilde;o preta e vi a necessidade de termos e sermos refer&ecirc;ncia para outras pessoas que buscam entrar numa universidade, num emprego ou fazer qualquer outra coisa. E eu quero ser refer&ecirc;ncia e inspira&ccedil;&atilde;o. Busquei na Bayer uma empresa que vai &agrave; luta junto comigo.&rdquo;</div> <div><br /></div> <div><strong>Renata Cruz,&nbsp;</strong>fez engenharia el&eacute;trica e &eacute; trainee do Parque Industrial de Belford Roxo (RJ)</div> <div>&nbsp;</div> <h3><strong>Inspire-se!</strong></h3> <div>&nbsp;<br /></div> <div> <div><strong>Representatividade&nbsp;</strong><strong>na inspira&ccedil;&atilde;o</strong></div> <div><strong><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2021/03/21/675x450/1_6-6576828.jpg" width="675" height="449" layout="responsive" alt="."></amp-img> <figcaption>Pinterest/Divulga&ccedil;&atilde;o - <b>.</b></figcaption> </div></strong></div> <div><br /></div> <div>Quem utiliza a rede social de compartilhamento de fotos e refer&ecirc;ncias visuais Pinterest ter&aacute; mais uma ferramenta para facilitar na busca de inspira&ccedil;&otilde;es. A plataforma anunciou o recurso &ldquo;gama de tons de pele&rdquo;, esp&eacute;cie de filtro pelo qual o usu&aacute;rio poder&aacute; escolher os tons de pele que quer ver nos resultados.<br /><br /></div> <div>Al&eacute;m disso, o recurso tamb&eacute;m filtra fotos que estejam relacionadas ao tom escolhido. De acordo com a empresa, &ldquo;&eacute; dif&iacute;cil conseguir inspira&ccedil;&atilde;o quando voc&ecirc; n&atilde;o se v&ecirc; nos resultados das pesquisas&rdquo; e por isso foi criada a funcionalidade. A novidade j&aacute; era presente nos Estados Unidos e foi ampliada para 12 pa&iacute;ses, al&eacute;m do Brasil. Boa not&iacute;cia para negros cansados de s&oacute; encontrar &ldquo;inspira&ccedil;&otilde;es&rdquo; brancas na plataforma.</div> <div>&nbsp;</div> <h3><strong>Apoie!</strong></h3> <div><strong>Biblioteca comunit&aacute;ria&nbsp;</strong><strong>em S&atilde;o Sebasti&atilde;o</strong></div> <div>&nbsp;</div> <div><strong><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2021/03/21/675x450/1_7-6576839.jpg" width="675" height="449" layout="responsive" alt="."></amp-img> <figcaption>Sebastianas/Divulga&ccedil;&atilde;o - <b>.</b></figcaption> </div></strong></div> <div><br /></div> <div>O coletivo Sebastianas busca ajuda para consolidar uma biblioteca para jovens negros, ind&iacute;genas e LGBTQIA+ em S&atilde;o Sebasti&atilde;o. A Biblioteca Exu do Absurdo ser&aacute; um espa&ccedil;o de arte-educa&ccedil;&atilde;o que oferecer&aacute; &agrave; comunidade estrutura de coworking, reuni&otilde;es, estudos e manifesta&ccedil;&otilde;es culturais, como cineclubes, sarau e exposi&ccedil;&otilde;es.<br /><br /></div> <div>O grupo do DF est&aacute; com uma vaquinha aberta para ajudar na reforma do local e tamb&eacute;m aceita doa&ccedil;&otilde;es de materiais, como m&oacute;veis (prateleiras, mesas, estantes de livro, cadeiras), computadores, plantas, materiais de constru&ccedil;&atilde;o, e utens&iacute;lios de cozinha. Informa&ccedil;&otilde;es e doa&ccedil;&otilde;es em: abacashi.com/p/exudoabsurdo. Contato: (61) 99683-6991.</div> <div>&nbsp;</div> <h3><strong>Assista!</strong></h3> <div><strong>Atua&ccedil;&atilde;o que&nbsp;</strong><strong>emociona&nbsp;</strong></div> <div>&nbsp;</div> <div><strong><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2021/03/21/675x450/1_8-6576850.jpg" width="675" height="449" layout="responsive" alt="."></amp-img> <figcaption> Rede Globo/Divulga&ccedil;&atilde;o - <b>.</b></figcaption> </div></strong></div> <div><br /></div> <div>Tatiana Tib&uacute;rcio ganhou o pr&ecirc;mio de melhor atriz pela Associa&ccedil;&atilde;o Paulista de Cr&iacute;ticos de Arte (APCA). Os cr&iacute;ticos aclamaram a atriz pela atua&ccedil;&atilde;o como Mirtes Souza, a dom&eacute;stica recifense que perdeu o filho Miguel ap&oacute;s o menino de cinco anos cair de um pr&eacute;dio de luxo em 2020, no especial Falas Negras, da Rede Globo.&nbsp;</div> <div>&nbsp;</div> <div> <div><strong>Criadores de&nbsp;</strong><strong>conte&uacute;do apoiados</strong></div> <div>&nbsp;</div> <div><strong><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2021/03/21/675x450/1_9-6576861.jpg" width="675" height="449" layout="responsive" alt="."></amp-img> <figcaption>Youtube/Divulga&ccedil;&atilde;o - <b>.</b></figcaption> </div></strong></div> <div><br /></div> <div>O Youtube anunciou os 132 criadores e artistas que participar&atilde;o da primeira turma do Fundo Vozes Negras do Youtube. Criado em outubro de 2020, o fundo oferecer&aacute; recursos e mentoria para pessoas pretas produzirem conte&uacute;dos na plataforma. No Brasil, a lista tem 35 nomes, entre eles est&atilde;o os criadores N&aacute;taly Neri, Spartakus e Gabi Oliveira, al&eacute;m dos artistas P&eacute;ricles, MC Carol, Urias e Rael. Confira todos os brasileiros selecionados no link:<a href="https://blog.youtube/intl/pt-br/"> bit.ly/fundonegroyt</a>.</div> <div>&nbsp;</div> <h3><strong>Leia!</strong></h3> <div><strong>Os viajantes</strong></div> <div>&nbsp;</div> <div><strong><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2021/03/21/675x450/1_10-6576872.jpg" width="675" height="449" layout="responsive" alt="."></amp-img> <figcaption>Companhia das Letras/Divulgacao - <b>.</b></figcaption> </div></strong></div> <div><br /></div> <div><strong>Autora:&nbsp;</strong>Regina Porter</div> <div>Editora Companhia das letras</div> <div>384 p&aacute;ginas</div> <div>R$ 74,99/R$ 39,90&nbsp;</div> <div>(vers&atilde;o Kindle)</div> <div><br /></div> <div>A obra de fic&ccedil;&atilde;o traz a hist&oacute;ria de duas fam&iacute;lias, uma branca e outra negra, da d&eacute;cada de 1950 aos dias de hoje. Um romance sobre amor e mem&oacute;ria, preconceito e identidade, trauma e destino.<br /><br /><strong>Quer contribuir?<br /></strong>A fim de sugerir hist&oacute;rias, casos ou temas a serem retratados na coluna Pretos no Topo, escreva para&nbsp;<em>trabalho.df@dabr.com.br&nbsp;</em></div> </div> <div>&nbsp;<br /></div> <div>&nbsp;</div> </div> </div> </div> </div> <p class="texto"><strong>*Estagi&aacute;ria sob supervis&atilde;o da subeditora Ana Paula Lisboa</strong></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2021%2F03%2F21%2F766x527%2F1_1-6576773.jpg", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Ana Paula Lisboa" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 3si2l

Eu, Estudante 48p1u

RACISMO ESTRUTURAL

Pretos no topo: desemprego recorde entre negros é resultado de racismo 4h3j64

Hoje, 21 de março, é o Dia contra a Discriminação Racial, mas não há muito a comemorar. Apesar do aumento da escolarização, negros são maioria entre os desempregados por causa do preconceito sistêmico 95y6k

“Temos uma questão primordial no Brasil para o alto desemprego negro que não podemos justificar com a pandemia: o racismo estrutural, que veio desde o Brasil Colônia e da República”, afirma Edilene Machado, pós-doutora em relações étnicas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e doutora em sociologia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp).

É assim que a pesquisadora enxerga novos números da alta taxa de desocupação de pretos e pardos no Brasil. Negros são a maioria entre os desempregados no país no quarto trimestre de 2020, período que compreende os meses de outubro a dezembro. A constatação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os negros representam 72,9% dos desocupados do país, de um total de 13,9 milhões de pessoas nessa situação. De acordo com o levantamento, 11,9% dos sem ocupação são pretos e 50,1%, pardos. Apesar de os números representarem queda em relação ao terceiro trimestre de 2020, quando 14,1 milhões de pessoas estavam desempregadas (50,5% pardos; 36,3% brancos e 12,6% pretos), o percentual da população negra ainda é alto.

Edilene explica que, durante um tempo, a justificativa para não contratar pretos e pardos era a falta de escolarização e profissionalização. “Tudo começou com a negação do direito à educação para escravizados e ex-escravizados, quando éramos República e os pretos não podiam estudar. O resultado foi o abismo na qualificação em comparação aos brancos”, analisa.

No entanto, mesmo com a capacitação desse grupo, possibilitada pela implementação de ações afirmativas para ingresso no ensino superior, o cenário não mudou. “No mercado de trabalho, a cor da pele ainda é uma barreira quase que intransponível. O currículo é muito bom, mas quando o recrutador vê a pessoa, tudo muda”, afirma.

Estereótipo cruel 1e5j2u

Para Edilene, a estrutura racista do país faz com que pretos e pardos sejam vistos como menos qualificados, mesmo que o currículo mostre o contrário. Por isso, os empregadores escolhem sempre os brancos. Em diversas situações, não é atribuída aos negros a imagem de alguém capacitado. Edilene já sentiu isso na pele.

“Certa vez, fui convidada para palestrar em uma instituição. Eram dois dias de evento. No primeiro, a diretora não estava presente. Dei a palestra e todos amaram”, lembra. “No outro dia, a diretora, que não me conhecia, se reportou a mim achando que eu era a moça que servia café”, diz. “Eu sou pós-doutora, mas isso não muda o fator racial que me enquadra como uma pessoa que só é vista como alguém que ocupa cargos de serventia”, pontua.

Exclusão feminina 6n43v

De acordo com a Pnad, mulheres são maioria entre os desocupados (52,9%), reflexo de o número de pessoas do sexo feminino em idade para trabalho (53,2%) ser maior do que o de homens (46,8%). A pesquisa não apresenta cruzamento entre gênero e raça, mas Edilene afirma que a maioria das mulheres devem ser negras.

“Na minha pesquisa de doutorado, na qual entrevistei 150 mulheres de vários estados, brancas, pardas e pretas, em geral o perfil da maioria que não consegue em prego é de mulher preta”, declara. “Ela está na base, sustenta sua família e tem trabalho precarizado, além de ser invisibilizada”, lamenta.

“Entre as mulheres escolarizadas, a negra também é a que fica para trás, porque temos um grande grau de exclusão. Em um país racista e machista, primeiro, a vaga é do homem branco; depois, da mulher branca; o homem preto ainda vem antes da mulher preta”, elenca. “Mesmo se a mulher preta for mais qualificada, ela ainda será preterida”, complementa.

Para a doutora, o caminho para reverter a situação é reconhecer a estrutura e instituir programas de o ao mercado de trabalho. “A solução é desmascararmos nossos demônios e assumir que somos um país racializado. O branco tem que reconhecer os privilégios e lutar contra isso”, afirma.

“Instaurar mais ações afirmativas também é necessário. Infelizmente ainda precisamos dela no país. O processo seletivo exclusivo para negros, feito pela Luíza, do Magazine Luíza, foi um ótimo exemplo que deve ser seguido”, pontua. A seleção referida ocorreu entre setembro de 2020 e janeiro de 2021.
Também é dever dos governos municipais, estaduais e federal promover a inclusão dessa população. “Deve haver políticas públicas que realmente obriguem as empresas a ter um quadro de colaboradores equânime. Se esperarmos por boa vontade, a mudança não irá ocorrer”, pontua. “Mas é preciso fiscalizar, porque, se não, será mais um documento sem efeito”, diz.


“Eu espero que outras ‘Luizas’ (Magazine Luiza), outras iniciativas apareçam e reconheçam a distância estrondosa que existe entre as etnias do Brasil. Nós, pretos, fomos desfavorecidos, mas temos talento, somos persistentes e somos capazes, é só nos deixar fazer”, garante.

Desigualdade 281t6

72,9%
Percentual de negros entre os desempregados do país

Fonte: IBGE

Fique por dentro do mundo corporativo! 2t5922

Bayer/Divulgação - .
Inclusão impulsionada
Iniciativas lançadas pela multinacional farmacêutica e química Bayer no Brasil no último trimestre de 2020 começam a dar resultados. Depois de receber 25 mil inscrições, o programa de trainee Liderança Negra Bayer, exclusivo para pretos e pardos, efetivou os 19 selecionados no último mês. Dos escolhidos, 16 são mulheres. Os contratados têm de 22 a 30 anos. A empresa também lançou, no último trimestre do ano ado, um programa de mentoria para negros, idealizado pelo BayAfro, grupo de diversidade étnico-racial da companhia. Conheça alguns dos selecionados pelo programa de trainee:
Arquivo Pessoal - .
“Apesar de não ter uma carreira muito tradicional, aprendi que a direção é mais importante que a velocidade e que a melhor forma de impulsionar transformações relevantes é acreditar em seu potencial e inspirar outras pessoas a entrarem por portas que nunca imaginaram”

Juliana Gomes, é trainee na sede da empresa em São Paulo
 
“Com este programa, a Bayer sinalizou que serão dadas ferramentas e oportunidades necessárias a jovens profissionais negros e pardos, permitindo sua potencialização e desenvolvimento. Isso por si só anima qualquer profissional que esteja  no início da carreira!”
 
Arquivo Pessoal - .

Guilherme Ventura, nasceu em Duque de Caxias (RJ), trainee remoto
 
Arquivo Pessoal - .
 
“Como estudante de engenharia elétrica, tive contato com pessoas de culturas, cores e jeitos diferentes. Percebi que na universidade havia pouca representação preta e vi a necessidade de termos e sermos referência para outras pessoas que buscam entrar numa universidade, num emprego ou fazer qualquer outra coisa. E eu quero ser referência e inspiração. Busquei na Bayer uma empresa que vai à luta junto comigo.”

Renata Cruz, fez engenharia elétrica e é trainee do Parque Industrial de Belford Roxo (RJ)
 

Inspire-se! bh4r

 
Representatividade na inspiração
Pinterest/Divulgação - .

Quem utiliza a rede social de compartilhamento de fotos e referências visuais Pinterest terá mais uma ferramenta para facilitar na busca de inspirações. A plataforma anunciou o recurso “gama de tons de pele”, espécie de filtro pelo qual o usuário poderá escolher os tons de pele que quer ver nos resultados.

Além disso, o recurso também filtra fotos que estejam relacionadas ao tom escolhido. De acordo com a empresa, “é difícil conseguir inspiração quando você não se vê nos resultados das pesquisas” e por isso foi criada a funcionalidade. A novidade já era presente nos Estados Unidos e foi ampliada para 12 países, além do Brasil. Boa notícia para negros cansados de só encontrar “inspirações” brancas na plataforma.
 

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Biblioteca comunitária em São Sebastião
 
Sebastianas/Divulgação - .

O coletivo Sebastianas busca ajuda para consolidar uma biblioteca para jovens negros, indígenas e LGBTQIA+ em São Sebastião. A Biblioteca Exu do Absurdo será um espaço de arte-educação que oferecerá à comunidade estrutura de coworking, reuniões, estudos e manifestações culturais, como cineclubes, sarau e exposições.

O grupo do DF está com uma vaquinha aberta para ajudar na reforma do local e também aceita doações de materiais, como móveis (prateleiras, mesas, estantes de livro, cadeiras), computadores, plantas, materiais de construção, e utensílios de cozinha. Informações e doações em: abacashi.com/p/exudoabsurdo. Contato: (61) 99683-6991.
 

Assista! 5r3o3l

Atuação que emociona 
 
Rede Globo/Divulgação - .

Tatiana Tibúrcio ganhou o prêmio de melhor atriz pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Os críticos aclamaram a atriz pela atuação como Mirtes Souza, a doméstica recifense que perdeu o filho Miguel após o menino de cinco anos cair de um prédio de luxo em 2020, no especial Falas Negras, da Rede Globo. 
 
Criadores de conteúdo apoiados
 
Youtube/Divulgação - .

O Youtube anunciou os 132 criadores e artistas que participarão da primeira turma do Fundo Vozes Negras do Youtube. Criado em outubro de 2020, o fundo oferecerá recursos e mentoria para pessoas pretas produzirem conteúdos na plataforma. No Brasil, a lista tem 35 nomes, entre eles estão os criadores Nátaly Neri, Spartakus e Gabi Oliveira, além dos artistas Péricles, MC Carol, Urias e Rael. Confira todos os brasileiros selecionados no link: bit.ly/fundonegroyt.
 

Leia! 2b1c66

Os viajantes
 
Companhia das Letras/Divulgacao - .

Autora: Regina Porter
Editora Companhia das letras
384 páginas
R$ 74,99/R$ 39,90 
(versão Kindle)

A obra de ficção traz a história de duas famílias, uma branca e outra negra, da década de 1950 aos dias de hoje. Um romance sobre amor e memória, preconceito e identidade, trauma e destino.

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A fim de sugerir histórias, casos ou temas a serem retratados na coluna Pretos no Topo, escreva para trabalho.df@dabr.com.br 
 
 

*Estagiária sob supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa