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"O objetivo da pesquisa era entender o que os jovens pensam sobre os cursos t&eacute;cnicos e a educa&ccedil;&atilde;o profissional. Tamb&eacute;m buscamos saber como eles escolhem suas profiss&otilde;es e como se enxergam no futuro", explica ao Correio Felipe Morgado, superintendente do Senai.</p> <p class="texto">O estudo&nbsp;tamb&eacute;m revelou que a falta de conhecimento sobre o ensino t&eacute;cnico &eacute; maior entre pessoas mais jovens (52% entre os que t&ecirc;m 14 a 17 anos), com menor escolaridade (62% para quem tem at&eacute; o ensino fundamental), que estudam em escola p&uacute;blica (46% versus 27% de escola privada) e que possuem menor renda (52% entre os que t&ecirc;m renda familiar de at&eacute; um sal&aacute;rio m&iacute;nimo versus 34% para mais de cinco sal&aacute;rios m&iacute;nimos). Al&eacute;m disso, apenas 29% dos jovens afirmam que frequentam ou frequentaram algum curso profissionalizante. Por outro lado, 75% desses consideraram a experi&ecirc;ncia &oacute;tima ou boa.</p> <p class="texto">"N&atilde;o foi surpresa para n&oacute;s o fato de muitos jovens n&atilde;o conhecerem a educa&ccedil;&atilde;o profissional. No entanto, percebemos que, quando apresentamos essa op&ccedil;&atilde;o a eles, h&aacute; grande interesse. Por exemplo, 56% dos jovens entrevistados gostariam de fazer um curso t&eacute;cnico ap&oacute;s conhecerem mais sobre o assunto, e esse interesse sobe para 62% entre os jovens de 14 a 17 anos. Na escola p&uacute;blica, esse interesse &eacute; ainda maior, chegando a 57%. Isso mostra que a falta de informa&ccedil;&atilde;o &eacute; o principal obst&aacute;culo, e precisamos ajudar esses jovens a conhecer melhor as oportunidades dispon&iacute;veis para eles", explica.</p> <h3>&nbsp;</h3> <h3>Benef&iacute;cios</h3> <p class="texto">Segundo Morgado, a falta de informa&ccedil;&atilde;o sobre o ensino t&eacute;cnico e o desconhecimento da juventude &eacute; preocupante e est&aacute; ligada &agrave; origem da educa&ccedil;&atilde;o profissional no Brasil. "O nosso pa&iacute;s criou uma cultura elitista em que o sucesso est&aacute; atrelado exclusivamente ao ensino superior. At&eacute; recentemente, o ensino m&eacute;dio oferecia apenas um curr&iacute;culo &uacute;nico, que direcionava para o ensino superior. Isso gerou um desconhecimento sobre a forma&ccedil;&atilde;o profissional, diferente do que ocorre em pa&iacute;ses desenvolvidos, onde a maioria dos estudantes opta pela forma&ccedil;&atilde;o profissional durante o ensino m&eacute;dio", conta.</p> <p class="texto">Dados do<em> Education at a Glance 2023</em>, um estudo anual produzido pela Organiza&ccedil;&atilde;o para a Coopera&ccedil;&atilde;o e Desenvolvimento Econ&ocirc;mico (OCDE), mostram que apenas 11% dos jovens de 15 a 24 anos optam por fazer uma forma&ccedil;&atilde;o t&eacute;cnico-profissional, enquanto nos pa&iacute;ses da OCDE, as percentagens s&atilde;o, respectivamente, de 37% para os jovens de 15 a 19 anos e de 65% para os jovens de 20 a 24 anos. "&Eacute; necess&aacute;rio mostrar aos jovens que essa forma&ccedil;&atilde;o oferece um o mais r&aacute;pido ao mercado de trabalho e pode ser uma alternativa vi&aacute;vel para quem precisa ajudar na renda familiar, sem abandonar os estudos. Hoje em dia, as profiss&otilde;es t&eacute;cnicas est&atilde;o muito ligadas &agrave; tecnologia, e n&atilde;o s&atilde;o mais t&atilde;o artesanais como no ado", conta o superintendente do Senai.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/08/16/cursos_profissionalizantes-39473403.jpg" width="474" height="750" layout="responsive" alt="Perfil dos 2.007 jovens entrevistados, entre 14 e 24 anos, nas 27 unidades da Federa&ccedil;&atilde;o"></amp-img> <figcaption>Valdo Virgo - <b>Perfil dos 2.007 jovens entrevistados, entre 14 e 24 anos, nas 27 unidades da Federa&ccedil;&atilde;o</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Um relat&oacute;rio divulgado pelo Senai, referente ao per&iacute;odo de 2021 a 2023, traz uma an&aacute;lise detalhada dos cursos t&eacute;cnicos da institui&ccedil;&atilde;o. Os resultados mostram que, em m&eacute;dia, 56,6% dos egressos dos cursos da institui&ccedil;&atilde;o est&atilde;o empregados, com varia&ccedil;&otilde;es dependendo do tipo de forma&ccedil;&atilde;o. No setor industrial, por exemplo, a taxa de emprego varia entre 36,2% e 64,3%, o que destaca a import&acirc;ncia dos cursos para o mercado de trabalho. Outro ponto importante do relat&oacute;rio &eacute; o aumento na renda dos egressos ap&oacute;s a conclus&atilde;o dos cursos. Aqueles que participaram de programas de aprendizagem industrial tiveram um aumento de 101% em seus sal&aacute;rios, enquanto os que se formaram em cursos t&eacute;cnicos de n&iacute;vel m&eacute;dio registraram um aumento de 25%. Os cursos de qualifica&ccedil;&atilde;o profissional e gradua&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m resultaram em aumentos de renda, de 13,2% e 3,8%, respectivamente.</p> <h3>Modalidades&nbsp;</h3> <p class="texto">Os cursos t&eacute;cnicos duram de 1 a 3 anos e oferecem forma&ccedil;&atilde;o em diversas &aacute;reas, como tecnologia da informa&ccedil;&atilde;o, sa&uacute;de, ind&uacute;stria e gest&atilde;o. Com uma combina&ccedil;&atilde;o de disciplinas te&oacute;ricas e pr&aacute;ticas, s&atilde;o oferecidos em escolas t&eacute;cnicas, institutos federais e centros de forma&ccedil;&atilde;o,tanto na rede p&uacute;blica quanto na privada. Existem tr&ecirc;s principais modalidades: o t&eacute;cnico integrado ao ensino m&eacute;dio, em que o aluno cursa o ensino m&eacute;dio junto com a forma&ccedil;&atilde;o t&eacute;cnica; o t&eacute;cnico concomitante,no qual o aluno faz o ensino m&eacute;dio em uma institui&ccedil;&atilde;o e o curso t&eacute;cnico em outra, ou em hor&aacute;rios diferentes na mesma institui&ccedil;&atilde;o; e o t&eacute;cnico subsequente, destinado a quem j&aacute; concluiu o ensino m&eacute;dio e deseja obter uma forma&ccedil;&atilde;o t&eacute;cnica.</p> <p class="texto">Ao concluir um curso t&eacute;cnico, o aluno recebe um diploma de t&eacute;cnico espec&iacute;fico, um documento reconhecido nacionalmente que o habilita a exercer a profiss&atilde;o. 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Ao final dos meus oito anos servindo, fui contemplado com um curso t&eacute;cnico do Senai, a&iacute; foi onde as portas se abriram para mim", compartilha.</p> <p class="texto">"De primeira, n&atilde;o estava t&atilde;o interessado no ensino t&eacute;cnico, mas eu sa&iacute;a da escala de servi&ccedil;o e usava o tempo para estudar. Comecei o curso t&eacute;cnico em seguran&ccedil;a do trabalho e isso mudou minha vida. Agora sou seguran&ccedil;a do trabalho em uma empresa que presta servi&ccedil;o de manuten&ccedil;&atilde;o industrial. Eu n&atilde;o tinha nenhuma forma&ccedil;&atilde;o ou curso, mas, gra&ccedil;as a forma&ccedil;&atilde;o t&eacute;cnica, sa&iacute; do quartel de volta para o mercado de trabalho. 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Descobri a exist&ecirc;ncia dos cursos t&eacute;cnicos l&aacute;, porque al&eacute;m das aulas no Sesi, a gente fazia a forma&ccedil;&atilde;o t&eacute;cnica no Senai", explica.</p> <p class="texto">Apaixonada por ci&ecirc;ncias exatas, a estudante escolheu o curso de matem&aacute;tica e suas tecnologias, e, durante as aulas, descobriu que era isso que queria para o futuro. "Depois que entrei, descobri que tamb&eacute;m era ensinado sobre programa&ccedil;&atilde;o e outras coisas. E foi da&iacute; que eu escolhi o que queria fazer. Hoje, eu fa&ccedil;o engenharia de software na UnB, e foi essa mat&eacute;ria t&eacute;cnica do Senai que me fez ter uma explos&atilde;o de pensamentos e de ideias e ter a certeza do que queria seguir", celebra Giovanna.</p> <p class="texto">Alice Gon&ccedil;alves, 20, tamb&eacute;m escolheu a profiss&atilde;o por meio de cursos t&eacute;cnicos. "Quando terminei o ensino m&eacute;dio, fiquei meio perdida sobre o que faria. Eu tinha tecnologia em mente, trabalhar com TI, mas n&atilde;o tinha certeza se era isso mesmo que eu queria. Ent&atilde;o, decidi testar. Descobri os cursos t&eacute;cnicos por meio do meu pai e dos meus irm&atilde;os, que tinham&nbsp; feito essa modalidade de ensino. Alguns meses depois de terminar os estudos, fiz um curso de operador de computador no Senai", conta.</p> <p class="texto">"Com o curso, eu tive mais no&ccedil;&atilde;o sobre tecnologia e percebi que a TI se ramifica em v&aacute;rias &aacute;reas, e que basta a gente escolher qual &aacute;rea seguir. Comecei a ficar de olho no site do Senai para ver quando surgiria um curso de desenvolvimento de sistemas, minha op&ccedil;&atilde;o. Agora, pretendo me formar e trabalhar com programa&ccedil;&atilde;o e ciberseguran&ccedil;a", adianta Alice.</p> <p class="texto"><em>*Estagi&aacute;ria sob supervis&atilde;o de Ana S&aacute;</em></p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/euestudante/2024/08/6916558-plano-estruturante-para-a-educacao-caminhos-do-futuro-am-pelo-pne.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/08/08/whatsapp_image_2024_08_08_at_19_09_51-39346081.jpeg?20240808194701" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>EuEstudante</strong> <span>Plano estruturante para a educação: caminhos do futuro am pelo PNE</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/2024/08/6915983-estudante-se-emociona-com-discurso-no-senado-estamos-aqui-para-mudar-a-realidade.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/08/08/cats-39335753.jpg?20240808112702" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>EuEstudante</strong> <span>Estudante se emociona com discurso no Senado: "Estamos aqui para mudar a realidade"</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/2024/08/6911350-lula-veta-uso-de-conteudo-dos-itinerarios-formativos-no-enem-e-em-vestibulares.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/26/1_como_estudar_para_enem_35565775-37442202.jpg?20240723091639" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>EuEstudante</strong> <span>Lula veta uso de conteúdo dos itinerários formativos no Enem e em vestibulares</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/brasil/2024/07/6910723-brasil-sera-representado-por-10-estudantes-em-olimpiadas-de-astronomia.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/03/05/935006_foguete_1025-35302230.jpg?20240731184932" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>EuEstudante</strong> <span>Brasil será representado por 10 estudantes em Olimpíadas de Astronomia</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/politica/2024/07/6900462-senado-aprova-regime-especial-para-estudantes-que-nao-podem-ir-a-escola.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/17/53861805513_ae2aea0de8_o-38954694.jpg?20240717143235" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>EuEstudante</strong> <span>Senado aprova regime especial para estudantes que não podem ir à escola</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/2024/06/6882875-veja-7-dicas-para-equilibrar-estudos-e-descanso-nas-ferias.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/06/21/menina_asiatica_relaxando_enquanto_ouve_musica-38308708.jpg?20240621181207" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>EuEstudante</strong> <span>Veja 7 dicas para equilibrar estudos e descanso nas férias</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/02/675x450/1_jovens_de_costas-36735213.jpg?20240506141906?20240506141906", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Maria Eduarda Lavocat*" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 4y13u

Eu, Estudante 48p1u

pesquisa

Maioria dos jovens não conhece o ensino técnico-profissional no Brasil p1g

Pesquisa mostra que 42% dos brasileiros entre 14 e 24 anos desconhecem a formação. No entanto, quando as modalidades são apresentadas, o interesse e a procura aumentam, sobretudo na rede pública de ensino 2oto

Levantamento do Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), com 2.007 pessoas de todo o Brasil, mostrou que 42% dos jovens de 14 a 24 anos não conhecem a formação técnica. "O objetivo da pesquisa era entender o que os jovens pensam sobre os cursos técnicos e a educação profissional. Também buscamos saber como eles escolhem suas profissões e como se enxergam no futuro", explica ao Correio Felipe Morgado, superintendente do Senai.

O estudo também revelou que a falta de conhecimento sobre o ensino técnico é maior entre pessoas mais jovens (52% entre os que têm 14 a 17 anos), com menor escolaridade (62% para quem tem até o ensino fundamental), que estudam em escola pública (46% versus 27% de escola privada) e que possuem menor renda (52% entre os que têm renda familiar de até um salário mínimo versus 34% para mais de cinco salários mínimos). Além disso, apenas 29% dos jovens afirmam que frequentam ou frequentaram algum curso profissionalizante. Por outro lado, 75% desses consideraram a experiência ótima ou boa.

"Não foi surpresa para nós o fato de muitos jovens não conhecerem a educação profissional. No entanto, percebemos que, quando apresentamos essa opção a eles, há grande interesse. Por exemplo, 56% dos jovens entrevistados gostariam de fazer um curso técnico após conhecerem mais sobre o assunto, e esse interesse sobe para 62% entre os jovens de 14 a 17 anos. Na escola pública, esse interesse é ainda maior, chegando a 57%. Isso mostra que a falta de informação é o principal obstáculo, e precisamos ajudar esses jovens a conhecer melhor as oportunidades disponíveis para eles", explica.

  531p68

Benefícios 4b344n

Segundo Morgado, a falta de informação sobre o ensino técnico e o desconhecimento da juventude é preocupante e está ligada à origem da educação profissional no Brasil. "O nosso país criou uma cultura elitista em que o sucesso está atrelado exclusivamente ao ensino superior. Até recentemente, o ensino médio oferecia apenas um currículo único, que direcionava para o ensino superior. Isso gerou um desconhecimento sobre a formação profissional, diferente do que ocorre em países desenvolvidos, onde a maioria dos estudantes opta pela formação profissional durante o ensino médio", conta.

Dados do Education at a Glance 2023, um estudo anual produzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostram que apenas 11% dos jovens de 15 a 24 anos optam por fazer uma formação técnico-profissional, enquanto nos países da OCDE, as percentagens são, respectivamente, de 37% para os jovens de 15 a 19 anos e de 65% para os jovens de 20 a 24 anos. "É necessário mostrar aos jovens que essa formação oferece um o mais rápido ao mercado de trabalho e pode ser uma alternativa viável para quem precisa ajudar na renda familiar, sem abandonar os estudos. Hoje em dia, as profissões técnicas estão muito ligadas à tecnologia, e não são mais tão artesanais como no ado", conta o superintendente do Senai.

Valdo Virgo - Perfil dos 2.007 jovens entrevistados, entre 14 e 24 anos, nas 27 unidades da Federação

Um relatório divulgado pelo Senai, referente ao período de 2021 a 2023, traz uma análise detalhada dos cursos técnicos da instituição. Os resultados mostram que, em média, 56,6% dos egressos dos cursos da instituição estão empregados, com variações dependendo do tipo de formação. No setor industrial, por exemplo, a taxa de emprego varia entre 36,2% e 64,3%, o que destaca a importância dos cursos para o mercado de trabalho. Outro ponto importante do relatório é o aumento na renda dos egressos após a conclusão dos cursos. Aqueles que participaram de programas de aprendizagem industrial tiveram um aumento de 101% em seus salários, enquanto os que se formaram em cursos técnicos de nível médio registraram um aumento de 25%. Os cursos de qualificação profissional e graduação também resultaram em aumentos de renda, de 13,2% e 3,8%, respectivamente.

Modalidades  872k

Os cursos técnicos duram de 1 a 3 anos e oferecem formação em diversas áreas, como tecnologia da informação, saúde, indústria e gestão. Com uma combinação de disciplinas teóricas e práticas, são oferecidos em escolas técnicas, institutos federais e centros de formação,tanto na rede pública quanto na privada. Existem três principais modalidades: o técnico integrado ao ensino médio, em que o aluno cursa o ensino médio junto com a formação técnica; o técnico concomitante,no qual o aluno faz o ensino médio em uma instituição e o curso técnico em outra, ou em horários diferentes na mesma instituição; e o técnico subsequente, destinado a quem já concluiu o ensino médio e deseja obter uma formação técnica.

Ao concluir um curso técnico, o aluno recebe um diploma de técnico específico, um documento reconhecido nacionalmente que o habilita a exercer a profissão. Já os cursos profissionalizantes concedem um certificado de conclusão, atestando que o aluno adquiriu certas habilidades ou conhecimentos

Oportunidade 463g3h

O curso técnico pode ser uma ferramenta para profissionalização daqueles que saíram da escola há um tempo e buscam melhores empregos, como conta David Ferreira, 27 anos. "Eu sou de Brasília, mas minha caminhada nos estudos começou na Bahia em escola pública. Estudei lá até o ensino médio. Quando terminei a escola, fui morar em Brasília. Entrei na faculdade de direito enquanto estava no Exército, fiz até o sexto semestre e tranquei. Ao final dos meus oito anos servindo, fui contemplado com um curso técnico do Senai, aí foi onde as portas se abriram para mim", compartilha.

"De primeira, não estava tão interessado no ensino técnico, mas eu saía da escala de serviço e usava o tempo para estudar. Comecei o curso técnico em segurança do trabalho e isso mudou minha vida. Agora sou segurança do trabalho em uma empresa que presta serviço de manutenção industrial. Eu não tinha nenhuma formação ou curso, mas, graças a formação técnica, saí do quartel de volta para o mercado de trabalho. Pronto para o mercado de trabalho, na verdade", completa David.

Arquivo pessoal -
Arquivo pessoal -
Arquivo pessoal -

Descobrimento 3b4l2l

Giovana Fontes, 19 anos, elogia as oportunidades oferecidas pela formação técnica. "Durante toda a minha vida, eu estudei em escola pública, mas sempre quis ter um ensino melhor, então, quando terminei o ensino fundamental, vi que estavam ofertando bolsas no Serviço Social da Indústria (Sesi). Eu tentei e consegui uma. Descobri a existência dos cursos técnicos lá, porque além das aulas no Sesi, a gente fazia a formação técnica no Senai", explica.

Apaixonada por ciências exatas, a estudante escolheu o curso de matemática e suas tecnologias, e, durante as aulas, descobriu que era isso que queria para o futuro. "Depois que entrei, descobri que também era ensinado sobre programação e outras coisas. E foi daí que eu escolhi o que queria fazer. Hoje, eu faço engenharia de software na UnB, e foi essa matéria técnica do Senai que me fez ter uma explosão de pensamentos e de ideias e ter a certeza do que queria seguir", celebra Giovanna.

Alice Gonçalves, 20, também escolheu a profissão por meio de cursos técnicos. "Quando terminei o ensino médio, fiquei meio perdida sobre o que faria. Eu tinha tecnologia em mente, trabalhar com TI, mas não tinha certeza se era isso mesmo que eu queria. Então, decidi testar. Descobri os cursos técnicos por meio do meu pai e dos meus irmãos, que tinham  feito essa modalidade de ensino. Alguns meses depois de terminar os estudos, fiz um curso de operador de computador no Senai", conta.

"Com o curso, eu tive mais noção sobre tecnologia e percebi que a TI se ramifica em várias áreas, e que basta a gente escolher qual área seguir. Comecei a ficar de olho no site do Senai para ver quando surgiria um curso de desenvolvimento de sistemas, minha opção. Agora, pretendo me formar e trabalhar com programação e cibersegurança", adianta Alice.

*Estagiária sob supervisão de Ana Sá