{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/holofote/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/holofote/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/holofote/", "name": "Holofote", "description": " ", "url": "/holofote/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/holofote/2024/09/6950770-macae-evaristo-responde-a-um-processo-judicial-outros-13-foram-arquivados-entenda.html", "name": "Macaé Evaristo responde a um processo judicial, outros 13 foram arquivados; entenda", "headline": "Macaé Evaristo responde a um processo judicial, outros 13 foram arquivados; entenda", "description": "", "alternateName": "CONTEXTUALIZANDO", "alternativeHeadline": "CONTEXTUALIZANDO", "datePublished": "2024-09-25T18:45:00Z", "articleBody": "<p class="texto"><strong>Investigado por:</strong> Nexo, SBT, SBT News, correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com e Metrópoles. </p> <p class="texto"><strong>Contextualizando:</strong> Circula um vídeo nas redes sociais em que o deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS) mostra uma “ficha corrida” da nova ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, indicando que ela responde a vários processos na Justiça. Uma busca no Jusbrasil mostrou 83 processos no F da ministra, mas apenas dois são criminais, e ela não é ré em nenhuma das ações. O Comprova contextualiza.</p> <p class="texto"><strong>Conteúdo analisado</strong>: <a href="https://projetocomprova.com.br/wp-content/s/2024/09/00-Conteudo-investigado-C-Contextualizando-Macae.jpg">Vídeo</a> de deputado exibindo a “ficha corrida” da nova ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, indica que ela responde a inúmeros processos. O parlamentar iguala o documento a uma “ficha de bandido”.</p> <p class="texto"><strong>Onde foi publicado</strong>: Instagram.</p> <p class="texto"><strong>Contextualizando</strong>: Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra o deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS) na tribuna do Congresso Nacional exibindo uma suposta “ficha corrida” da nova ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo. Este documento jurídico com histórico processual comprova que o cidadão não possui condenações criminais transitadas em julgado, cujo cumprimento ainda esteja em andamento. No discurso, o parlamentar afirma que ela responde a diversos processos na Justiça. Na publicação há legendas como “A ficha corrida da nova ministra de Lula”.</p> <p class="texto">Apesar de Evaristo ser citada em vários processos no <a href="https://www.jusbrasil.com.br/processos/nome/59511995/macae-maria-evaristo-dos-santos">Jusbrasil</a> (veja mais abaixo), a maior parte dos processos corre nas esferas cível e istrativa. Atualmente, Macaé responde a uma ação por improbidade istrativa na Justiça de Minas Gerais, referente a uma acusação de superfaturamento na compra de 190 mil kits de uniformes escolares, da época em que foi Secretária Municipal da Educação em Belo Horizonte, em 2011. O caso foi movido pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em 2016.</p> <p class="texto">Os 13 outros processos dos quais era ré, referentes a outro caso de superfaturamento de mesas escolares, em 2015, foram arquivados a partir de um acordo com o MPMG. Macaé pagou cerca de R$ 10,4 mil. O Comprova detalha os aspectos do acordo mais abaixo.</p> <p class="texto">No entanto, ainda há uma auditoria em andamento no Tribunal de Contas da União (TCU), <a href="https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/documento/processo/039.766%252F2023-3/%2520/DTAUTUACAOORDENACAO%2520desc%252C%2520NUMEROCOMZEROS%2520desc/0">sob o número 039.766/2023-3</a>. A ministra é investigada por supostamente<strong> </strong>deixar um rombo de R$177, 3 milhões aos cofres públicos de Minas Gerais, quando era Secretária Estadual de Educação.</p> <p class="texto">O sistema de processos do TCU relata que a auditoria foi instaurada em razão da não comprovação da regular aplicação dos recursos reados pela União para o atendimento ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).</p> <p class="texto">O processo ainda não foi apreciado pelo plenário do TCU, cujo relator é o ministro Jhonathan de Jesus. Em caso de condenação pelo rombo nas contas públicas, Macaé pode ser proibida de exercer cargos públicos e ser obrigada a devolver os recursos, além de ser multada.</p> <p class="texto">Ela também poderá responder judicialmente pelo crime de improbidade istrativa, que é o ato contrário aos princípios básicos da istração pública. No entanto, nenhuma ação foi julgada até o momento da publicação desta checagem.</p> <h3>A quantos processos Macaé responde?</h3> <p class="texto">A nova ministra dos Direitos Humanos e Cidadania responde, atualmente, a um processo por improbidade istrativa na Justiça de Minas Gerais, da época em que foi Secretária Municipal da Educação em Belo Horizonte, entre 2005 e 2012.</p> <p class="texto">Conforme <a href="https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8429compilada.htm">a Lei Nº 8.429, de 1992</a>, o termo improbidade istrativa se refere à desonestidade de quem lida com o dinheiro público. Pode ser caracterizado por “qualquer ação ou omissão dolosa, que enseje, efetiva e comprovadamente, perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades [públicas]”.</p> <p class="texto">Uma investigação do Ministério Público apontou que Macaé teria superfaturado a compra de 190 mil kits de uniformes escolares em 2011, beneficiando uma empresa inabilitada para participar de licitações. A secretaria teria comprado os kits por preços acima do mercado, causando um prejuízo de R$ 3,15 milhões aos cofres públicos. Com ajuste da inflação, o valor seria hoje de R$ 6,49 milhões.</p> <p class="texto">Sobre a licitação de 2011, a ministra respondeu ao <a href="https://correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com/politica/macae-evaristo-nova-ministra-de-lula-e-re-acusada-de-superfaturar-r-65-mi-em-uniformes-escolares/">Estadão, em reportagem publicada em 9 de setembro</a>, que não cometeu qualquer irregularidade e afirmou estar “tranquila e ciente do compromisso com a transparência e correta gestão dos recursos públicos”.</p> <p class="texto">Macaé também explicou <a href="https://correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com/politica/macae-evaristo-nova-ministra-de-lula-e-re-acusada-de-superfaturar-r-65-mi-em-uniformes-escolares/">em nota ao Estadão</a> que o processo licitatório de 2011 foi conduzido pela Comissão de Licitação, que não era vinculada à sua pasta, e aprovado pela “procuradoria do município”, que acompanhou e supervisionou todas as fases da licitação.</p> <p class="texto">A <a href="https://www1.folha.uol.com.br/poder/2024/09/nova-ministra-de-lula-pagou-r-10-mil-em-acordo-para-encerrar-13-acoes-de-improbidade-em-mg.shtml">Folha de S.Paulo</a> apurou que, durante a gestão de Fernando Pimentel (PT), entre 2015 e 2018, Macaé Evaristo optou por um acordo com o MPMG para encerrar pelo menos 13 processos também relacionados ao caso de compra de mobiliário e de kits escolares por improbidade istrativa.</p> <p class="texto">Todos eles eram relacionados a um <a href="https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2020/10/27/ministerio-publico-processa-ex-secretaria-de-educacao-de-mg-por-supostas-compras-superfaturadas.ghtml">único contrato</a> fechado com várias empresas. Por isso, foi desmembrado em ações diferentes. Todos eles apuravam o suposto <a href="https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/tj-mg/2658741966/inteiro-teor-2658741969">superfaturamento na compra de carteiras escolares em 2015</a>, época em que Macaé foi secretária estadual de Educação.</p> <p class="texto">De acordo com o jornal, a ministra teria pago o valor de R$ 10,4 mil para o acordo com o MPMG a fim de encerrar o conjunto de ações.</p> <p class="texto">Em <a href="https://projetocomprova.com.br/wp-content/s/2024/09/null-22.png">nota ao Comprova</a>, a assessoria de Macaé Evaristo respondeu, no dia 24 de setembro, que “nos processos ajuizados pelo Ministério Público de Minas Gerais, foram prestadas as informações necessárias, que culminaram em acordos para o encerramento”.</p> <p class="texto">“Sobre o processo referente aos kits de uniformes escolares, licitados em 2012, em certame foi realizado e conduzido por servidores efetivos, e validado em todas as suas fases pela Procuradoria de Belo Horizonte. A secretária – por força do cargo – não dispunha de poder discricionário para contratar empresa diferente daquela que venceu a licitação. Por fim, em relação ao processo em andamento no Tribunal de Contas da União, trata-se de recursos regularmente reados pela secretaria de educação às unidades executoras do Programa, conforme demonstrativo encaminhado para a prestação de contas do FNDE, sendo a auditoria refente a aplicação pelas Caixas Escolares”, conclui a nota.</p> <h3>Total de processos envolvendo Macaé Evaristo</h3> <p class="texto">O Comprova utilizou o Jusbrasil para identificar os processos judiciais que citam Macaé. Para isso, pesquisamos pelo F da ministra para evitar homônimos (nomes iguais aos da ex-parlamentar), e encontramos 83 ações judiciais.</p> <p class="texto">O volume, no entanto, não significa que a ministra tenha uma ficha criminal extensa, como sugeriu o deputado federal Mauricio Marcon no Plenário da Câmara. Isso porque, das 83 ações judiciais encontradas, apenas duas são de processos criminais – e, em ambos, a ministra é parte ativa na ação. Isto é, autora, e não ré.</p> <p class="texto">Na primeira ação, <a href="https://www.jusbrasil.com.br/processos/577264585/processo-n-047XXXX-9520228130024-do-tjmg">Macaé é vítima do crime de ameaça</a>. O indiciado no caso é identificado apenas com as iniciais F.F.R.S. O processo tramitou em julgado no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em outubro de 2022.</p> <p class="texto">Na segunda ação criminal, <a href="https://www.jusbrasil.com.br/processos/567279476/processo-n-102XXXX-3620224013800-do-trf1">Macaé é uma das impetrantes de um habeas corpus</a> a favor de uma integrante do Coletivo Negras Autoras. A mulher foi acusada de falsidade ideológica e crime contra o estado de filiação após apresentar em um aeroporto um documento com erro de digitação no nome do pai do filho. O processo foi arquivado, também em outubro de 2022.</p> <p class="texto">Além dos processos criminais, no F de Macaé Evaristo constam ainda 41 processos istrativos, 5 processos eleitorais (de registro de candidatura e prestação de contas) e 33 processos cíveis. Há também dois processos de 2011 que não estão disponíveis para o na plataforma, o que acontece com ações que correm em segredo de justiça.</p> <p class="texto">A título de comparação, ao pesquisar no Jusbrasil pelo F de Marcon, o Comprova identificou um número semelhante de ações judiciais: foram localizados 77 processos. Em um deles, inclusive, <a href="https://www.jusbrasil.com.br/processos/738402404/processo-n-000XXXX-1520231000000-do-stf">o deputado é réu pelo crime de preconceito de raça ou de cor</a>. O processo tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).</p> <p class="texto">Vale acrescentar que, quando pesquisamos por um nome no Jusbrasil, a plataforma alerta que participar de um processo não significa, necessariamente, ter cometido delito. Isso porque a pessoa pode ser autora, ré, advogada, juíza, dentre outros. Além disso, ao tentar copiar um trecho do site, a <a href="https://projetocomprova.com.br/wp-content/s/2024/09/null-23.png">ferramenta sinaliza</a> alguns cuidados necessários ao compartilhar informações sobre ações judiciais.</p> <h3>Quem é Macaé Evaristo?</h3> <p class="texto">Prima da escritora Conceição Evaristo e nascida em São Gonçalo do Pará, em Minas Gerais, Macaé Maria Evaristo dos Santos, 59 anos, é formada em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), mestre em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutoranda em Educação pela mesma instituição.</p> <p class="texto">Segundo a biografia da ex-parlamentar, no <a href="https://www.almg.gov.br/deputados/macae-evaristo/28873">site da Assembleia Legislativa de Minas Gerais</a> e no <a href="https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2024/setembro/macae-evaristo-e-nomeada-ministra-dos-direitos-humanos-e-da-cidadania">site do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania</a>, ela é professora desde os 19 anos, e foi a primeira mulher negra a ocupar os cargos de secretária de Educação em Belo Horizonte (2005 a 2012) e no estado mineiro (2015 a 2018), nas gestões Fernando Pimentel (PT) e Márcio Lacerda (PSB) respectivamente.</p> <p class="texto">Em 2013 e 2014, foi titular da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (MEC), durante o segundo mandato da então presidente Dilma Rousseff (2014-2016). No cargo, coordenou programas como Escolas Indígenas e as cotas para ingresso de estudantes de escola pública, negros e indígenas no ensino superior.</p> <p class="texto">Em 2020, foi eleita vereadora pela primeira vez em Belo Horizonte. Já em 2022, foi eleita deputada estadual de Minas Gerais, com <a href="https://www.almg.gov.br/comunicacao/noticias/arquivos/Macae-Evaristo-e-escolhida-nova-ministra-dos-Direitos-Humanos/">50.416 votos</a>.</p> <p class="texto">Em 9 de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou a então deputada estadual mineira para o cargo de ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania. A nomeação de Macaé Evaristo foi publicada em <a href="https://www.in.gov.br/web/dou/-/decreto-de-9-de-setembro-de-2024-583217875">edição extra do Diário Oficial da União</a>, em substituição a Silvio Almeida, <a href="https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/notas-oficiais/notas-a-imprensa/nota-a-imprensa-comunicado-sobre-silvio-almeida">que foi demitido</a> após acusações de assédio moral e sexual.</p> <p class="texto">Na nota enviada ao Comprova, a assessoria da ministra reiterou que “desde que Macaé Evaristo foi indicada para o cargo de Ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, surgiram ataques nas redes sociais coordenados pela extrema direita, que distorce informações, criando uma campanha difamatória repleta de inverdades, com o intuito de macular sua imagem como gestora pública. Ao longo de sua trajetória no serviço público, Macaé se tornou referência nacional no campo da educação e do combate ao racismo. Como gestora, Macaé geriu recursos públicos, levando em conta os cuidados para a melhor destinação, sempre prezando pela transparência”.</p> <p class="texto">O Comprova não conseguiu o à auditoria do MEC, cujo valor em <a href="https://correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com/noticias/redacao/2024/09/13/nova-ministra-causou-prejuizo-de-r-177-mi-a-verba-de-merenda-diz-mec.htm">dívida foi citado pelo UOL</a>, nem à fonte que o deputado Maurício Marcon usou para localizar os processos a que ele indica que Macaé Evaristo responde no vídeo postado em seu perfil nas redes sociais.</p> <p class="texto">As páginas que compartilharam o conteúdo foram procuradas, mas nenhuma respondeu até a publicação deste texto. Marcon também foi contatado pelo Comprova, que não obteve resposta.</p> <p class="texto"><strong>Fontes consultadas</strong>: Pesquisamos o site JusBrasil para mensurar a quantidade de processos no qual o nome de Macaé Evaristo é citado. Contatamos a assessoria da ministra. Além disso, foram pesquisadas também reportagens sobre o assunto. Como o portal <a href="https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2024/09/12/entenda-o-processo-judicial-em-que-a-nova-ministra-de-direitos-humanos-macae-evaristo-e-re.ghtml">g1</a>, que explicou o processo judicial que a ministra é ré, e o <a href="https://correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com/politica/quem-e-macae-evaristo-ministra-direitos-humanos-governo-lula-nprp/">Estadão</a> e a <a href="https://apublica.org/nota/macae-evaristo-quem-e-e-o-que-fez-em-mg-a-nova-ministra-de-lula/">Agência Pública</a>, que traçaram um perfil da integrante do governo federal. Também foram ados os sites do governo federal, bem como o site da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.</p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/holofote/2024/08/6924159-entenda-o-que-e-a-mpox-doenca-que-levou-oms-a-declarar-emergencia-global.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/08/20/05_instagram_feed_explica_mpox-39529207.jpg?20240820154644" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Holofote</strong> <span>Entenda o que é a mpox, doença que levou OMS a declarar emergência global</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/holofote/2024/08/6924153-video-erra-ao-dizer-que-anitta-diogo-nogueira-e-outros-artistas-receberam-milhoes-da-lei-rouanet-para-apoiar-lula.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/08/20/00_conteudo_investigado_a_lista_mostra-39529111.jpg?20240820153104" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Holofote</strong> <span>Vídeo erra ao dizer que Anitta, Diogo Nogueira e outros artistas receberam milhões da Lei Rouanet para apoiar Lula</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/holofote/2024/08/6923177-video-falso-e-usado-para-atribuir-apoio-do-comando-vermelho-a-eduardo-paes.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/08/19/00_conteudo_investigado_a_video_mostra_1-39509573.jpg?20240819131028" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Holofote</strong> <span>Vídeo falso é usado para atribuir apoio do Comando Vermelho a Eduardo Paes</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2024%2F09%2F25%2F00_conteudo_investigado_c_contextualizando_macae-40230842.jpg", "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2024%2F09%2F25%2F00_conteudo_investigado_c_contextualizando_macae-40230842.jpg", "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2024%2F09%2F25%2F360x240%2F1_00_conteudo_investigado_c_contextualizando_macae-40230842.jpg" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Projeto Comprova ", "url": "/autor?termo=projeto-comprova-" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 3r6948

Macaé Evaristo responde a um processo judicial 5z2u3x outros 13 foram arquivados; entenda
CONTEXTUALIZANDO

Macaé Evaristo responde a um processo judicial, outros 13 foram arquivados; entenda 2p681u

Uma busca no Jusbrasil mostra 83 processos no F da ministra, mas apenas dois são criminais, e ela não é ré em nenhuma das ações 3n1ej

Investigado por: Nexo, SBT, SBT News, correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com e Metrópoles. 

Contextualizando: Circula um vídeo nas redes sociais em que o deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS) mostra uma “ficha corrida” da nova ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, indicando que ela responde a vários processos na Justiça. Uma busca no Jusbrasil mostrou 83 processos no F da ministra, mas apenas dois são criminais, e ela não é ré em nenhuma das ações. O Comprova contextualiza.

Conteúdo analisadoVídeo de deputado exibindo a “ficha corrida” da nova ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, indica que ela responde a inúmeros processos. O parlamentar iguala o documento a uma “ficha de bandido”.

Onde foi publicado: Instagram.

Contextualizando: Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra o deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS) na tribuna do Congresso Nacional exibindo uma suposta “ficha corrida” da nova ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo. Este documento jurídico com histórico processual comprova que o cidadão não possui condenações criminais transitadas em julgado, cujo cumprimento ainda esteja em andamento. No discurso, o parlamentar afirma que ela responde a diversos processos na Justiça. Na publicação há legendas como “A ficha corrida da nova ministra de Lula”.

Apesar de Evaristo ser citada em vários processos no Jusbrasil (veja mais abaixo), a maior parte dos processos corre nas esferas cível e istrativa. Atualmente, Macaé responde a uma ação por improbidade istrativa na Justiça de Minas Gerais, referente a uma acusação de superfaturamento na compra de 190 mil kits de uniformes escolares, da época em que foi Secretária Municipal da Educação em Belo Horizonte, em 2011. O caso foi movido pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em 2016.

Os 13 outros processos dos quais era ré, referentes a outro caso de superfaturamento de mesas escolares, em 2015, foram arquivados a partir de um acordo com o MPMG. Macaé pagou cerca de R$ 10,4 mil. O Comprova detalha os aspectos do acordo mais abaixo.

No entanto, ainda há uma auditoria em andamento no Tribunal de Contas da União (TCU), sob o número 039.766/2023-3. A ministra é investigada por supostamente deixar um rombo de R$177, 3 milhões aos cofres públicos de Minas Gerais, quando era Secretária Estadual de Educação.

O sistema de processos do TCU relata que a auditoria foi instaurada em razão da não comprovação da regular aplicação dos recursos reados pela União para o atendimento ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

O processo ainda não foi apreciado pelo plenário do TCU, cujo relator é o ministro Jhonathan de Jesus. Em caso de condenação pelo rombo nas contas públicas, Macaé pode ser proibida de exercer cargos públicos e ser obrigada a devolver os recursos, além de ser multada.

Ela também poderá responder judicialmente pelo crime de improbidade istrativa, que é o ato contrário aos princípios básicos da istração pública. No entanto, nenhuma ação foi julgada até o momento da publicação desta checagem.

A quantos processos Macaé responde? 3g545p

A nova ministra dos Direitos Humanos e Cidadania responde, atualmente, a um processo por improbidade istrativa na Justiça de Minas Gerais, da época em que foi Secretária Municipal da Educação em Belo Horizonte, entre 2005 e 2012.

Conforme a Lei Nº 8.429, de 1992, o termo improbidade istrativa se refere à desonestidade de quem lida com o dinheiro público. Pode ser caracterizado por “qualquer ação ou omissão dolosa, que enseje, efetiva e comprovadamente, perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades [públicas]”.

Uma investigação do Ministério Público apontou que Macaé teria superfaturado a compra de 190 mil kits de uniformes escolares em 2011, beneficiando uma empresa inabilitada para participar de licitações. A secretaria teria comprado os kits por preços acima do mercado, causando um prejuízo de R$ 3,15 milhões aos cofres públicos. Com ajuste da inflação, o valor seria hoje de R$ 6,49 milhões.

Sobre a licitação de 2011, a ministra respondeu ao Estadão, em reportagem publicada em 9 de setembro, que não cometeu qualquer irregularidade e afirmou estar “tranquila e ciente do compromisso com a transparência e correta gestão dos recursos públicos”.

Macaé também explicou em nota ao Estadão que o processo licitatório de 2011 foi conduzido pela Comissão de Licitação, que não era vinculada à sua pasta, e aprovado pela “procuradoria do município”, que acompanhou e supervisionou todas as fases da licitação.

Folha de S.Paulo apurou que, durante a gestão de Fernando Pimentel (PT), entre 2015 e 2018, Macaé Evaristo optou por um acordo com o MPMG para encerrar pelo menos 13 processos também relacionados ao caso de compra de mobiliário e de kits escolares por improbidade istrativa.

Todos eles eram relacionados a um único contrato fechado com várias empresas. Por isso, foi desmembrado em ações diferentes. Todos eles apuravam o suposto superfaturamento na compra de carteiras escolares em 2015, época em que Macaé foi secretária estadual de Educação.

De acordo com o jornal, a ministra teria pago o valor de R$ 10,4 mil para o acordo com o MPMG a fim de encerrar o conjunto de ações.

Em nota ao Comprova, a assessoria de Macaé Evaristo respondeu, no dia 24 de setembro, que “nos processos ajuizados pelo Ministério Público de Minas Gerais, foram prestadas as informações necessárias, que culminaram em acordos para o encerramento”.

“Sobre o processo referente aos kits de uniformes escolares, licitados em 2012, em certame foi realizado e conduzido por servidores efetivos, e validado em todas as suas fases pela Procuradoria de Belo Horizonte. A secretária – por força do cargo – não dispunha de poder discricionário para contratar empresa diferente daquela que venceu a licitação. Por fim, em relação ao processo em andamento no Tribunal de Contas da União, trata-se de recursos regularmente reados pela secretaria de educação às unidades executoras do Programa, conforme demonstrativo encaminhado para a prestação de contas do FNDE, sendo a auditoria refente a aplicação pelas Caixas Escolares”, conclui a nota.

Total de processos envolvendo Macaé Evaristo 4u2z21

O Comprova utilizou o Jusbrasil para identificar os processos judiciais que citam Macaé. Para isso, pesquisamos pelo F da ministra para evitar homônimos (nomes iguais aos da ex-parlamentar), e encontramos 83 ações judiciais.

O volume, no entanto, não significa que a ministra tenha uma ficha criminal extensa, como sugeriu o deputado federal Mauricio Marcon no Plenário da Câmara. Isso porque, das 83 ações judiciais encontradas, apenas duas são de processos criminais – e, em ambos, a ministra é parte ativa na ação. Isto é, autora, e não ré.

Na primeira ação, Macaé é vítima do crime de ameaça. O indiciado no caso é identificado apenas com as iniciais F.F.R.S. O processo tramitou em julgado no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em outubro de 2022.

Na segunda ação criminal, Macaé é uma das impetrantes de um habeas corpus a favor de uma integrante do Coletivo Negras Autoras. A mulher foi acusada de falsidade ideológica e crime contra o estado de filiação após apresentar em um aeroporto um documento com erro de digitação no nome do pai do filho. O processo foi arquivado, também em outubro de 2022.

Além dos processos criminais, no F de Macaé Evaristo constam ainda 41 processos istrativos, 5 processos eleitorais (de registro de candidatura e prestação de contas) e 33 processos cíveis. Há também dois processos de 2011 que não estão disponíveis para o na plataforma, o que acontece com ações que correm em segredo de justiça.

A título de comparação, ao pesquisar no Jusbrasil pelo F de Marcon, o Comprova identificou um número semelhante de ações judiciais: foram localizados 77 processos. Em um deles, inclusive, o deputado é réu pelo crime de preconceito de raça ou de cor. O processo tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

Vale acrescentar que, quando pesquisamos por um nome no Jusbrasil, a plataforma alerta que participar de um processo não significa, necessariamente, ter cometido delito. Isso porque a pessoa pode ser autora, ré, advogada, juíza, dentre outros. Além disso, ao tentar copiar um trecho do site, a ferramenta sinaliza alguns cuidados necessários ao compartilhar informações sobre ações judiciais.

Quem é Macaé Evaristo? 1g23e

Prima da escritora Conceição Evaristo e nascida em São Gonçalo do Pará, em Minas Gerais, Macaé Maria Evaristo dos Santos, 59 anos, é formada em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), mestre em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutoranda em Educação pela mesma instituição.

Segundo a biografia da ex-parlamentar, no site da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e no site do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, ela é professora desde os 19 anos, e foi a primeira mulher negra a ocupar os cargos de secretária de Educação em Belo Horizonte (2005 a 2012) e no estado mineiro (2015 a 2018), nas gestões Fernando Pimentel (PT) e Márcio Lacerda (PSB) respectivamente.

Em 2013 e 2014, foi titular da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (MEC), durante o segundo mandato da então presidente Dilma Rousseff (2014-2016). No cargo, coordenou programas como Escolas Indígenas e as cotas para ingresso de estudantes de escola pública, negros e indígenas no ensino superior.

Em 2020, foi eleita vereadora pela primeira vez em Belo Horizonte. Já em 2022, foi eleita deputada estadual de Minas Gerais, com 50.416 votos.

Em 9 de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou a então deputada estadual mineira para o cargo de ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania. A nomeação de Macaé Evaristo foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, em substituição a Silvio Almeida, que foi demitido após acusações de assédio moral e sexual.

Na nota enviada ao Comprova, a assessoria da ministra reiterou que “desde que Macaé Evaristo foi indicada para o cargo de Ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, surgiram ataques nas redes sociais coordenados pela extrema direita, que distorce informações, criando uma campanha difamatória repleta de inverdades, com o intuito de macular sua imagem como gestora pública. Ao longo de sua trajetória no serviço público, Macaé se tornou referência nacional no campo da educação e do combate ao racismo. Como gestora, Macaé geriu recursos públicos, levando em conta os cuidados para a melhor destinação, sempre prezando pela transparência”.

O Comprova não conseguiu o à auditoria do MEC, cujo valor em dívida foi citado pelo UOL, nem à fonte que o deputado Maurício Marcon usou para localizar os processos a que ele indica que Macaé Evaristo responde no vídeo postado em seu perfil nas redes sociais.

As páginas que compartilharam o conteúdo foram procuradas, mas nenhuma respondeu até a publicação deste texto. Marcon também foi contatado pelo Comprova, que não obteve resposta.

Fontes consultadas: Pesquisamos o site JusBrasil para mensurar a quantidade de processos no qual o nome de Macaé Evaristo é citado. Contatamos a assessoria da ministra. Além disso, foram pesquisadas também reportagens sobre o assunto. Como o portal g1, que explicou o processo judicial que a ministra é ré, e o Estadão e a Agência Pública, que traçaram um perfil da integrante do governo federal. Também foram ados os sites do governo federal, bem como o site da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Mais Lidas 3n625k