{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/mundo/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/mundo/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/mundo/", "name": "Mundo", "description": "Fique por dentro sobre o que acontece no mundo. Américas, Europa, África, Ásia, Oceania e Oriente Médio estão em destaque ", "url": "/mundo/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/mundo/2020/11/4886233-eleicoes-nos-eua-que-desafios-esperam-o-proximo-presidente.html", "name": "Eleições nos EUA: que desafios esperam o próximo presidente?", "headline": "Eleições nos EUA: que desafios esperam o próximo presidente?", "description": "", "alternateName": "DISPUTA PELA CASA BRANCA", "alternativeHeadline": "DISPUTA PELA CASA BRANCA", "datePublished": "2020-11-03-0306:00:00-10800", "articleBody": "<p class="texto">Independentemente de quem vença as eleições presidenciais dos Estados Unidos, nesta terça-feira (2/11), alguns desafios precisarão ser enfrentados, inevitavelmente, pelo próximo presidente norte-americano. Embora Donald Trump e Joe Biden tenham preocupações diferentes, tanto o republicano quanto o democrata deverão dar respostas à questão racial, à divisão extremada da sociedade e à tensa relação do país com a China.</p> <p class="texto">Além da pandemia de covid-19, que impactou o mundo todo, os americanos tiveram de lidar em 2020 com o aumento da tensão racial, que motivou <a href="/app/noticia/mundo/2020/06/06/interna_mundo,861644/onda-de-protesto-contra-morte-de-george-floyd-se-espalha-pelo-mundo.shtml" target="_blank" rel="noopener noreferrer">diversos protestos por todo o país a partir da morte de George Floyd</a>, um homem negro, por policiais brancos. Uma resposta à questão é esperada dos dois candidatos, embora a cobrança seja ainda maior para Biden, pois, entre os democratas, 90% apoiam o movimento Vidas Negras Importam.</p> <p class="texto">"Ele tem de conter a violência policial, oferecer justiça social e reconhecer os erros do ado", destaca Neusa Maria Pereira Bojikian, pesquisadora do Instituto Nacional de Estudos Politicos sobre os EUA (INCT-INEU). Trump, no entanto, não poderá ignorar o problema, caso seja reeleito. "A tensão que se materializou nas ruas em milhares de incidentes ao longo deste ano tende a crescer", acredita Carlos Eduardo Lins, professor de relações internacionais do Insper.</p> <h3>Sociedade partida e China</h3> <p class="texto">Outra divisão que certamente ocupará o eleito será a política. As pesquisas apontam um resultado apertado, que deve resultar em um governo com apoio, no máximo, de uma curta minoria. Para Biden, o desafio será manter um discurso conciliador mesmo com o radicalismo trumpista disseminado na sociedade. Já Trump, que parece ter mais facilidade em governar em um cenário de confronto que os democratas, poderá ver a resistência ao seu governo aumentar, inclusive no Congresso. "É muito provável que a Câmara prossiga sob o controle, talvez ampliado, da oposição e é possível que o Senado e a ter maioria democrata. Isso dificultará o avanço de qualquer projeto do presidente que não seja de consenso", prevê Carlos Eduardo Lins, professor de relações internacionais do Insper.</p> <p class="texto">Por fim, a <a href="/app/noticia/mundo/2020/07/16/interna_mundo,872548/relacao-entre-eua-e-china-esta-cada-vez-mais-fragil-especialistas-ana.shtml" target="_blank" rel="noopener noreferrer">disputa com a China</a> certamente será outro ponto que tirará o sono do próximo presidente, seja ele Biden ou Trump. Durante a istração atual, a tensão entre as duas nações chegou à beira de um guerra fiscal. "Trump, se reeleito, terá o desafio de fechar um acordo comercial com a China, retomar o parque industrial americano, reduzir os gastos militares dos EUA no mundo e, basicamente, tentar a continuidade da sua agenda nacionalista econômica e isolacioanista em política internacional”, descreve Pedro Feliú Ribeiro, professor de relações internacionais da Universidade de São Paulo (USP).</p> <p class="texto">Já Biden deve, porvavelmente, mudar a abordagem em relação à China e volte a ter uma postura de maior cooperação internacional. "A preocupação com a China é tanto democrata quanto republicana. Os democratas, sob a liderança de Obama, costuraram o TPP (Parceria Transpacífica, acordo de livre comércio) como forma de balancear o avanço industrial e comercial chinês. Uma estratégia multilateral. Trump preferiu a bilateral. Esse vai ser um desafio para o democrata, retomar o TPP", opina Feliú.</p> <h3>Enfoques diferentes</h3> <p class="texto">Apesar de desafios em comum, alguns problemas devem preocupar mais um ou outro dos candidatos. A pandemia de coronavírus, embora seja um problema global, deve ocupar mais os esforços de Biden, que precisará mostrar, logo, ser capaz de dar uma <a href="/mundo/2020/11/4886034-infectologista-ve-risco-de-aumento-de-mortes-por-covid-19-nos-eua.html" target="_blank" rel="noopener noreferrer">resposta melhor à covid-19</a> do que Trump. “Responder de forma mais efetiva à pandemia de covid-19 será seu primeiro grande desafio. Muito difícil, embora possa ter a sorte de entrar com a curva diminuindo", diz Giorgio Romano Schutte, pesquisador do Observatório da Política Externa e da Inserção Internacional do Brasil (Opeb).</p> <p class="texto">Biden terá ainda de lidar com uma Suprema Corte mais conservadora. Com a morte da juíza Ruth Bader Ginsburg, uma das principais vozes progressistas do tribunal, a vaga foi preenchida por Amy Coney Barrett, que se soma a outros cinco juízes conservadores. O tribunal tem, agora, apenas três liberais. Devido à isso, pautas ligadas a temáticas como direitos LGBTQ+, meio ambiente e direitos das mulheres, defendidas por Biden, podem ser mais difíceis de ar.</p> <p class="texto">Já Trump deverá ser mais cobrado que Biden pelo <a href="/app/noticia/economia/2020/04/30/internas_economia,850015/desemprego-nos-estados-unidos-atinge-30-milhoes.shtml" target="_blank" rel="noopener noreferrer">desemprego</a>. Para a professora Bojikian, caso reeleito, o presidente terá que assumir as responsabilidades pela forma como atuou na pandemia. "Ele precisa ter um plano para combater o número de empregos perdidos. Eles estavam em pleno emprego, mas a crise chegou e eles estão com a taxa de desemprego em 7,9%, extremamente alta. O governo precisa levar esse índice para perto de 5%", afirma.</p> <p class="texto">O professor Giorgio Romano aponta outro desafio que caberá a Trump, mais especificamente: lidar com o próprio ego. "Se ele conseguir a reeleição e a maioria nas duas casas, o único desafio será seu próprio ego, lembrando que ele tem uma maioria no Supremo e uma base mobilizada. Caso contrário, seu principal desafio será negociar com o Poder Legislativo”, opina.<br /></p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2020%2F09%2F30%2F000_8r24f3-6314714.jpg", "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2020%2F09%2F30%2F000_8r24f3-6314714.jpg", "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2020%2F09%2F30%2F820x547%2F1_000_8r24f3-6314714.jpg" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Thays Martins", "url": "/autor?termo=thays-martins" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correiobraziliense5378" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "http://concursos.correioweb.com.br/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 56131p

Eleições nos EUA 6i482n que desafios esperam o próximo presidente?
DISPUTA PELA CASA BRANCA

Eleições nos EUA: que desafios esperam o próximo presidente? 6i604z

Se eleitos, Biden e Trump poderão ser cobrados de forma diferente a respeito de algumas questões, mas problemas como a tensão racial e a relação com a China não poderão ser ignorados por quem quer que seja o vencedor 2jq1k

Independentemente de quem vença as eleições presidenciais dos Estados Unidos, nesta terça-feira (2/11), alguns desafios precisarão ser enfrentados, inevitavelmente, pelo próximo presidente norte-americano. Embora Donald Trump e Joe Biden tenham preocupações diferentes, tanto o republicano quanto o democrata deverão dar respostas à questão racial, à divisão extremada da sociedade e à tensa relação do país com a China.

Além da pandemia de covid-19, que impactou o mundo todo, os americanos tiveram de lidar em 2020 com o aumento da tensão racial, que motivou diversos protestos por todo o país a partir da morte de George Floyd, um homem negro, por policiais brancos. Uma resposta à questão é esperada dos dois candidatos, embora a cobrança seja ainda maior para Biden, pois, entre os democratas, 90% apoiam o movimento Vidas Negras Importam.

"Ele tem de conter a violência policial, oferecer justiça social e reconhecer os erros do ado", destaca Neusa Maria Pereira Bojikian, pesquisadora do Instituto Nacional de Estudos Politicos sobre os EUA (INCT-INEU). Trump, no entanto, não poderá ignorar o problema, caso seja reeleito. "A tensão que se materializou nas ruas em milhares de incidentes ao longo deste ano tende a crescer", acredita Carlos Eduardo Lins, professor de relações internacionais do Insper.

Sociedade partida e China 111y6r

Outra divisão que certamente ocupará o eleito será a política. As pesquisas apontam um resultado apertado, que deve resultar em um governo com apoio, no máximo, de uma curta minoria. Para Biden, o desafio será manter um discurso conciliador mesmo com o radicalismo trumpista disseminado na sociedade. Já Trump, que parece ter mais facilidade em governar em um cenário de confronto que os democratas, poderá ver a resistência ao seu governo aumentar, inclusive no Congresso. "É muito provável que a Câmara prossiga sob o controle, talvez ampliado, da oposição e é possível que o Senado e a ter maioria democrata. Isso dificultará o avanço de qualquer projeto do presidente que não seja de consenso", prevê Carlos Eduardo Lins, professor de relações internacionais do Insper.

Por fim, a disputa com a China certamente será outro ponto que tirará o sono do próximo presidente, seja ele Biden ou Trump. Durante a istração atual, a tensão entre as duas nações chegou à beira de um guerra fiscal. "Trump, se reeleito, terá o desafio de fechar um acordo comercial com a China, retomar o parque industrial americano, reduzir os gastos militares dos EUA no mundo e, basicamente, tentar a continuidade da sua agenda nacionalista econômica e isolacioanista em política internacional”, descreve Pedro Feliú Ribeiro, professor de relações internacionais da Universidade de São Paulo (USP).

Já Biden deve, porvavelmente, mudar a abordagem em relação à China e volte a ter uma postura de maior cooperação internacional. "A preocupação com a China é tanto democrata quanto republicana. Os democratas, sob a liderança de Obama, costuraram o TPP (Parceria Transpacífica, acordo de livre comércio) como forma de balancear o avanço industrial e comercial chinês. Uma estratégia multilateral. Trump preferiu a bilateral. Esse vai ser um desafio para o democrata, retomar o TPP", opina Feliú.

Enfoques diferentes 6v3q4w

Apesar de desafios em comum, alguns problemas devem preocupar mais um ou outro dos candidatos. A pandemia de coronavírus, embora seja um problema global, deve ocupar mais os esforços de Biden, que precisará mostrar, logo, ser capaz de dar uma resposta melhor à covid-19 do que Trump. “Responder de forma mais efetiva à pandemia de covid-19 será seu primeiro grande desafio. Muito difícil, embora possa ter a sorte de entrar com a curva diminuindo", diz Giorgio Romano Schutte, pesquisador do Observatório da Política Externa e da Inserção Internacional do Brasil (Opeb).

Biden terá ainda de lidar com uma Suprema Corte mais conservadora. Com a morte da juíza Ruth Bader Ginsburg, uma das principais vozes progressistas do tribunal, a vaga foi preenchida por Amy Coney Barrett, que se soma a outros cinco juízes conservadores. O tribunal tem, agora, apenas três liberais. Devido à isso, pautas ligadas a temáticas como direitos LGBTQ+, meio ambiente e direitos das mulheres, defendidas por Biden, podem ser mais difíceis de ar.

Já Trump deverá ser mais cobrado que Biden pelo desemprego. Para a professora Bojikian, caso reeleito, o presidente terá que assumir as responsabilidades pela forma como atuou na pandemia. "Ele precisa ter um plano para combater o número de empregos perdidos. Eles estavam em pleno emprego, mas a crise chegou e eles estão com a taxa de desemprego em 7,9%, extremamente alta. O governo precisa levar esse índice para perto de 5%", afirma.

O professor Giorgio Romano aponta outro desafio que caberá a Trump, mais especificamente: lidar com o próprio ego. "Se ele conseguir a reeleição e a maioria nas duas casas, o único desafio será seu próprio ego, lembrando que ele tem uma maioria no Supremo e uma base mobilizada. Caso contrário, seu principal desafio será negociar com o Poder Legislativo”, opina.

Saiba Mais 426iu