{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/mundo/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/mundo/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/mundo/", "name": "Mundo", "description": "Fique por dentro sobre o que acontece no mundo. Américas, Europa, África, Ásia, Oceania e Oriente Médio estão em destaque ", "url": "/mundo/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/mundo/2024/05/6863025-israel-esta-a-caminho-de-se-converter-num-estado-paria-diz-ex-embaixador-israelense.html", "name": "'Israel está a caminho de se converter num Estado pária', diz ex-embaixador israelense", "headline": "'Israel está a caminho de se converter num Estado pária', diz ex-embaixador israelense", "description": "", "alternateName": "Notícias", "alternativeHeadline": "Notícias", "datePublished": "2024-05-23T08:29:08Z", "articleBody": " <p class="texto">Israel está a caminho de se transformar em um Estado pária se o primeiro-ministro <a href="https://correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com/portuguese/topics/ckdxnd3830pt?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">Benjamin Netanyahu</a> mantiver as atuais políticas e a condução da <a href="https://correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com/portuguese/articles/clwe05xqjxno?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">guerra em Gaza</a>, na avaliação de um ex-alto diplomata israelense.</p><p class="texto">Em entrevista à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, o ex-embaixador Alon Pinkas, uma das principais vozes em <a href="https://correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com/portuguese/topics/cjgn7g13q3kt?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">Israel </a>críticas à forma como a guerra tem sido conduzida, diz que sem mudanças seu país vai ficar cada vez mais isolado no mundo.</p><p class="texto">Mais de sete meses após os <a href="https://correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com/portuguese/articles/crgp0qj39y4o?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">ataques de 7 de outubro</a> que desencadearam a guerra em <a href="https://correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com/portuguese/articles/clwe05xqjxno?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">Gaza</a>, a opinião pública a nível mundial parece ter mudado. A solidariedade inicial que <a href="https://correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com/portuguese/topics/cjgn7g13q3kt?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">Israel</a> recebeu após o ataque do <a href="https://correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com/portuguese/topics/cnq68qr85wnt?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">Hamas</a> deu lugar a <a href="https://correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com/portuguese/articles/cj5lnr697q6o?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">protestos</a> e duras críticas, até mesmo por parte de países tradicionalmente aliados.</p><p class="texto">A reação militar na Faixa de Gaza de Israel já deixou milhares de mortos e centenas de milhares de desabrigados.</p><p class="texto">Nesta semana, o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI) solicitou a emissão de mandados de prisão contra Netanyahu e líderes do Hamas, por acusações de crimes de guerra e contra a humanidade. </p><p class="texto">Netanyahu classificou o pedido como um "ultraje moral de proporções históricas" e disse que Israel trava "uma guerra justa contra o Hamas, uma organização terrorista genocida que perpetrou o pior ataque ao povo judeu desde o Holocausto".</p><p class="texto">Israel nega alvejar civis palestinos indiscriminadamente na Faixa de Gaza e afirma que a escassez de alimentos no território palestino não é causada por seu cerco militar.</p><p class="texto">Netanyahu diz que os objetivos da guerra são a destruição do Hamas e o retorno de dezenas de israelenses tomados como reféns pelo grupo palestino.</p><p class="texto">Para o ex-embaixador Pinkas, é possível "entender as razões" para a guerra e até "justificar o sentimento" em Israel, mas há uma desproporcionalidade no conflito que já dura muito tempo.</p><p class="texto">"Se Israel tivesse conseguido, depois de dois, talvez três meses, destruir completamente o Hamas, enquanto tentava minimizar — nem digo conseguindo, mas pelo menos tentando minimizar de forma séria e sincera — as mortes de civis, acho que o mundo seria crítico, mas tolerante com o que aconteceu", diz ele. "A verdade é que já se aram quase oito meses, e não há um fim à vista."</p><p class="texto">Pinkas foi chefe de gabinete de quatro ministros das Relações Exteriores israelenses, e participou dos diálogos entre <a href="https://correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com/portuguese/topics/c5qvpqydjk0t?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">Israel e Palestina</a> que se seguiram à Cúpula para a Paz no Oriente Médio, em Camp David, no ano 2000.</p><p class="texto">Ele também foi embaixador e cônsul-geral de Israel em Nova York.</p><p class="texto">A seguir, confira os principais trechos da entrevista que ele concedeu à BBC News Mundo:</p><figure> <img alt="Parentes das vítimas do ataque de 7 de outubro se abraçando" src="https://ichef.bbci.co.uk/news/raw/sprodpb/64eb/live/102f3e30-17d1-11ef-befa-834e2541fa6a.jpg" width="1018" height="573" /> <footer>Getty Images</footer> <figcaption>7 de outubro de 2023 foi o dia em que mais judeus foram mortos desde o Holocausto</figcaption> </figure><p class="texto"><strong>BBC News Mundo - Israel recebeu apoio de grande parte do mundo depois que o Hamas matou 1,2 mil pessoas e sequestrou mais de 200 durante o ataque de 7 de outubro. No entanto, sete meses depois, este apoio parece ter desaparecido. Muitos veem Israel mais como agressor do que como vítima. O que aconteceu?</strong></p><p class="texto"><strong>Alon Pinkas</strong> - Bom, aconteceram duas coisas.</p><p class="texto">A primeira foi a retaliação militar desproporcional realizada por Israel. Posso entender as razões, posso até justificar o sentimento, mas a desproporcionalidade continuou por muito tempo e, sem perceber — três ou quatro semanas depois do 7 de outubro —, o mundo foi exposto a cenas de destruição, carnificina e morte indiscriminada de civis em Gaza, que foram seguidas por uma grande incursão terrestre israelense no norte de Gaza.</p><p class="texto">E, de repente, as pessoas começaram a esquecer o que causou isso, e o que o Hamas fez em 7 de outubro. O que elas viam diariamente era a destruição israelense de Gaza. Foi isso que mudou a opinião pública. </p><p class="texto">A segunda coisa que aconteceu foi que, com o ar do tempo, as pessoas foram lembradas das condições que existiam antes mesmo de 7 de outubro — o que as pessoas consideram uma implacável ocupação israelense da Cisjordânia e um cerco a Gaza —, e as pessoas, especialmente as mais engajadas politicamente, viram isso como mais uma prova e argumento de que Israel é uma potência colonial que despreza totalmente as vidas e esperanças palestinas.</p><p class="texto">Então, você soma os dois aspectos, e obtém uma mudança significativa na opinião pública a nível mundial.</p><p class="texto"><strong>BBC News Mundo - O governo israelense discorda da ideia de que esteja travando esta guerra de forma desproporcional. Você considera esta uma guerra desproporcional?</strong></p><p class="texto"><strong>Pinkas</strong> - Acho que poderia ter sido gerenciada de forma mais inteligente, e esta é a essência da crítica americana a Israel: embora a guerra em si seja uma guerra justa, e o uso de meios militares seja justificado, o alcance, a dimensão e a duração têm sido excessivos.</p><p class="texto">Se Israel tivesse conseguido, depois de dois, talvez três meses, destruir completamente o Hamas, enquanto tentava minimizar — nem digo conseguindo, mas pelo menos tentando minimizar de forma séria e sincera — as mortes de civis, acho que o mundo seria crítico, mas tolerante com o que aconteceu.</p><p class="texto">A verdade é que já se aram quase oito meses, e não há um fim à vista. Então, sim, em termos de como Israel empregou a força militar, concordo com isso.</p><figure> <img alt="Homem caminhando com um colchão por uma rua destruída em Gaza" src="https://ichef.bbci.co.uk/news/raw/sprodpb/c347/live/a7d6f160-17d1-11ef-80aa-699d54c46324.jpg" width="1024" height="683" /> <footer>Getty Images</footer> <figcaption>Ações de Israel em Gaza já deixaram centenas de milhares de desabrigados</figcaption> </figure><p class="texto"><strong>BBC News Mundo - A </strong><a href="https://correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com/portuguese/articles/c1v13p567wro?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">África do Sul levou Israel à Corte Internacional de Justiça (CIJ)</a><strong>, a Turquia suspendeu o comércio bilateral, a Assembleia Geral da ONU tem pressionado pelo </strong><a href="https://correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com/portuguese/articles/c033zm2vn3mo?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D"><strong>reconhecimento de um Estado Palestino</strong></a><strong>, há protestos em várias cidades e universidades contra Israel, e até o governo dos </strong><a href="https://correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com/portuguese/articles/c4n1yx0615jo?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D"><strong>EUA suspendeu a entrega de algumas armas</strong></a><strong>. E agora, o </strong><a href="https://correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com/portuguese/articles/c0vv12nr2d8o?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D"><strong>procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI) solicitou a emissão de um mandado de prisão para Netanyahu</strong></a><strong> e o seu ministro da Defesa, Yoav Gallant.</strong></p><p class="texto"><strong>Israel corre o risco de se tornar um Estado pária?</strong></p><p class="texto"><strong>Pinkas</strong> - Isso depende de Israel, depende se vai haver ou não uma mudança na política. Enquanto este governo estiver no poder, e Netanyahu for primeiro-ministro, não vejo como a política mudar.</p><p class="texto">Não acredito que a África do Sul tenha sucesso na CIJ, porque está argumentando que isso é um genocídio, e para provar isso, é preciso demonstrar que havia a intenção de cometer genocídio, e isso vai ser extraordinariamente difícil.</p><p class="texto">No entanto, se pegarmos todas as questões que você mencionou, e ligarmos todos os pontos, surge um panorama sombrio de um país que ainda não é um pária, mas que está cada vez mais isolado e marcado.</p><p class="texto"><strong>BBC News Mundo - Você disse recentemente que Israel estava se tornando um pária em câmera lenta...</strong></p><p class="texto"><strong>Pinkas</strong> - Correto. Se as políticas persistirem, se esta trajetória política persistir, infelizmente é este o caminho que estamos seguindo.</p><figure> <img alt="Benjamín Netanyahu" src="https://ichef.bbci.co.uk/news/raw/sprodpb/929f/live/f65ffe10-186e-11ef-b1ce-2fa28be2f75b.jpg" width="3281" height="1845" /> <footer>Getty Images</footer> <figcaption>Segundo Pinkas, as políticas de Netanyahu estão isolando Israel</figcaption> </figure><p class="texto"><strong>BBC News Mundo - Quais são os fatores que estão contribuindo para o isolamento de Israel?</strong></p><p class="texto"><strong>Pinkas</strong> - Bom, a política.</p><p class="texto">O fato de Israel não ter e, na verdade, ter se recusado a apresentar uma política pós-guerra para Gaza; o fato de Israel ter dito que não iria ficar em Gaza, mas ter permanecido em Gaza; o fato de Israel não estar seguindo os conselhos dos EUA.</p><p class="texto">Você soma todas essas coisas, e vê o processo — que você chama— de se tornar um pária em câmera lenta.</p><p class="texto"><strong>BBC News Mundo - Bem, esta foi uma citação sua. Netanyahu disse que Israel vai seguir adiante com a guerra mesmo que precise fazer isso sozinho...</strong></p><p class="texto"><strong>Pinkas</strong> - Isso é bobagem. Você não pode fazer isso sozinho. É ele sendo arrogante, mas ao mesmo tempo incapaz.</p><p class="texto">Ele sabe que não pode, e diz isso para consumo interno em Israel.</p><p class="texto">As únicas razões pelas quais ele diz isso são por razões políticas.</p><p class="texto"><strong>BBC News Mundo - Você está preocupado com os danos a longo prazo à imagem de Israel no mundo?</strong></p><p class="texto"><strong>Pinkas</strong> - Sim, muito. Acho que o secretário de Estado americano, Antony Blinken, alertou que Israel está causando um dano geracional à sua própria reputação e marca.</p><figure> <img alt="Alon Pinkas" src="https://ichef.bbci.co.uk/news/raw/sprodpb/b091/live/fc0626c0-17d1-11ef-80aa-699d54c46324.jpg" width="1024" height="694" /> <footer>Getty Images</footer> <figcaption>Alon Pinkas, retratado aqui na época em que trabalhava como diplomata de Israel</figcaption> </figure><p class="texto"><strong>BBC News Mundo - Você mencionou o futuro de Gaza. Qual é a sua opinião sobre a aparente divisão dentro do gabinete de guerra israelense sobre o futuro de Gaza? Benny Gantz, membro deste gabinete, estabeleceu um prazo para Netanyahu apresentar um plano...</strong></p><p class="texto"><strong>Pinkas</strong> - Bom, não. Tudo o que ele pediu foi que Netanyahu elaborasse um plano. Portanto, é concebível que Netanyahu possa criar um plano que não tem intenção de executar, e que satisfaria Gantz.</p><p class="texto">Não vejo divisões reais dentro do gabinete de guerra neste momento.</p><p class="texto"><strong>BBC News Mundo - Mas o ministro da Defesa, Yoav Gallant, disse que a falta de um plano estava prejudicando Israel, e ele se opõe a um governo militar de longo prazo de Israel sobre Gaza...</strong></p><p class="texto"><strong>Pinkas</strong> - É verdade, mas isso é para depois da guerra, e a guerra nem sequer acabou, por isso não posso dizer que isso reflete algum tipo de divisão que possa causar problemas políticos.</p><p class="texto">Poderia causar se Gantz e Gallant trabalhassem juntos e apresentassem a Netanyahu um ultimato sério. Não um discurso para o público, mas um ultimato sério: vemos o plano ou denunciamos seu blefe.</p><p class="texto">Assim, pode ser que seja útil e significativo, até então é tudo arrogância política.</p><p class="texto"><strong>BBC News Mundo - Algumas pessoas destacam as dificuldades para entrada de ajuda humanitária em Gaza como um sinal da falta de empatia de Israel em relação à população civil de Gaza. O que você diria?</strong></p><p class="texto"><strong>Pinkas</strong> - Houve falta de empatia pela devastação e dor que Israel sofreu no dia 7 de outubro.</p><p class="texto">Foi só depois de uma grande pressão americana que Israel permitiu a entrada desta ajuda humanitária, e acho que você sabe que Israel não pode se dar ao luxo de continuar sendo visto como um país que impede a ajuda humanitária.</p><p class="texto"><strong>BBC News Mundo - O fato de que Netanyahu não parece aceitar uma Autoridade Palestina governando Gaza, a atual operação em Rafah e o fato de seu governo não parecer capaz ou não estar disposto a suspender os ataque contra palestinos na Cisjordânia, são elementos usados ??pelos críticos de Israel para dizer que Israel quer conquistar todos os territórios "do rio ao mar"…</strong></p><p class="texto"><strong>Pinkas</strong> - Isso é bobagem. A opinião pública é contra isso, não pode ser concretizado na prática, e o que se ouve dos políticos de direita é simplesmente uma bobagem.</p><p class="texto">Isso não vai acontecer. Entendo que os críticos utilizem isso como um ponto contra Israel, mas simplesmente não vai acontecer.</p><figure> <img alt="Yoav Gallant e Benny Gantz" src="https://ichef.bbci.co.uk/news/raw/sprodpb/aeb6/live/6fdbedf0-17d2-11ef-8566-27b0b9f7d03b.jpg" width="2388" height="1344" /> <footer>Getty Images</footer> <figcaption>Yoav Gallant e Benny Gantz, membros do gabinete de guerra de Israel, criticaram Netanyahu por não ter um plano para Gaza quando o conflito terminar</figcaption> </figure><p class="texto"><strong>BBC News Mundo - Muitos especialistas e pessoas que se consideram amigos de Israel nos Estados Unidos e em outros lugares fizeram desde o início um apelo para que Israel evitasse este tipo de guerra. Eles argumentavam que isso seria entrar no jogo do Hamas. Não havia realmente alternativas à forma como Israel travou esta guerra?</strong></p><p class="texto"><strong>Pinkas</strong> - Claro, havia muitas alternativas.</p><p class="texto">Ameaçar uma invasão, fazer isso rapidamente, e primeiro garantir um acordo para libertar os reféns. Havia várias outras maneiras de fazer isso.</p><p class="texto">Aliás, começar pelo sul, onde está Rafah, e não pelo norte, porque se o Hamas está concentrado em Rafah, por que então invadir o norte e provocar uma crise humanitária?</p><p class="texto">Havia muitas formas operacionais militares de conduzir esta guerra de maneira diferente.</p><p class="texto"><strong>BBC News Mundo - Alguns analistas dizem que esta guerra afastou ainda mais Israel e os palestinos, e que serão necessárias gerações para curar as feridas. Mas, ao mesmo tempo, há um forte impulso por parte dos Estados Unidos e de outros países a favor de uma solução de dois Estados. </strong></p><p class="texto"><strong>Quão perto ou longe você acha que estaremos disto depois desta guerra? Será que alguma coisa disso vai tornar a solução de dois Estados mais difícil ou mais fácil?</strong></p><p class="texto"><strong>Pinkas</strong> - Esta é uma ótima pergunta, mas é hipotética. Depende de como a guerra terminar.</p><p class="texto">À primeira vista, estamos mais distantes, mas também percebemos que o <em>status quo</em> não pode ser sustentado, por isso, na realidade, estamos mais próximos, mas não com estes governos.</p><ul> <li><a href="https://correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com/portuguese/articles/c033zm2vn3mo?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">Três países europeus reconhecem Estado Palestino — o que isso significa para Israel e Gaza</a></li><li><a href="https://correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com/portuguese/articles/c0vv12nr2d8o?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">O que pedido de prisão de Netanyahu significa para Israel</a></li><li><a href="https://correiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com/portuguese/articles/cndd3edjy04o?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">Palestinos detidos são 'algemados a camas e submetidos a procedimento médico sem anestesia em hospitais de Israel'</a></li> </ul><img src="https://a1.api.bbc.co.uk/hit.xiti/?s=598346&p=portuguese.articles.cljjrl8210lo.page&x1=%5Burn%3Abbc%3Aoptimo%3Aasset%3Acljjrl8210lo%5D&x4=%5Bpt-br%5D&x5=%5Bhttps%3A%2F%2Fcorreiobraziliense-br.amazoniaemfoco.com%2Fportuguese%2Farticles%2Fcljjrl8210lo%5D&x7=%5Barticle%5D&x8=%5Bsynd_nojs_ISAPI%5D&x9=%5B%27Israel+est%C3%A1+a+caminho+de+se+converter+num+Estado+p%C3%A1ria%27%2C+diz+ex-embaixador+israelense%5D&x11=%5B2024-05-23T11%3A27%3A54.807Z%5D&x12=%5B2024-05-23T11%3A27%3A54.807Z%5D&x19=%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D" /> ", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/23/1200x801/1_fc9795d0_18d8_11ef_8843_331f700e81a8-37347987.jpg?20240523082931?20240523082931", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/23/1000x1000/1_fc9795d0_18d8_11ef_8843_331f700e81a8-37347987.jpg?20240523082931?20240523082931", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/23/800x600/1_fc9795d0_18d8_11ef_8843_331f700e81a8-37347987.jpg?20240523082931?20240523082931" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Redação - BBC News Mundo", "url": "/autor?termo=redacao---bbc-news-mundo" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 5j312p

'Israel está a caminho de se converter num Estado pária' 1x6019 diz ex-embaixador israelense
Notícias

'Israel está a caminho de se converter num Estado pária', diz ex-embaixador israelense 3m724e

Alon Pinkas alerta em entrevista à BBC News Mundo que se Netanyahu mantiver as atuais políticas, seu país vai ficar cada vez mais isolado. 3u3g4q

Israel está a caminho de se transformar em um Estado pária se o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu mantiver as atuais políticas e a condução da guerra em Gaza, na avaliação de um ex-alto diplomata israelense.

Em entrevista à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, o ex-embaixador Alon Pinkas, uma das principais vozes em Israel críticas à forma como a guerra tem sido conduzida, diz que sem mudanças seu país vai ficar cada vez mais isolado no mundo.

Mais de sete meses após os ataques de 7 de outubro que desencadearam a guerra em Gaza, a opinião pública a nível mundial parece ter mudado. A solidariedade inicial que Israel recebeu após o ataque do Hamas deu lugar a protestos e duras críticas, até mesmo por parte de países tradicionalmente aliados.

A reação militar na Faixa de Gaza de Israel já deixou milhares de mortos e centenas de milhares de desabrigados.

Nesta semana, o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI) solicitou a emissão de mandados de prisão contra Netanyahu e líderes do Hamas, por acusações de crimes de guerra e contra a humanidade.

Netanyahu classificou o pedido como um "ultraje moral de proporções históricas" e disse que Israel trava "uma guerra justa contra o Hamas, uma organização terrorista genocida que perpetrou o pior ataque ao povo judeu desde o Holocausto".

Israel nega alvejar civis palestinos indiscriminadamente na Faixa de Gaza e afirma que a escassez de alimentos no território palestino não é causada por seu cerco militar.

Netanyahu diz que os objetivos da guerra são a destruição do Hamas e o retorno de dezenas de israelenses tomados como reféns pelo grupo palestino.

Para o ex-embaixador Pinkas, é possível "entender as razões" para a guerra e até "justificar o sentimento" em Israel, mas há uma desproporcionalidade no conflito que já dura muito tempo.

"Se Israel tivesse conseguido, depois de dois, talvez três meses, destruir completamente o Hamas, enquanto tentava minimizar — nem digo conseguindo, mas pelo menos tentando minimizar de forma séria e sincera — as mortes de civis, acho que o mundo seria crítico, mas tolerante com o que aconteceu", diz ele. "A verdade é que já se aram quase oito meses, e não há um fim à vista."

Pinkas foi chefe de gabinete de quatro ministros das Relações Exteriores israelenses, e participou dos diálogos entre Israel e Palestina que se seguiram à Cúpula para a Paz no Oriente Médio, em Camp David, no ano 2000.

Ele também foi embaixador e cônsul-geral de Israel em Nova York.

A seguir, confira os principais trechos da entrevista que ele concedeu à BBC News Mundo:

Getty Images
7 de outubro de 2023 foi o dia em que mais judeus foram mortos desde o Holocausto

BBC News Mundo - Israel recebeu apoio de grande parte do mundo depois que o Hamas matou 1,2 mil pessoas e sequestrou mais de 200 durante o ataque de 7 de outubro. No entanto, sete meses depois, este apoio parece ter desaparecido. Muitos veem Israel mais como agressor do que como vítima. O que aconteceu?

Alon Pinkas - Bom, aconteceram duas coisas.

A primeira foi a retaliação militar desproporcional realizada por Israel. Posso entender as razões, posso até justificar o sentimento, mas a desproporcionalidade continuou por muito tempo e, sem perceber — três ou quatro semanas depois do 7 de outubro —, o mundo foi exposto a cenas de destruição, carnificina e morte indiscriminada de civis em Gaza, que foram seguidas por uma grande incursão terrestre israelense no norte de Gaza.

E, de repente, as pessoas começaram a esquecer o que causou isso, e o que o Hamas fez em 7 de outubro. O que elas viam diariamente era a destruição israelense de Gaza. Foi isso que mudou a opinião pública.

A segunda coisa que aconteceu foi que, com o ar do tempo, as pessoas foram lembradas das condições que existiam antes mesmo de 7 de outubro — o que as pessoas consideram uma implacável ocupação israelense da Cisjordânia e um cerco a Gaza —, e as pessoas, especialmente as mais engajadas politicamente, viram isso como mais uma prova e argumento de que Israel é uma potência colonial que despreza totalmente as vidas e esperanças palestinas.

Então, você soma os dois aspectos, e obtém uma mudança significativa na opinião pública a nível mundial.

BBC News Mundo - O governo israelense discorda da ideia de que esteja travando esta guerra de forma desproporcional. Você considera esta uma guerra desproporcional?

Pinkas - Acho que poderia ter sido gerenciada de forma mais inteligente, e esta é a essência da crítica americana a Israel: embora a guerra em si seja uma guerra justa, e o uso de meios militares seja justificado, o alcance, a dimensão e a duração têm sido excessivos.

Se Israel tivesse conseguido, depois de dois, talvez três meses, destruir completamente o Hamas, enquanto tentava minimizar — nem digo conseguindo, mas pelo menos tentando minimizar de forma séria e sincera — as mortes de civis, acho que o mundo seria crítico, mas tolerante com o que aconteceu.

A verdade é que já se aram quase oito meses, e não há um fim à vista. Então, sim, em termos de como Israel empregou a força militar, concordo com isso.

Getty Images
Ações de Israel em Gaza já deixaram centenas de milhares de desabrigados

BBC News Mundo - A África do Sul levou Israel à Corte Internacional de Justiça (CIJ), a Turquia suspendeu o comércio bilateral, a Assembleia Geral da ONU tem pressionado pelo reconhecimento de um Estado Palestino, há protestos em várias cidades e universidades contra Israel, e até o governo dos EUA suspendeu a entrega de algumas armas. E agora, o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI) solicitou a emissão de um mandado de prisão para Netanyahu e o seu ministro da Defesa, Yoav Gallant.

Israel corre o risco de se tornar um Estado pária?

Pinkas - Isso depende de Israel, depende se vai haver ou não uma mudança na política. Enquanto este governo estiver no poder, e Netanyahu for primeiro-ministro, não vejo como a política mudar.

Não acredito que a África do Sul tenha sucesso na CIJ, porque está argumentando que isso é um genocídio, e para provar isso, é preciso demonstrar que havia a intenção de cometer genocídio, e isso vai ser extraordinariamente difícil.

No entanto, se pegarmos todas as questões que você mencionou, e ligarmos todos os pontos, surge um panorama sombrio de um país que ainda não é um pária, mas que está cada vez mais isolado e marcado.

BBC News Mundo - Você disse recentemente que Israel estava se tornando um pária em câmera lenta...

Pinkas - Correto. Se as políticas persistirem, se esta trajetória política persistir, infelizmente é este o caminho que estamos seguindo.

Getty Images
Segundo Pinkas, as políticas de Netanyahu estão isolando Israel

BBC News Mundo - Quais são os fatores que estão contribuindo para o isolamento de Israel?

Pinkas - Bom, a política.

O fato de Israel não ter e, na verdade, ter se recusado a apresentar uma política pós-guerra para Gaza; o fato de Israel ter dito que não iria ficar em Gaza, mas ter permanecido em Gaza; o fato de Israel não estar seguindo os conselhos dos EUA.

Você soma todas essas coisas, e vê o processo — que você chama— de se tornar um pária em câmera lenta.

BBC News Mundo - Bem, esta foi uma citação sua. Netanyahu disse que Israel vai seguir adiante com a guerra mesmo que precise fazer isso sozinho...

Pinkas - Isso é bobagem. Você não pode fazer isso sozinho. É ele sendo arrogante, mas ao mesmo tempo incapaz.

Ele sabe que não pode, e diz isso para consumo interno em Israel.

As únicas razões pelas quais ele diz isso são por razões políticas.

BBC News Mundo - Você está preocupado com os danos a longo prazo à imagem de Israel no mundo?

Pinkas - Sim, muito. Acho que o secretário de Estado americano, Antony Blinken, alertou que Israel está causando um dano geracional à sua própria reputação e marca.

Getty Images
Alon Pinkas, retratado aqui na época em que trabalhava como diplomata de Israel

BBC News Mundo - Você mencionou o futuro de Gaza. Qual é a sua opinião sobre a aparente divisão dentro do gabinete de guerra israelense sobre o futuro de Gaza? Benny Gantz, membro deste gabinete, estabeleceu um prazo para Netanyahu apresentar um plano...

Pinkas - Bom, não. Tudo o que ele pediu foi que Netanyahu elaborasse um plano. Portanto, é concebível que Netanyahu possa criar um plano que não tem intenção de executar, e que satisfaria Gantz.

Não vejo divisões reais dentro do gabinete de guerra neste momento.

BBC News Mundo - Mas o ministro da Defesa, Yoav Gallant, disse que a falta de um plano estava prejudicando Israel, e ele se opõe a um governo militar de longo prazo de Israel sobre Gaza...

Pinkas - É verdade, mas isso é para depois da guerra, e a guerra nem sequer acabou, por isso não posso dizer que isso reflete algum tipo de divisão que possa causar problemas políticos.

Poderia causar se Gantz e Gallant trabalhassem juntos e apresentassem a Netanyahu um ultimato sério. Não um discurso para o público, mas um ultimato sério: vemos o plano ou denunciamos seu blefe.

Assim, pode ser que seja útil e significativo, até então é tudo arrogância política.

BBC News Mundo - Algumas pessoas destacam as dificuldades para entrada de ajuda humanitária em Gaza como um sinal da falta de empatia de Israel em relação à população civil de Gaza. O que você diria?

Pinkas - Houve falta de empatia pela devastação e dor que Israel sofreu no dia 7 de outubro.

Foi só depois de uma grande pressão americana que Israel permitiu a entrada desta ajuda humanitária, e acho que você sabe que Israel não pode se dar ao luxo de continuar sendo visto como um país que impede a ajuda humanitária.

BBC News Mundo - O fato de que Netanyahu não parece aceitar uma Autoridade Palestina governando Gaza, a atual operação em Rafah e o fato de seu governo não parecer capaz ou não estar disposto a suspender os ataque contra palestinos na Cisjordânia, são elementos usados ??pelos críticos de Israel para dizer que Israel quer conquistar todos os territórios "do rio ao mar"…

Pinkas - Isso é bobagem. A opinião pública é contra isso, não pode ser concretizado na prática, e o que se ouve dos políticos de direita é simplesmente uma bobagem.

Isso não vai acontecer. Entendo que os críticos utilizem isso como um ponto contra Israel, mas simplesmente não vai acontecer.

Getty Images
Yoav Gallant e Benny Gantz, membros do gabinete de guerra de Israel, criticaram Netanyahu por não ter um plano para Gaza quando o conflito terminar

BBC News Mundo - Muitos especialistas e pessoas que se consideram amigos de Israel nos Estados Unidos e em outros lugares fizeram desde o início um apelo para que Israel evitasse este tipo de guerra. Eles argumentavam que isso seria entrar no jogo do Hamas. Não havia realmente alternativas à forma como Israel travou esta guerra?

Pinkas - Claro, havia muitas alternativas.

Ameaçar uma invasão, fazer isso rapidamente, e primeiro garantir um acordo para libertar os reféns. Havia várias outras maneiras de fazer isso.

Aliás, começar pelo sul, onde está Rafah, e não pelo norte, porque se o Hamas está concentrado em Rafah, por que então invadir o norte e provocar uma crise humanitária?

Havia muitas formas operacionais militares de conduzir esta guerra de maneira diferente.

BBC News Mundo - Alguns analistas dizem que esta guerra afastou ainda mais Israel e os palestinos, e que serão necessárias gerações para curar as feridas. Mas, ao mesmo tempo, há um forte impulso por parte dos Estados Unidos e de outros países a favor de uma solução de dois Estados.

Quão perto ou longe você acha que estaremos disto depois desta guerra? Será que alguma coisa disso vai tornar a solução de dois Estados mais difícil ou mais fácil?

Pinkas - Esta é uma ótima pergunta, mas é hipotética. Depende de como a guerra terminar.

À primeira vista, estamos mais distantes, mas também percebemos que o status quo não pode ser sustentado, por isso, na realidade, estamos mais próximos, mas não com estes governos.

Mais Lidas 3n625k