
Nisia Trindade — Ministra da Saúde; Adriano Massuda —Secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde.
No último dia 6, ao lado do presidente Lula e do prefeito Eduardo Paes, celebramos um marco histórico para o SUS. A retomada completa do funcionamento dos leitos e da emergência do Hospital Federal de Bonsucesso faz parte do Plano de Reestruturação dos Hospitais do Rio de Janeiro, idealizado desde o início do atual governo com o objetivo de restaurar a excelência dessas unidades e integrá-las plenamente ao SUS. Na mesma semana, também foram reabertas as emergências dos hospitais federais do Andaraí e Cardoso Fontes, agora municipalizados.
Optamos por estabelecer um novo modelo de gestão para os hospitais federais do Rio de Janeiro, por meio de parcerias estratégicas: o Grupo Hospitalar Conceição (GHC), empresa vinculada ao Ministério da Saúde, assumiu a istração do Hospital de Bonsucesso; a Prefeitura do Rio de Janeiro ou a gerir os hospitais do Andaraí e Cardoso Fontes; e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), vinculada ao Ministério da Educação, em conjunto com a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) está tratando da possível fusão do Hospital dos Servidores com o Graffée-Guinle. Em todas as ações, temos contado também com a importante colaboração da Fundação Oswaldo Cruz.
A reabertura plena do Hospital Federal de Bonsucesso, em apenas 100 dias após a mudança na gestão, devolve à população uma unidade reconhecida pela excelência em cirurgias oncológicas, transplantes e atendimento a gestantes e bebês de alto risco. A emergência reaberta já garantiu atendimento a mais de uma centena de pacientes por dia. Com 423 leitos e uma rede completa de serviços especializados, a unidade ará a realizar mensalmente cerca de 20 mil consultas ambulatoriais, 1,4 mil internações e 800 cirurgias.
Além do compromisso com a ampliação do o, a solução dos desafios estruturais da saúde exige inovação. Nos dois primeiros anos de nossa gestão, promovemos o crescimento mais expressivo da história na produção de consultas especializadas, exames e cirurgias. Com o maior financiamento e a criação do Programa Nacional de Redução de Filas, o número de cirurgias eletivas saltou de 10,3 milhões para 13,6 milhões entre 2022 e 2024, um aumento de 32%. No entanto, apenas ampliar a produção assistencial não resolve os desafios da atenção especializada, caracterizada por longas filas e esperas prolongadas.
Para enfrentar essa realidade, criamos o Programa Mais o a Especialistas, em implementação desde o início deste ano. Em vez de remunerar consultas e exames isoladamente, o que pode gerar ineficiências e desperdícios, o programa introduz as Ofertas de Cuidado Integrado. Dessa forma, o paciente entra em uma fila única, garantindo a consulta com o especialista, os exames necessários e a consulta de retorno dentro de um prazo definido. Essa estrutura permite um diagnóstico mais rápido e a possibilidade do início do tratamento em tempo oportuno, reduzindo custos e melhorando os desfechos clínicos.
O Programa Mais o a Especialistas conta com a adesão de 100% dos estados e de 99% dos municípios brasileiros. Inicialmente, está sendo implementado em cinco áreas prioritárias: oncologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia, especialidades escolhidas por apresentarem grandes filas de espera e pela importância do diagnóstico e tratamento precoces para a saúde dos pacientes.
O SUS é um símbolo de resistência, cuidado e inovação. A reestruturação dos hospitais federais do Rio de Janeiro e o Programa Mais o a Especialistas reafirmam nosso compromisso com um atendimento mais humanizado e eficiente. Ao reorganizar a atenção especializada, o governo do presidente Lula escreve um novo capítulo na história do SUS, consolidando-o como fundamento da construção de um Brasil mais justo, solidário e saudável para todos.
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