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Lira: proposta não será "enterrada"

Correio Braziliense
postado em 05/11/2021 00:01
 (crédito:  Zeca Ribeiro/Câmara)
(crédito: Zeca Ribeiro/Câmara)

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), comemorou os votos da oposição na aprovação em primeiro turno da PEC dos Precatórios e está confiante para o segundo turno, na terça-feira. Ele minimizou a crise deflagrada nas legendas contrárias ao governo.

"Não acredito em mudanças partidárias bruscas", disse. "Tínhamos quase 60 deputados ausentes. Isso não acontecerá na terça-feira. O quórum será maior. A PEC não será enterrada."

Após encontro com líderes dos partidos na Câmara, ontem, Lira afirmou que "tudo está ajustado e acordado" e que a votação virtual será mantida para parlamentares que estão em missão no exterior.

Segundo ele, deputados que alegam motivo de saúde para não estarem presentes também poderão ser contemplados pelo o remoto. De acordo com Lira, estes últimos serão avaliados por médicos da Casa e, comprovada a legitimidade, será concedida a permissão para votação.

O presidente da Câmara insinuou que críticas à PEC são feitas por gestores de fundos que têm dívidas judiciais a receber e querem o recurso imediatamente. "Não há alternativa que não seja furar o teto. Muitos que estão istrando alguns fundos de investimentos querem é receber imediatamente precatórios. Não sobrará recursos a serem pagos em anos seguintes, todos esses recursos serão compensados no ano de 2022", ressaltou.

Diante do nervosismo do mercado, ontem, ele disse não saber se "a Bolsa está caindo e o dólar está subindo por causa disso" (leia reportagem na página 7). "Tudo o que o mercado queria era uma definição. O que o mercado não precisa é de imprecisão, de incerteza, de boatos", afirmou.

Lira argumentou, ainda, que toda mudança gera instabilidade e que o mercado assimilará o resultado final da PEC. "A votação foi ontem (quarta), vamos dar tempo para serenar. Mercado se movimenta de previsibilidade. Dissemos o caminho que será feito, daí pra frente é seguir com a vida pelos caminhos que são possíveis", completou.

Confiança

A líder do PSol na Câmara, Talíria Petrone (RJ) está confiante na reviravolta. "É possível que o jogo vire. O trabalho agora é incidir nos companheiros da oposição a mudarem o voto", afirmou.

A parlamentar ainda destacou que, caso a matéria e, o partido vai ingressar com ação no Judiciário. "Sem dúvidas, aprovando a PEC no segundo turno, a gente vai tentar instrumentos judiciais para barrá-la. Essa pauta, por meio de uma engenharia fiscal, abre brecha para o orçamento secreto", acusou.

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