Os níveis de proteína dos frutos do Cerrado variam entre 3,4% e 16,2% — maiores aos das frutas comerciais, que apresentam entre 1,1% e 5,8%
A lobeira (Solanum lycocarpum) tem 15,9% de proteína. A planta tem esse nome porque ela representa 50% da dieta do lobo-guará
Divulgação/Panc do CerradoO Araticum (Annona crassiflora) tem grande concentração de proteína, mas se destaca nos níveis de carboidrato (35,9%)
O pequi (Caryocar brasiliense), fruto muito usado na culinária, é rico em proteína, mas também lipídeos (40%)
Divulgação/Embrapa CerradosAngelim-rasteiro (Andira humilis), tem propriedades medicinais e tem 16,2% de proteína
O abacaxi do Cerrado (Ananas ananassoides), tem uso alimentício e medicinal, e conta com 10% de proteína
O araçá do campo (Psidium grandifolium), arbusto frutífero, se destaca pela concentração de 23,8% de carboidratos
O caraguatá (Bromelia balansae) também tem uso medicinal e tem 21,6% de carboidratos
Além do valor nutricional, os frutos desempenham papel ecológico relevante como parte da dieta de animais do Cerrado, como o lobo-guará
O estudo também aponta que essas espécies podem ser fontes para novos produtos alimentícios, farmacêuticos ou cosméticos — o que evidencia a importância de preservar o Cerrado
Joédson Alves/Agência Brasil